No dia 14 de setembro, o Grupamento de Fuzileiros Navais de Natal (GptFNNa) realizou adestramento, denominado “EXPLOSEX-2016”, no Campo de Instrução de Punaú, área do Exército Brasileiro.
Durante todo o dia, os militares tiveram instrução de AT-4, realizando disparos com sub-calibre e munição real. Ainda, foi ministrado pela equipe de instrução o uso de explosivos.
O planejamento e a execução das instruções nas áreas determinadas foram realizados com êxito, fruto do empenho e dedicação da equipe de instrução, buscando sempre alcançar o máximo de sucesso na realização de suas tarefas.
Sendo assim, foi possível observar o alto grau de comprometimento da tropa, demonstrado pelo desempenho no decorrer do adestramento.
FONTE: CCSM
Iran… grato pela resposta, concordo com alguns dos motivos levantados pelo colega já outros considero discutíveis… mas provavelmente no final da contas deva ser realmente mais compensatório o uso de canhões descartáveis, tanto é que o CTEx desenvolve sua própria versão baseada do AT-4, o ALAC, com o qual é pretendido armar em grande número a infantaria do exército.
saudações
Respondendo ao Topol, e essa é apenas a minha humilde impressão, creio que se deve a uma doutrina distinta. No caso do RPG, é necessário ter um homem destacado apenas para a função, ou mesmo dois (isso, idealmente). No caso do descartável, o usuário pode ter outras funções. Então há um ganho de mobilidade.
Por outro lado, se abatido o portador do sistema, o inimigo não terá em mãos uma arma que usará e reutilizará contra nós mesmos.
E, na eventualidade de se optar por carregar apenas um lançador de RPG com uma única munição, numa situação de retirada rápida, haverá sempre a possibilidade do usuário ter de escolher entre correr mais rápido ou carregar o lançador de volta para a base. O que, novamente, aumentaria o arsenal no inimigo.
Por fim, nos dias de hoje um RPG recarregável não tem muita razão de ser.
Para fins de guerra assimétrica, é muito melhor disparar, descartar e se misturar à multidão (ou buscar abrigo), do que carregar um pacote imenso nas costas.
– Para “desentocar” alguém num “buraco de raposa” (foxhole), melhor são munições que agem em trajetória eliptica (obuses).
– Para uso em guerra urbana (na função de desentocar guerrilheiros dentro de casas, por exemplo), o RPG tem um alcance muito limitado, sendo de se crer que o atirador do sistema seja alvejado antes de usá-lo. Especialmente por ser fácil verificar na distância quem é que está carregando “um pacote extra”.
– Na mesma guerra/guerrilha urbana, desta vez na função de guerrilheiro dentro de habitação, se se tratar de um atentado em área civil (em situação de normalidade), também um AT-4 é superior.
A única grande vantagem que observo é a questão econômica. Um RPG no estilo russo é fácil fazer, e suas munições podem ser produzidas localmente em quantidade sem grandes requisições técnicas.
E, por fim, um RPG moderno pode ter acoplado em si rastreadores internos, em caso de descaminho (furto, interceptação), o que seria mais difícil de se fazer em cada munição de RPG´s descartáveis.
Mas, é só uma opinião.
Me questiono se o AT-4 tem muita vantagem de preço em relação a outros canhões sem recuo… pois pelo fato de ser descartável de tiro único o preço tem que ser umas 10 vezes melhor que os outros, caso contrario compensa comprar o Carl Gustaf e ou RPG recarregáveis…