Por Jennifer P. Olivera
Ao longo de 2021, a Zona Militar tem vindo a analisar as notícias relativas à Defesa Nacional e às matérias que se enquadram no Instrumento Militar, conhecendo as negociações e ofertas em curso, onde pudemos fazer um balanço das relações existentes entre fornecedores da indústria militar e das autoridades de defesa nacionais. E, embora as ofertas e tentativas de cooperação não se concretizem, a verdade é que há uma fronteira de possibilidades que se avoluma no horizonte onde só falta resolver e delimitar quais são os custos e benefícios das propostas existentes na mesa.
O contexto da proposta em questão está no marco da VII Reunião da Comissão Intergovernamental de Cooperação Técnico-Militar entre a República Argentina e a Federação Russa, realizada em fevereiro, na qual uma delegação russa visitou as instalações da indústria de defesa nacional argentina. Envidar esforços para se concentrar na elaboração de propostas de interesse de ambos os Estados, com vistas à cooperação técnico-militar bilateral. Assim, a delegação russa se reuniu com representantes da Fábrica de Aeronaves Argentina (FAdeA), da Fabricação Militar (FM), do estaleiro TANDANOR e o Instituto de Pesquisas Científicas e Técnicas de Defesa (CITEDEF).
A capacidade atual de submarinos na Argentina está longe de ser a melhor, para não dizer a pior desde sua criação, já que, como é do conhecimento geral, a Força de Submarinos não possui nenhum submarino em operação. Somente o ARA Salta presta serviços, funcionando como um simulador para a instrução de mergulhadores, pois não consegue mais navegar. Portanto, os mergulhadores argentinos são obrigados a terminar seu treinamento com as Marinhas do Peru e do Brasil, que colocaram seus recursos à disposição para que os mergulhadores possam completar o treinamento e realizar práticas de mergulho.
Além da falta de recursos militares, há a falta de recursos econômicos que sempre foi um impedimento para avançar nos projetos de defesa nacional. O atual portfólio de defesa não oferece uma solução para esse problema. Alternativas foram analisadas, mas nenhum plano de ação futuro foi elaborado.
No entanto, a delegação russa revela uma oferta que apenas vincula o nível técnico em matéria de cooperação bilateral, mas que de forma alguma implica uma oferta econômica formal.
No âmbito da visita às instalações do CINAR-TANDANOR, a delegação russa pôde conhecer as capacidades que o referido complexo apresenta e, portanto, discutir a possibilidade de intercâmbio de cooperação técnica. Durante as visitas, já realizadas por este meio, do lado russo foi posta sobre a mesa uma oferta técnica para os submarinos AMUR 1650 para a Marinha Argentina, instituição que está em busca de alternativas para recuperar sua capacidade submarina.
Também foram discutidos o projeto 636 (classe Kilo) e a possibilidade de construção da lancha BK-16E, da lancha de assalto BK-10 e de um navio logístico polar, aproveitando a experiência da indústria argentina e russa na área.
A classe Amur
Os submarinos da classe AMUR são parte de uma variante reestilizada dos submarinos de exportação russos da classe Lada, quinta geração diesel-elétrica com características furtivas e sistemas de combate bastante avançados. Tem capacidade para uma tripulação de 18 a 21 pessoas, e tem deslocamento de 1.765 toneladas, sendo 2.700 toneladas em imersão. Seu comprimento é de 72 metros e o comando tem 7,1 metros. Está armado com 18 torpedos e sistemas SSM, RPK-6/SS-N-16 Vodopad/Stallion SUBROC.
Caberá à Marinha Argentina e ao Ministério da Defesa dar o próximo passo e solicitar um orçamento para os submarinos para o avanço do projeto, e até mesmo iniciar o caminho da cooperação técnico-militar bilateral. Por enquanto, a oferta do lado russo faz parte de uma iniciativa que não tem apoio formal, mas pode ser extremamente promissora.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO:DAN
FONTE: Zona Militar
Coitadinhos , foram esfregar doce na boca de criança mas não vão dar (no caso o governo Argentino é que não vai dar)
Argentina? Mais do mesmo. Bravatas
Taí um peixe de respeito…