Após uma reunião do almirantado no dia de hoje, foi decidida a “Short List” para o futuro Navio de Apoio Antártico, conforme o informe abaixo:
A Marinha do Brasil, por intermédio da Diretoria de Gestão de Programas da Marinha ( DGePM), informa que a “Short List”, para o Projeto de obtenção e construção no Brasil, de um Navio de Apoio Antártico (NApAnt), é composta das seguintes PROPONENTES, nomeadas em ordem alfabética:
- DAMEN SHIPYARDS / WILSON, SONS ESTALEIROS LTDA;
- ESTALEIRO JURONG ARACRUZ LTDA / SEMBCORP MARINE SPECIALISED SHIPBUILDING PTE. LTDA, é
- ITAGUAI CONSTRUÇÕES NAVAIS S/A / KERSHIP S.A S
As empresas proponentes tem até o dia 14/06/2021 para entregar suas propostas finais (BAFO: Best and Final Offer).
A Marinha do Brasil deverá divulgar o resultado no mês de julho de 2021.
Esse navio da imagem é o NApAnt mais moderno da China. Pra quem quiser saber mais, procure por Xue Long 2…
Bardini, a imagem usada é meramente ilustrativa, não possuindo nenhuma identificação com o projeto da Marinha.
A ICN é um nome de peso nessa concorrência já que constrói os mais complexos navios da atualidade: submarinos.
Imagino pré-moldados desse navio passando pelo túnel de acesso ao estaleiro e sua descida na água pelo elevador (o que significa que ele pesará no máximo 8.000 toneladas!). Essa encomenda para a ICN daria um passo a mais na já consolidada empreitada do Prosub demonstrando a capacidade de construir navios de superfície desse porte – podendo ser um concorrente internacional de acordo com André Portalis ao dizer que o estaleiro pode atender aliados do Brasil e da França. Ter uma capacidade industrial dessa importância é uma forma de dissuasão pelo potencial da indústria local.
Por outro lado a Wilson perdeu a concorrência da classe Tamandaré então seria justo dar essa oportunidade aquele estaleiro para ter mais condições competitivas no mercado e garantir mais empregos em suas instalações. Desconheço o outro concorrente.
Faço minha a pergunta do Juarez. Os franceses da Kership irão fornecer algo como o L’Astrolab? De qualquer forma espero que o Wilson Sons ea a Damem vençam….. O polar que a Damem construiu para a Austrália seria um sonho….
Bom dia.
A pergunta que me vem a mente e a seguinte:
Que alterações na estrutura hoje existente em Itaguaí, hoje voltada para a construção de submarinos, seriam necessárias?
Tanto Wilson Songs quanto Jurong tem sua arquitetura de cais voltada para a construção de navios.
Boa e oportuna pergunta levando em conta que o presidente da ICN já falou sobre se prestarem a pegar contratos de construção de navios de superfície.
O principal gargalo seria o shiplift, tanto em peso quanto em dimensões. Obedecidas essas limitações, baseadas no SubNuc, não há problemas. O MainHall, com toda sua estrutura de apoio, é mais que suficiente.
Quanto aos cais, um deles já previa a atração de navio tanque, muito maior que um navio polar. Então também não deve ser problema.