Exército defende abertura do mercado brasileiro em parecer elaborado com a Defesa
A multinacional Ruag, de origem suíça, é a primeira empresa estrangeira a receber aval para se estabelecer no Brasil, numa abertura do mercado armamentista feita pelo governo Temer. Outras indústrias, como a austríaca Glock e a checa CZ, estão em processo de negociação para aportarem no país. O aval foi dado pela Casa Civil da Presidência, que recebeu a atribuição de aprovar a vinda de empresas do setor para o Brasil. A tarefa, até o ano passado, era do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. A instalação é deferida pela Casa Civil após parecer do Exército, elaborado em conjunto com a Defesa.
Com autorização do governo desde setembro passado, a Ruag se prepara para instalar uma fábrica de munições possivelmente em Pernambuco, estado do atual ministro da Defesa, Raul Jungmann. Segundo o Exército, a abertura do mercado ocorreu por uma necessidade de ter competitividade e mais qualidade para as forças de segurança, que se queixam de poucas opções no mercado interno. A Glock é fornecedora antiga, por exemplo, da Polícia Federal.
Polícias militares se ressentem da dificuldade de obter autorização para comprar arma lá fora. Isso porque, segundo uma regra ainda em vigor, mas que poderá ser modificada em breve, só é possível importar armas se não houver uma similar na indústria nacional.
A chegada das empresas estrangeiras também atende a um pleito dos civis que têm posse ou porte de arma. A dificuldade de obter modelos de marcas internacionais é uma reclamação histórica por parte desse grupo.
O general Ivan Neiva, diretor do Departamento de Produtos Controlados do Exército, diz que há mecanismos “mais inteligentes” de proteger e incentivar a indústria nacional do que simplesmente fechar o mercado:
“Podemos pensar em margem de preferência para produtos nacionais, financiamento diferenciado, investimento em pesquisas”, afirma o general. Além disso, as empresas que vierem não poderão ser meras montadoras de produtos aqui. Elas terão que desenvolver fornecedores locais, gerar conhecimento, criar empregos.
Questionada sobre a chegada de empresas estrangeiras, a Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições afirmou que “a concorrência não preocupa”, mas ressaltou a necessidade de “assegurar isonomia de tratamento, que atualmente não existe”.
“A carga tributária e as restrições sobre o produto nacional são muito superiores às do produto importado. A falta de isonomia prejudica a indústria nacional e gera desequilíbrio na concorrência, o que não é aceitável”, diz.
FONTE: Época Negócios
Tirem a CZ do texto por favor. Eles já desistiram de criar a fábrica em Santa Catarina. Parece que o IBAMA (ou qualquer outro órgão sobre a “natureza” que o valha) estava emperrando a construção fabril.
Eles também estavam com dificuldade de encontrar fornecedores que vendessem aço na qualidade mínima necessária pra fazer as armas.
Sobre a GLlock não sei nada infelizmente.
Do jeito qie as coisas acontecem no Brasil é possivel que se esteja colocando a pá de cal sobre a industria bélica nacional a exemplo do que já aconteceu com outros setores industriais até mais competitivos do que o setor de defesa. Tudo me parece por uma questão menor para viabilizar um projeto industrial regional. Não lembro de ter lido nada sobrea alguma discussão mais ampla entre o governo e o setor empresarial de defesa nacional.
Com certeza q qualquer lugar sereia e eh importante para o Brasil. Mas essa escolha cheira muito mal mesmo e sabe-se muito bem q a ISENCAO FISCAL q Pernambuco deve ter concedido para isso, vai ser pago pelo resto do pais…ou sera q esse estado tem condicoes dde abrir mao da arrecadacao. Ah sim…..vao gerar alguma dezenas d empregos mal remunerados, saude vai bem por la, rodovias impecaveis, saneamento 100 % , educacao entao nem se fala…..tudo por la e farta…..farta tudo mesmo. Brasil, pais de tolos
Casualmente Pernambuco, terra do Ministro da Defesa, que coincidência!!
E por que não poderia ser Pernambuco? Qual o problema? Se a questão for política, não haveria ingerência política também se fosse pra outros Estados, do Sudeste, por exemplo? Vamos acabar com esses preconceitos contra os nordestinos.