Por Paul McLeary
Preocupada cada vez mais com os problemas tecnológicos que assolam seu novo porta-aviões nuclear de US$ 13 bilhões, a Marinha americana enviou uma equipe única de especialistas civis e governamentais ao USS Gerald R. Ford (CVN 78), em uma nova tentativa de entender o que está acontecendo.
Os especialistas, retirados de fora da indústria de defesa para fornecer uma nova perspectiva, foram selecionados por sua experiência em trabalhar com sistemas eletromagnéticos complexos, uma tecnologia que se mostrou desafiadora para a Marinha e para o estaleiro construtor Huntington Ingalls em suas instalações de construção naval de Newport News, na Virgínia.
A equipe, que as autoridades da Marinha se recusaram a identificar, começou a trabalhar no mês passado para colocar os 11 elevadores de armas eletromagnéticas do navio em funcionamento, tarefa para a qual o Secretário da Marinha já apostou, dizendo ao presidente Trump que ele pode demiti-lo se eles não resolverem os problemas.
Atualmente, apenas dois dos novos elevadores de armas do navio estão operacionais, o que significa que os marinheiros não conseguem mover rapidamente as munições do paiol para os aviões prontos para decolar.
“Temos uma equipe completa nos elevadores de armas avançadas”, disse James Geurts, secretário assistente da Marinha em um comunicado. “Reunimos uma equipe de especialistas no porta aviões, que trabalhará com o estaleiro para que os elevadores de armas do Ford estejam operacionais no tempo mais eficiente possível.” Significativamente, disse Geurts, a equipe “também recomendará novas mudanças de projeto. O grupo, segundo a Marinha, trabalhou em sistemas eletromagnéticos, controle de fabricação e produção, software, integração de sistemas e engenharia elétrica no setor comercial.
Para quem ainda não viu os novos elevadores que transportam as bombas e mísseis para o convoo do novo porta aviões, assista o vídeo abaixo:
A admissão de falhas graves de projeto em uma das novas tecnologias mais cobiçadas em porta aviões é outro olho roxo relacionado à manutenção da Marinha, que está lutando para obter navios através de reparos de rotina e viu falhas críticas aparecerem nos tubos de míssil a bordo de seus submarinos nucleares da classe Columbia.
Autoridades da Marinha apontam que os elevadores eletromagnéticos são uma tecnologia nova e significativa que provou ser confiável nos testes iniciais, e devem ser vistos como um esforço para o futuro que virá com algumas dores de crescimento esperadas. Os novos elevadores são projetados para levantar 20.000 libras de munições a uma velocidade de 45 metros por minuto, ao contrário dos atuais elevadores da classe Nimitz, que movimentam 10.500 libras a 30 metros por minuto.
Mas aperfeiçoar essa nova tecnologia até agora se mostrou difícil.
No início deste ano, a Marinha anunciou que estava atrasando o cronograma para levar o Ford ao mar para sua próxima rodada de testes, movendo os testes de julho a outubro, devido a vários problemas, incluindo os elevadores.
O recado da agenda deixou o secretário da Marinha, Richard Spencer, numa posição desconfortável, conforme relatou anteriormente ao presidente Trump: “Pedi para ele esticar a mão. Ele estendeu a mão. Eu disse, vamos fazer isso como a América corporativa. Apertei a mão dele e disse: os elevadores estarão prontos para ir quando o navio sair ou você pode me demitir.
As questões com o Ford também chamaram a atenção do senador Jim Inhofe, presidente do Comitê de Serviços de Armas do Senado, que disse recentemente que os atrasos com os elevadores apresentam uma “séria lacuna de prontidão” se atrasarem a implantação do primeiro navio previsto para 2021.
Há poucas chances de que o navio receba os elevadores funcionando até outubro, já que os problemas continuam a incomodar os engenheiros.
No geral, os onze elevadores de armas do navio consistem em quatro elevadores superiores e sete elevadores inferiores, com os dois elevadores em funcionamento entre os elevadores superiores. Os elevadores inferiores são um problema mais difícil, pois passam por vários conveses, têm várias escotilhas para serem movimentados e devem manter repetidamente a impermeabilidade à medida que se movem por uma série de seqüências para se alinharem.
“Os dois elevadores de estágio superior operaram como projetados”, disse o tenente-comandante Chabonnie Alexander, Oficial de Manipulação do Ford, em um comunicado. “Nós operamos os elevadores 10 vezes por dia, cinco dias por semana” e a tripulação do navio está se tornando “mais capaz de antecipar e diagnosticar quaisquer problemas técnicos que possam surgir”.
A prioridade é fazer com que dois dos elevadores inferiores funcionem em seguida, portanto, quaisquer que sejam as correções feitas, esperamos que sejam repetidas no restante dos elevadores inferiores assim que possível.
Uma das questões, porém, é que a Marinha instalou os elevadores sem primeiro refinar sua operação em um protótipo terrestre, o que significa que sua instalação no primeiro navio da classe, na verdade, atuou como o protótipo para toda a classe de navios.
Para solucionar algumas dessas questões, a Marinha está construindo um local de testes terrestres em uma instalação naval na Filadélfia, prevista para ser concluída no próximo ano, e está construindo o que os oficiais de serviço estão chamando de “gêmeo digital”, um modelo detalhado de computador constantemente atualizado com dados dos sistemas do mundo real, em Newport News, que será usado para solucionar problemas. “Ambos os sistemas permitirão que a Marinha e o estaleiro amadureçam a tecnologia e ajudem na solução dos problemas”, disse o porta-voz da Marinha capitão Danny Hernandez.
Esse trabalho extra nos próximos navios da classe é crítico, já que a Marinha já comprometeu outros US$ 15,4 bilhões para começar a trabalhar no terceiro e quarto porta aviões da classe.
FONTE: breakingdefense
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
A maior praga que se tem na contratação de projetos em qualquer lugar do mundo é a solicitação de cronogramas irreais por parte de quem contrata e a venda de soluções parciais por parte de quem vende. Sem discutir os aspectos tecnológicos do projeto, ficou claro na reportagem que a pressa em querer entregar o produto final, vai fazer com que o projeto seja finalizado no campo. Não é admissível que somente agora vão construir um modelo terrestre, quando este passo deveria ser o passo anterior a autorização para a instalação definitiva no CVN. Que a MB e a Embraer tenham muito cuidado com os navios classe Tamandaré, pois a integração de diversos sistemas de fornecedores distintos poderá gerar um Frankstein, se o projeto não for bem administrado.
Este é mais um sinal da degeneração dos processos de engenharia militar americana que em VÁRIOS projetos tem o mesmo comportamento desleixado e excessivamente otimista com novas tecnologias que eles precisam desesperadamente para manter sua supremacia militar.
Queimam etapas de desenvolvimento baseados em modelos digitais imperfeitos e com pouco ou NENHUM desenvolvimento de protótipos passando açodadamente para a construção de “protótipos de produção” que custam BILHÕES DE DÓLARES em re-trabalho de engenharia.
A relação PROMÍSCUA entre as empresas fornecedoras militares-Pentágono-militares que DEVERIAM fiscalizar o desenvolvimento e entrega dos produtos tem gerados falhas sobre falhas na máquina militar americana.
Desde a infiltração e eliminação da capacidade americana de FABRICAR PARTES por fornecedores chineses maquiados por “empresários-importadores americanos”…
Uma FROTA de aeronaves F-35 em estado permanente de retro-produção a cada nova “atualização de projeto que nunca termina”, a maior frota de protótipos de uma aeronave de toda história humana…
É uma DOENÇA CORPORATIVA que se reflete em quase todos programas modernos de armas dentro e fora dos EUA (a Inglaterra tem padecido de forma bem similar na sua Marinha).
A ganância e pressa corporativa supera TODAS as restrições técnicas e de engenharia uma vez que é CADA VEZ mais RARO encontrar-se entre os mais jovens CEOS e na camada dirigente de todas as culturas corporativas americanas representantes da área industrial e técnica. Os Advogados, operadores financeiros e os Relações Públicas tomam mais de 85% dos cargos dirigentes na maioria das grandes corporações americanas (militares e civis) o que faz que o “comportamento ético dessas corporações” se aproximem cada vez mais da “flexibilidade” de convicções típicas dos seus novos operadores.
Os problemas que passa a Corporação Boeing com seus aviões civis é outro exemplo desta deterioração da cultura corporativa americana que simplesmente as pessoas se negam a acreditar que ESTÁ ocorrendo…
Bem o tempo dirá… E não demorará muito…
Mais do mesmo né Giba!? Talvez na sua opinião bom mesmo era o “modelo industrial” em que o BNDES emprestou a juros baixos e sem garantias para uma empreiteira, um açougue e um espertalhão cujos únicos méritos eram ser amigos do “Rei”! Ou então os gloriosos conglomerados estatais chineses que até o presente foram incapazes de construir um turbofan aeronáutico decente para os J-20. E por falar em protótipos o que você me diz das paquidérmicas indústrias de defesa russas, geridas pelos oligarcas amigos de Putin, aquelas mesmas onde o saudoso ex-vice-presidente José de Alencar disse que não fabricaria sequer parafusos, que em dez anos apenas conseguiram produzir meia dúzia de protótipos de um caça sedizente furtivo?
E por falar no F-35, já vendeu BEM mais que o Rafale, a famigerada escolha “política etílica” do presidiário, e já foi usado em combate por quatro operadores (USAF, USMC, RAF e Heyl Ha’Avir). Quantos operadores usaram o Rafale em combate depois da França?
Por fim, a SAAB acabou de anunciar que irá se juntar ao BAe Tempest britânico! Enquanto isso os franceses ainda tentam entubar nos alemães os seus requisitos para um caça de sexta geração. Chato né?
Rebata o que comentei, argumente e tu é um bolso-chato ideológico…
Espero que estejas satisfeito com o teu Mito…
Passar bem …
Meu caro Giba, você não argumenta mas apenas apresenta arengas de cunho ideológico que não se sustentam nos fatos reais, o que não deixa de ser condizente com um adePTo de uma seita que venera um presidiário….
Sempre tive essa dúvida, o que significa CVN?
Obrigado pela atenção.
Carrier Vessel Nuclear
Este é o diferencial dos americanos, eles estão acostumados a resolver os problemas e se querem algo eles vão lá e fazem independente de ter problemas no caminho ou não e o povo sabe disso e também tem esta cultura entranhada nos costumes do povo por isso é mais fácil inovar pois o que eles querem é estar na frente sempre, as vezes vejo aqui nos comentários sobre o Brasil construir um porta aviões, bom eu não vejo problema algum e acho que temos toda a capacidade possível pra isso mas não temos esta cultura americana e por isso chove críticas sobre o assunto e se a população acha isso com certeza entre os políticos e forças armadas também é a mesma coisa e com isso acabamos como no submarino nuclear onde estamos mais de 30 anos construindo o primeiro e até agora nada, estamos mais perto do fim mas não temos nenhum pronto, enfim, quando deixarmos de criticar por ter medo de fazer ou preguiça de tirar a bunda da cadeira e começarmos a fazer críticas construtivas pra mudança de hábitos e além disso procurar estar mais envolvidos com os assuntos do país (do nosso estado e município também) vamos começar a ser mais americanos e justamente o que eles tem de melhor e somente então começaremos a ser uma nação e não um bando que prefere a preguiça em vez do crescimento só porque tem que trabalhar um pouco mais do que hoje. Vamos lá pessoal vamos melhorar as nossas vidas e das pessoas a nossa volta vamos nos desenvolver e crescer independente de nossas opiniões políticas e religiosas pois somos um povo e quando o Brasil vai mal todos nós sentimos e um bom exemplo é nossa marinha e seus meios navais que todos concordamos que esta uma vergonha.