Por Pedro Rocha Franco
As primeiras unidades exportadas do blindado militar Guarani, desenvolvido pela Iveco em parceria com o Exército do Brasil e produzido em Sete Lagoas, devem ser destinadas para o Líbano. Em um contrato firmado com a unidade italiana da fabricante, 10 unidades do veículo serão enviadas para o país do Oriente Médio. O pacote inclui ainda 70 unidades de outros modelos produzidos na Europa, segundo informações do site especializado no setor Defense News, do conglomerado de mídia norte-americano Gannett Company. Fontes do estado confirmam a informação. A expectativa é entregá-los entre 2016 e 2017. Procurada, a Iveco não se manifestou sobre o assunto até o fechamento da edição.
O contrato, de cerca de 30 milhões de euros, segundo o site, inclui 25 veículos leve multifuncional (LMV, sigla em inglês), conhecido como Lince. O jipe, produzido na fábrica italiana da Iveco, tem tração nas quatro rodas e 195 cavalos de potência. É usado por importantes exércitos europeus, como Reino Unido, Itália e Rússia. O veículo foi testado pelo Exército do Brasil para ser incluído na parceria com a Iveco, mas ainda não há definição. Outros cinco veículos de proteção média (MPV, também em inglês), usados para o transporte de tropas, também fazem parte da encomenda. O veículo pode ser adaptado para ambulância. Soma-se a esses dois 10 unidades do Guarani e outros 40 veículos fornecidos para a polícia libanesa.
O Guarani enquadra-se na classificação de viatura blindada de transporte de pessoa média de rodas (VBTP-MR), com capacidade para 11 pessoas. O aparelho é equipado com sistema anfíbio, e tração 6×6 capaz de alcançar velocidade elevada em terrenos adversos. O poder de fogo da artilharia é variável, podendo ser dotado de um canhão de 30 milímetros ou metralhadoras ponto 50 e 762. O blindado militar, segundo apurou o EM, seria transportado para a Itália para depois ser enviado ao Líbano.
Localizado em região conflituosa, o Líbano faz fronteira com a Síria e com Israel. O país tem recebido armamento financiado por outros países para contribuir no fortalecimento militar. Apoiador do regime sírio de Bashar al-Assad, o reforço militar visa ajudar tropas libanesas a impedir qualquer ofensiva do Estado Islâmico e o braço da Al-Qaeda na Síria, Frente Al-Nusra.
Mercado
No lançamento da planta, há dois anos, a direção da Fiat Industrial na América Latina afirmava que havia negociação para um contrato com a Argentina para a venda de 14 unidades do Guarani. A América do Sul era apontada como principal foco de possíveis negócios da empresa. Outro alvo eram países africanos. A planta da Iveco Veículos de Defesa de Sete Lagoas – a única fora da Europa – foi inaugurada pela subsidiária do grupo Fiat em 2013.
O principal contrato da fabricante é com o governo brasileiro. Ao todo, 2.044 viaturas serão entregues para o Exército até 2029, ao custo de R$ 6 bilhões. Neste ano, com o contingenciamento do Orçamentário da União, a Iveco deu férias coletivas para 250 empregados.
A retomada das exportações de veículos militares remete aos contratos bilionários assinados pela Engesa. A empresa vendeu equipamentos para mais de 20 países do Oriente Médio e da África. A dupla Urutu e Cascavel foi bastante procurada. Em nota, o Exército Brasileiro afirma não ser sua atribuição “gerenciar a questão contratual para viabilizar a comercialização do Guarani com outros países”.
FONTE: EM Digital
Boa noite
Desculpe na demora a resposta ao comentário do Dr. José Davi estava sem acesso a internet esses dias, Sr. José Davi não disse que todos os projetos eram da Engesa ou o Sr. Acha que o desenho do KC-390 foi feito por ela também e ficou para as gerações futuras já que eu o citei no texto também, apenas disse que foi uma perda lamentável a maior empresa de defesa da América Latina ir a falência assim como outras grandes empresas nacionais tais como a Vasp, Varig, Gurgel, ou grandes estaleiros entre tantas outras. O que disse foi que hoje básicamente dependemos de capacidade estrangeira para certos projetos de defesa nacional, certo que muitos paises do mundo depende dessa capacidade externa mais poderiamos ser mais independetes se a industria de defesa não tivesse sido relegada a segundo plano durante tanto tempo. Quanto ao projeto do Osório, não importa se foi feito a pedido da Arábia Saúdita o que importa é que era o melhor que havia no mercado no periodo e era projeto nosso, agora se o exército não tem visão de ver isso ou não tem dinheiro para bancar não quer dizer que ele não funcionaria no cenário da América Latina, já que iria funcionar num dos maiores zonas de conflitos do mundo por isso foi projetado para ser o melhor. O URUTU em chassi de caminhão que o Sr. se referiu, nunca disse que preferia ele ao Guarani, se não ficou claro disse que era um projeto nacional e o conhecimento no desenvolvimento dele trouxe expetise para futuros produtos melhores e quanto ao Guarani continuo dizendo não gosto do projeto, exitem outros veículos do mesmo nicho infinitamente melhores no mundo. Mais como disse se o exército não consegue ver isso ou não tem dinheiro para isso não posso fazer nada, a não ser continuar com minha opnião.
peço desculpas ao DAN….o comentario FOI publicado….muito grato e desculpas…………
…………os Urutú e Cascavel não foram totalmente modernizados no Brasil….ainda restam muitíssimos deles por modernizar,o que se fôsse feito, nos daria maior tempo de permanencia dessas armas nas FFAAs com consequente redução de custos ………com todas esses modelos de MBTs projetados e fabricados no Brasil pela Engesa, até hoje não aproveitados
REAL e CONCRETAMENTE,ficou esquecido um período da História em que o país fabricou e exportou boas armas….surgiu uma empresa estrangeira com um projeto que ” fez a cabeça” dos militares como “um projeto Brasileiro” mas que custou uma dinheirama à Nação…….assim , esqueceu-se o reaproveitamento dos desenhos e projetos da Engesa que se pesquisados e atualizados com nova motorização e blindagem seriam muito melhores,mais atuais e mais úteis ao Brasil……..lamentável……….
Engesa, ao escutar esse nome não sindo saudades mais sim vergonha, uma das melhores industrias que o Brasil já teve que foi a falência por conta da ingratidão. O Brasil desenvolve equipamentos maravilhosos, mais nem sempre os compramos ou quando os compramos, compramos em quantidade insuficiente. Alguns exemplos: EE-T1/T-2 – Osório ( O MBT que desbancou o Abrams no deserto ), EE-18 – Sucuri-II (Um caça tanques no estado da arte que nunca foi terminado), Tamoyo – III (Meia boca mais projeto nacional e interessante), X1A2 (Linda modernização para os já extremamente obsoletos M3 – Stuart), Urutu e Cascavel (projetos nacionais interessantes ainda hoje utilizados), Sistema Astros (Artilharia por foguetes no estado da arte, mais comprados em quantidade insuficientes pelo exército), KC-390 (Projeto nacional de excelente concepção). Dentre outros que possa ter esquecido e não esqueci do Guarani antes que falem, não o coloquei por que não é um projeto que eu considere bom.
Vc prefere um Urutu feito em chassi de caminhão a um guarani ?
Leve em conta que o Osorio fora feito com especificações da arabia saudita , não sendo compativel com as especificações do EB . A ENGESA fez varios projetos , mas a maioria não tinha nicho , nem aqui no Brasil , nem lá fora , houve uma má gestão por parte da empresa nesse lado . Você esqueceu de citar o Ogum , esse tinha nicho para o Iraque , mas a ENGESA ficou chupando dedo vendo o Iraque ser invadido. O ASTROS é produzido pela AVIBRAS , não pela ENGESA.
O X1A2 , o tamoyo foram progetados pela Bernadini S/A , não pela ENGESA.
Saudades da Engesa, saudades do tempo em que o Brasil tinha independência e criatividade na produção de blindados. Hoje somos dependentes de tecnologia e empresas estrangeiras.
Penso que um projeto dessa grandeza e relevância ao país deveriam ser tocadas por empresas nacionais associadas (Avibras, Agrale, Inbrafiltro, IMBEL,etc.).
É verdade meu caro Avluv, se esse projeto fosse tocado por empresas nacionais, aí sim seria um projeto estratégico , mas o Guarani é apenas uma derivação do projeto italiano Superav ! não pode ser comparados aos da antiga Engesa !
Veio em ótima hora , vai manter a linha de montagem em atividade que seria paralisada pelos cortes do governo.
Acho que isso acaba com aquela estoria de que o Guarani não sobrevive no Oriente Medio.
Então que no futuro mandem, também, todas as viaturas 6×6 que o EB operando. Ficando apenas os blindados 8×8.
legal, Libano vai de Super Tucano e Guarani !
A empresa não vai deixar sua linha ficar ociosa e nem pode demitir sua mão de obra qualificada!
Nem mesmo que o governo brasileiro sesse temporariamente as encomendas a IVECO trará para Sete Lagoas parte da produção para suas vendas a outros países como está acontecendo agora.
O mesmo deverá acontecer com a Helibrás
Boa, já que a linha de produção tinha parado por falta de confirmação de encomendas do exército brasileiro por cortes de verba, essa encomenda dá um alívio e tanto!
Não entendi o Guarani vai ser exportado para o Líbano, mas não o Guarani que é produzido em Minas Gerais, aqui no BRASIL ? me expliquem por favor !
Fabricado aqui e vendido para o Exercito Libanês , do mesma forma que os nossos celulares , televisores, brinquedos chineses…
Fabricado aqui e importado pelo Líbano , da mesma forma que fazemos com os produtos industrializados que compramos