Por Luiz Padilha
A Marinha do Brasil expôs durante a LAAD 2019, seus planos para a obtenção de um novo navio para substituir o atual Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) Ary Rongel (H 44). Através de publicação no Diário Oficial da União, disponibilizado uma Solicitação de Informações ou Request For Information – RFI, para buscar dados preliminares de projetos técnicos de empresas que tenham a experiência comprovada na construção de navios polares.
Em 2016 o Estado Maior da Armada (EMA), aprovou o Programa de Obtenção de Meios Hidroceanográficos (PROHIDRO), dentro do Programa de Construção do Núcleo do Poder Naval, que prevê a obtenção de um navio capaz de operar em águas polares com presença de gelo.
O projeto do NApAnt inclui a aquisição dos equipamentos e sistemas científicos, dos planos de gestão do ciclo de vida, do apoio logístico integrado e de manutenção, afim de contribuir com o PROANTAR e na segurança da navegação na região Antártica.
Matéria esclarecedora. Apesar de muito modesto, o projeto tem a virtude de buscar um vaso novo em folha, e de construí-lo no Brasil. Isso é algo muito importante, já que os navios polares são talvez os mais exigidos dentre os grandes vasos da MB –suas comissões são inadiáveis e duram cerca de seis meses, todos os anos. Como lembrou Padilha, a nacionalização deve contribuir para melhorar a logística de manutenção da nova unidade.
A imagem usada pela MB é do navio chinês Xue Long 2, que passará por testes de gelo em julho e deve operar na Antártida já no próximo verão. Projetado pela Aker Arctic finlandesa, trata-se de um quebra-gelos de verdade, com classificação PC-3 (capaz de operar em gelo de dois anos), muito diferente do PC-6 pretendido pelo Brasil.
Foi comentado algo sobre a tonelagem desse projeto? Essa imagem é ilustrativa ou do projeto? Empolgado com os avanços pé no chão para a gloriosa demonstrados até então.
Menos de 10.000t
Onde tá aquela letra H enorme ali no desenho do navio é a areá de pouso para helicopteros ,então com certeza o hangar ficaria logo na frente dessa area .
Esse desenho ( que deve ser apenas ilustrativo) da a impressão de não ter hangar para o helicóptero. Como o navio deverá ser zero bala, não consigo acreditar que a MB não vá exigir um hangar no projeto do navio. Manter e dar manutenção em uma aeronave no clima antártico será muito mais prático e cômodo em um hangar fechado.
Lemes,
Vai possuir hangar com capacidade para até dois helicópteros de porte médio.
Abs
05/04/19 – sexta-feira, btarde, Sr. Padilha, este navio não poderia vir através de aquisição de algum armador estrangeiro, países nórdicos possuem muitos quebra gelos que empresas particulares utilizam, sendo que muitas poderiam disponibiliza-las para a MB, faríamos as adaptações necessárias, e teríamos em um curto espaço de tempo um sucessor para o ARY RONGEL, veja exemplo da Inglaterra, comprou um quebra-gelo, adaptou e transformou em um navio usado para pesquisa ( envio de pesquisadores/cientistas) e ao mesmo tempo patrulheiro, que quando não está em missão científica ajuda patrulhar o entorno das Falklands.
Vovozão, o que a MB quer não passa nem perto disso. O que a MB deseja é algo similar ao que ela está colhendo com o projeto CCT. Navio é um brinquedo caro, muito caro e o que a Mb quer é que o navio seja construído noBrasil, onde tenhamos um bom índice de nacionalização e assim, termos condições de ter uma manutenção com custos adequados e não gastar a verba com manutenção elevada.O navio é para substituir o Ary Rongel, e a MB quer a construção no país. O navio tem que ser novo, 0KM, pois irá navegar por muitos e muitos anos.
Sr. Padilha, não tenho expertise nessa espécie de embarcação, mas acredito que o meio – o navio adequado à operação no continente gelado – não tenha inovações relevantes perante as plataformas em atividade. Exceções pontuais a equipamentos de pesquisa. Dessa forma, nada impede a obtenção de um meio usado.
A meu ver, um possível duplo emprego – apoio antártico e patrulha (excelente idéia do “Vovozão”) – decerto justificasse todo o ritual de obtenção de novo meio, a exemplo das CCT
O discutido gravame referente à manutenção do meio não se sustenta devido aos conhecimentos acumulados pelos mantenedores nacionais.
De Luca, Vicente Roberto.