A frota do Grupamento de Patrulha Naval Sul-Sudeste (GPNSS) está completa. Nesta terça-feira (5), o navio-patrulha Guaporé (P 45) foi entregue à unidade, que fica no Cais da Marinha do Brasil, no Porto de Santos.
A embarcação já esteve em Santos, durante um mês, em julho, mas, desta vez ela ficará na região permanentemente para ajudar na fiscalização e patrulhamento da costa.
O navio da classe Grajaú tem autonomia para permanecer dez dias em alto-mar, com 200 toneladas, canhão de 40mm na proa, canhão de 20mm nas laterais e capacidade para ações de patrulhamento além de 200 milhas náuticas (cerca de 370 quilômetros da costa), alcançando as plataformas de petróleo.
“Já tínhamos embarcações de menor porte versáteis, porém com uma autonomia reduzida. A ideia é incrementar as operações em conjunto que estamos fazendo com os demais órgãos”, afirma o capitão de fragata Rafael Burlamaque, comandante do GPNSS.
Além dela, o grupamento conta com outro navio-patrulha, o NP Guajará (P 44), da mesma classe, que foi entregue no mês passado, além de uma lancha blindada e dois navios aviso-patrulhas, Barracuda e Espadarte. Estas três de menor tamanho, atuam mais perto da costa, próximo ao canal do Porto e às praias.
O GPNSS recebe também uma tripulação de 28 homens, que foram escolhidos por meio de um processo seletivo justamente para servir em Santos e trazer suas famílias para a região. Os tripulantes selecionados e familiares já estão instalados em Santos.
“Estamos bastante motivados de poder desempenhar o nosso papel de fiscalização do tráfego aquaviário, ações de busca e salvamento, proteção da área de plataforma. Sabemos que é uma área estratégica pelo Porto de Santos, que é o maior da América Latina”, explica o capitão tenente Gustavo Vargas Sant’anna de Morais, comandante do Guaporé.
O navio veio da área do 1º Distrito Naval para o 8º Distrito Naval. Ficava no arsenal de Marinha, tendo como porto sede a Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro.
Histórico
Assim como o Guajará, o Guaporé foi construído em estaleiro na Alemanha e lançado ao mar em 1995. Esse é o terceiro navio a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao rio na fronteira do Brasil com a Bolívia.
O primeiro, ainda em casco de madeira era da época do Império. O segundo foi utilizado na 2ª Guerra Mundial, escoltando comboios, caçando submarinos e patrulhando o Atlântico Sul.
Fonte: A Tribuna