Por Luiz Padilha
A Base Almirante Castro e Silva (BACS) recebeu nesta segunda-feira dia cinco de agosto, a embarcação Resist em PEAD – Polietileno de Alta Densidade, da empresa Lecamus da França. A nova embarcação irá apoiar administrativamente o Comando da Força de Submarinos e suas OMs subordinadas, servirá para atender os serviços de manutenção e reparos de 2º escalão além de prover serviços de escafandria e de medicina hiperbárica, a fim de contribuir para o aprestamento dos meios navais.
Batizada de KAFANGO, palavra baseada em respeito e companheirismo entre os profissionais de mergulho escafandrista.
A embarcação com certificação europeia, chegou ao Brasil em 23/07 vinda de La Rochelle na França. Produzida pelo estaleiro Lecamus com tradição em embarcações de PEAD.
Os testes de mar da KAFANGO foram surpreendentes, uma embarcação muito estável com resposta rápido ao comando do patrão. Comportou-se muito bem em curvas de alta velocidade e fechada, sem batimento lateral o que se traduz em segurança para a tripulação. Foram duas baterias de teste realizadas, uma com seis tripulantes e outra com onze a bordo.
No teste de planeio ela performou entre 7 a 8 segundos, uma marca muito boa com onze ocupantes a bordo. Equipada com motor de 175hp e um sistema inédito de controle do TRIM automático, que dispensa o ajuste durante a navegação pelo piloto. Este sistema detecta as condições de navegação podendo sair de uma posição de TRIM esportiva com um mar FLAT para a posição de mar revolto sem nenhuma intervenção, se ajustando automaticamente, o que levaria tempo para uma pessoa corrigir quando o mar estiver grosso.
A embarcação Resist possui qualidades como material classificado inquebrável, casco macio trazendo um amortecimento muito bom ao impacto das ondas, livre de manutenção (sem antifouling, limpa facilmente a alta pressão), design patenteado que aumentam o desempenho e o conforto (ele projeta a água para baixo em uma lâmina que limita as projeções consideravelmente) e vida útil de 2 a 3 vezes maior do que as construções clássicas, sendo perfeitamente reciclável no final de sua vida útil.
ACHO QUE TEMOS TECNOLOGIA PARA PELO MENOS DESENVOLVER ALGO SEMELHANTE, MESMO QUE NÃO TENHAMOS NO MOMENTO.
A MARINHA , DESCULPE, MAS ÁS VEZES ME DECEPCIONA.
Concordo Jorge, falta um pouco de conhecimento de quem compra. A marinha tem uma capacitação humana muito boa com condições de desenvolver um produto próprio com características determinantes e únicas com fornecedores no Brasil mas, com a qualidade internacional. Basta vontade, acredito porém, que tenha faltado recursos. Ai fica difícil.
Uma pena algo importando quando há opção igual ou melhor nacional e com preço competitivo!
Estou cotando uma embarcação PEAD maior que esta com o Sr. Pedro da Defence de Florianópolis e o projeto foi sobre medida com um preço menor que as soluções do mercado, mais barato que infláveis inclusive!!!
Gallani, também sou defensor do produto interno mais, infelizmente ambos os fabricantes brasileiros que conheço são a DGS e a Rhino Defense. Elas possuem embarcações vendidas no setor de segurança publica e nas forças armadas, ambas estão na OTAN. Porem estes dois estaleiros possuem uma tecnologia muito diferente dos produtos do velho mundo, Temos ainda que evoluir muito e aprender com eles, a KAFANGO servirá como um incentivo para melhorarem a qualidade. Está nova empresa que mencionou, não conheço mais, é bom ter mais competidores. Isso é positivo. Quanto o preço ser mais baixo que um semirrígido nacional é duvidoso, é bom se certificar do que vai receber no final. Eu sou consultor naval, preso pelo profissionalismo é o melhor produto sem ter tendencia para um ou outro estaleiro. Mais confesso que embarcação para este tipo de emprego operacional pra mim não existe melhor que a francesa ZODIAC Milpro. A empresa é líder no mundo dos semirrígidos com mais de um seculo de existência (nasceu em 1896 fabricando dirigíveis). Aonde um barco de PEAD for a ZODIAC ultrapassa fácil inclusive na resistência que muitos pensam que um semirrígido não tem. Aqui no Brasil não, mas na França tem e é esse o motivo de importarem. É a busca pelo melhor.
Seu argumento é bom só não vejo a real necessidade comparando com o produto nacional, a DGS sobe com o barco nas pedras, a Defense utiliza o mesmo método da Rhino e das embarcações dos bombeiros e ambiental, meu projeto tem até banheiro e fly(sem comando), as imagens do “chão da fábrica” me surpreenderam, casco compartimentado e tudo!
Que a Kafango tenha sorte mas que na próxima deem uma olhadinha melhor para dentro de casa!
Gallani, havia deixado um contato para falarmos no privado onde poderia tirar suas duvidas mas, melhor ficarmos mesmo no público. Assim ampliamos o conhecimento de todos. Você colocou um ponto muito importante , vou criar um alerta sobre barco subir em pedras. Esse foi um dos piores marketing da DGS, positivo para ela que quer vender mas não tanto para quem compra só por esse motivo. A lei internacional de abarroamento é clara, evitar de tudo para não bater em nada como pontos fixos ou na superfície. A Polícia Federal teve um de seus barcos que afundou (em parte pois plástico não afunda), este era um DGS. Tive um problema similar também na marinha, mas, não vem ao caso aqui. Eu afirmo que o que você viu nos vídeos da empresa no site corporativo foram apresentações de resistência com velocidade controlada. Qualquer embarcação de fibra ou alumínio naval sobem fácil sem apresentar nenhuma trinca ou ruptura. O que vai ficar são cicratrizes. Essas empresa nova Defense de Florianópolis não deve seguir esse marketing, isso pode levar amanhã um processo de indenização para o estaleiro. Você deu a entender que estava comprando mas me parece que você acabou de fazer uma oferta de trabalho para a Defense pedindo para eu olhar o mercado interno. Como sou consultor naval, teria interesse apresentar uma proposta de consultoria comercial.
Boa tarde Alexandre, não tinha visto seu contato mas isso não vem ao caso, eu nem sou piloto de tanque pra subir em pedras (risos), a questão não é denegrir teu produto ou teu negócio, é um blog de defesa, a gente debate de forma patriótica e eu quis explanar como existem opções nacionais viáveis e a não concordância faz parte do jogo!
Quanto ao embasamento da minha opniões só vem do fato de o assunto estar fresco para mim então posso afirmar com propriedade e sinceramente, por mais que a empresa x ou y tenha me atendido de forma cordial e personalizada ao ponto de minha imparcialidade ser questionável mais me vale um dia ruim no mar que um dia bom no escritório! 😉
Verdade, o importante é trazer informações para os leitores. Isso possibilita que os fabricante criem uma aproximação com o comprador permitindo que tirem suas conclusões. Importante também é a transferência da informação com transparência.
Boa tarde,
Essa lancha não é parecida e não cumpre as mesmas funções da Raptor 888? Ou estou errado?
Abs.
Essa é menor.
Lamentável dizer que está um pouco errado, a RAPTOR é uma embarcação de aproximadamente 9 metros enquanto a KAFANGO tem seus quase 7,5 metros e meio de comprimento entre perpendiculares (fora a fora). São proporções maiores da RAPTOR no comprimento e boca interna (largura da embarcação), isto por si só diferenciam ambas. Mais, não está tão errado assim. Se usarmos o mesmo projeto do casco da KAFANGO e esticarmos, chegaremos no mesmo tamanho e ela poderá atender o mesmo emprego operacional. Quanto a aparência fica só parecida mesmo, existe uma diferença enorme entre elas da linha do casco nas obras vivas (tudo que fica abaixo da água). Ambas apresentam desempenhos diferentes, a KAFANGO como dito na matéria do DAN tem uma qualidade imbatível, ela é muito estável em curvas de alta velocidade com uma performance muito ligeira. A RAPTOR foi desenvolvida com proposito de interceptação, mas, parece que não tem passados dos 28 nós. Daí vem a gritante diferença entre a RAPTOR e a KAFANGO. Espero ter respondido GFC_RJ. Se tiver mais duvida me ligue. 21-995818115 será um prazer conversar com você.
Bem interessante, ela tem um estilo bem inovador e agressiva. Seria ótimo ver uma dessa aqui na capitania de Angra dos Reis. Faço votos que venha uma desta pra gente logo estamos precisando.
Obrigado Jhonny, realmente ela tem um designer bem bacana mas, importante é ela ter um casco marinheiro e sobre tudo ser segura. Quanto a sua necessidade estou a disposição para atendê-lo. 21 99581-8115
Boa tarde amigo Padilha a MB poderá comprar o Hms Clyde?
obrigado.
abraço.
PS. Uma boa recuperaçao para voce, é o que desejo de coração.
O HMS Clyde já era. Outro cliente ja pegou.
Como está a compra de oportunidade de escoltas?
Não está. Não tem nenhuma oferta que interesse. As ofertas são de navios no mesmo estado dos nossos. Vamos de NCT.