Terminado o período de treinamento e certificação do navio Multipropósito LSDH-91 “Sargento Aldea”, realizado pelo Centro de Treinamento da Marinha (CENTARM), na Baía de Valparaíso, o navio se encontra pronto para realizar mais uma campanha pelo território antártico chileno, que lhe permitirá chegar ao extremo sul do Chile e, a partir de lá, colaborar com bases científicas nacionais e estrangeiras, na transferência de material.
O Comandante do “Sargento Aldea”, Capitão Julio Carvajal, disse que “estamos nos preparando para liderar esta equipe extraordinária que é a tripulação do Aldea, este ano tem uma grande missão: a Comissão Antártica, então há algum tempo o navio está passando por uma preparação exaustiva chamada preparação para o inverno.”
Multipropósito
A Unidade destaca-se pela versatilidade, pois, por ser um navio Multipropósito, tem capacidade para transportar grandes cargas e pessoal do Corpo de Fuzileiros Navais, além de possuir um hospital composto por 22 leitos e dois pavilhões, capacitando o navio a contribuir para a integridade territorial do Chile e estar preparados para responder a eventuais catástrofes que possam ocorrer nesse país.
O médico responsável pelo LSDH-91 “Sargento Aldea”, Primeiro Tenente de Saúde Naval (SN) Agustín Chejade, destacou que “para mim é um orgulho trabalhar aqui e fazer parte da tripulação. É uma grande responsabilidade estar encarregado de todos aqueles que vêm a bordo. Tenho o apoio de cinco enfermeiros, sendo três especialistas e dois básicos”.
Quando questionado sobre a próxima missão no Território Antártico Chileno, disse que “na Campanha Antártica, o difícil ou os maiores riscos que existem são a hipotermia no caso de quem fica mais tempo exposto ao frio, ou uma homem que cai na água. Um desafio importante que podemos enfrentar é a evacuação de pacientes que muitas vezes estão limitados pelo mar e devem ser evacuados por via aérea”, explicou.
A certificação pelo CENTARM também inclui uma série de treinamentos com pessoal naval, entre eles, com o Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais (IM) nº 2 “Miller”, que incluiu um exercício anfíbio que envolveu um desembarque de pessoal e veículos motorizados através das EDVM embarcadas no navio.
Além disso, foi realizado um exercício simulado de uma evacuação aeromédica,
sendo um ferido transportado por helicóptero, visando testar as capacidades de operações áreas embarcadas e hospitalar do navio.