O Irã está planejando uma série de exercícios navais com a Rússia e a China depois de realizar exercicios de guerra com os dois países no final do ano passado, no que está sendo visto como uma provocação para as potências ocidentais. Os exercícios ocorreram no final de dezembro, apenas alguns dias antes do ataque aéreo dos EUA, que matou Qaesam Soleimani.
Em Teerã, o vice-comandante do Exército para Assuntos de Coordenação, Habibollah Sayyari, confirmou planos de realizar mais operações combinadas com Moscou e Pequim.
Em dezembro de 2019, o Irã realizou exercícios navais com o codinome “Maritime Security Belt” no Golfo de Omã. Sayyari disse: “Nós (Irã, Rússia e China) encontraremos uma maneira de realizar manobras no futuro. ” Ele acrescentou que não há planos para criar uma coalizão militar formal e alertou outras nações contra interferências com o exercício trilateral. E fez uma declaração ameaçadora, advertindo: “Quaisquer navios ou aeronaves que entrarem na zona de manobras serão engajados.”
Mas, na realidade, enquanto a Rússia participou, apenas com a fragata Yaroslav Mudry, o navio-tanque Yelnya e com o rebocador Viktor Konetsky da Frota do Báltico, não está claro qual navio chinês participou, mas o Irã alegou que durante as manobras conjuntas, os marinheiros da Marinha russa, iraniana e chinesa participaram de exercícios de busca e antipirataria.
Como resultado do aumento da tensão no Golfo após a morte de Qasem Soleimani, o secretário de defesa do Reino Unido Ben Wallace ordenou que a Marinha Real retomasse as patrulhas e a escolta de navios mercantes que transitam pelo Estreito de Ormuz.
Fonte : World of Warships Magazine
Tradução e adaptação : Marcio Geneve.