Por Marcos Carrieri
Novo presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança, Frederico Aguiar afirma que o Brasil pode atuar em parceria com países árabes amigos por meio de exportações e atuação na região.
As indústrias brasileiras do setor de Defesa podem ampliar sua parceria com os países do Oriente Médio e do Norte da África tanto por meio das exportações como através da atuação industrial nestes países. Empossado na presidência da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde) nesta quarta-feira (26), Carlos Frederico Queiroz de Aguiar afirmou à ANBA que o Brasil pode ter uma relação comercial mais intensa com os países “amigos árabes”.
Ele acrescentou que sua prioridade à frente da instituição será apresentar o setor à população brasileira como estratégico e fundamental como instrumento de persuasão, e não de violência.
“Temos uma longa parceria neste setor com o mundo árabe. Podemos ampliá-la para atender as demandas deles, assim como ajudá-los a superar suas dificuldades, como é o caso dos empregos. Podemos ajudá-los a criar empregos, o Brasil não tem restrição à transferência de tecnologia aos países árabes, então poderíamos, assim, levar nossa tecnologia a eles. Vamos trabalhar neste sentido”, afirmou Aguiar após sua posse, realizada no Comando do 8º Distrito Naval, em São Paulo.
O novo presidente da Abimde assume o posto no lugar de Sami Youssef Hassuani, e irá comandar a instituição no período de 2016 a 2018. É presidente da fabricante de armamento não letal Condor e já liderou a Abimde por duas ocasiões no começo da década passada.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) organizados pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira mostram que no ano passado as empresas associadas da Abimde exportaram US$ 5,8 bilhões no total, um aumento de 3% sobre 2014.
Em seu discurso, Aguiar afirmou que a quantia é pequena em comparação ao tamanho do mercado mundial de Defesa e Segurança, estimado em US$ 1,3 trilhão ao ano. “Há um potencial de crescimento das exportações”, disse. As vendas para os países árabes somaram US$ 171 milhões, com queda de 48,1% em relação a 2014. O principal importador foi a Arábia Saudita, com encomendas que somaram US$ 110,6 milhões.
Além de ampliar a atuação das empresas de Defesa nos países árabes, Aguiar afirmou que terá outra prioridade à frente da instituição. “Desmistificar nossa atuação junto à opinião pública e promover uma discussão ampla. Não é vergonha nenhuma exportar [nossos produtos] para as nações amigas. É um compromisso”, afirmou.
Do evento participaram a secretária de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Perpétua Almeida, a integrante da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, deputada Jô Moraes (PC do B – MG), o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar Mista da Defesa Nacional, Carlos Zarattini (PT-SP), e o comandante do 8º Distrito Naval, vice-almirante Glauco Castilho.
FONTE:ANBA
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