Por Guilherme Mazui
O general Eduardo Villas Bôas será o novo comandante do Exército, onde ingressou em 1967 e tornou-se aspirante a oficial em 1973. Destacou-se à frente do Comando Militar da Amazônia. Articulado e conciliador, passou pela assessoria parlamentar do Exército. Também foi adido na China. Respondia pelo Comando de Operações Terrestres, função na qual participou das ações de segurança e defesa na Copa.
Quais os desafios para o Exército nos próximos anos?
Somos a sétima economia do mundo, pleiteamos assento no Conselho de Segurança da ONU, ou seja, temos de ter Forças Armadas modernas, capazes de se projetar em qualquer lugar que o Brasil tenha interesse. Para isso, é preciso modernizar o Exército, o que implica incorporar tecnologia.
Logo que saiu a sua nomeação, o senhor foi descrito como conciliador. Está correto?
Meu perfil não difere do militar moderno. A inteligência emocional é o mais importante, foge do estereótipo do militar carrancudo e autoritário. Os relacionamentos são importantes. Hoje, não se consegue comandar só com base na hierarquia e na disciplina. Tem de haver liderança.
Qual o ensinamento que o senhor tirou da Amazônia?
O Brasil precisa conhecer a Amazônia. Ela abriga as respostas dos principais problemas que atingem a humanidade: energia renovável, água, alimento e mudança climática. Há muita ideia preconcebida. Na questão indígena, os índios são reféns de organizações, e sem possibilidade de expressar suas reais necessidades. O Brasil precisa se debruçar mais sobre a Amazônia.
FONTE: Jornal Zero Hora
o general e um homem de visão pós iniciativa de modernização das FF AAs…Parece eclético e ponderado…é esperar pra ver
A discussão neste post resultou muito interessante, porque expõem uma tensão entre dois polos: o conservador e o renovador.
Sob meu ponto de vista, os dois lados tem sua dose de razão, porque para um país, suas tradições, identidade cultural e histórica é parte essencial de sua força e vitalidade como nação. São como as raízes profundas de uma “árvore”…
Por outro lado: Os renovadores são os que questionam e tentam aperfeiçoar ( aqui no caso seria “modernizar”) e atualizar as instituições, o país…Na verdade, ao inovar tratam de fazer aquilo que um dia no futuro, se tornará historia e raiz…Estes são como os galhos com folhas da “árvore”, que oxigenam, são a respiração da “árvore nação”.
Oras! Os galhos e folhas de uma árvore não conseguem se expandir, crescer e renovar sem os nutrientes fornecidos pelas raízes profundas da árvore.
E as raízes desta mesma árvore morrem sufocadas sem a oxigenação, a respiração promovida por seus galhos e folhas…
Agora, quando as raízes e os galhos e folhas brigam
entre si, tentando um destruir o outro…Isto está mais para uma “doença autoimune” onde o organismo se auto agride, o que pode provocar desde incômodas alergias, ou até, em casos mais graves, uma doença fatal!
Resumindo: Se trata de inovar sem destruir suas raízes e conservar sem destruir seus galhos e folhas…
e nos nossos comandantes
os cachorros latem,mas a carruagem continua a passar, e acredito vamos sim chegar aonde queremos, basta acreditar na nação
Patriotadas e desejos à parte, mas vamos ser realistas: o desenvolvimento (ou a mordernização, adjetivo usado no artigo) das forças armadas (pois contextualmente é um site dedicado a assuntos militares), mas bem poderíamos estar tratando de outros temas, como infraestrutura (construção e manutenção), economia (melhorar a economia nacional), etc., todos com esse mesmo foco: modernização. Mas, a coisa não anda (e nem vai andar) e sabe por quê? Porque precisamos de gente qualificada e como nossos colégios e faculdades não têm condições de prover essa qualidade demandada, o país vai continuar na periferia do cenário mundial. Só se engana quem quer…tenho certeza que o próprio general sabe disso, mas obviamente não iria confessar isso numa entrevista para um veículo de mídia. Ele foi apenas previsível nas respostas de alguém na sua posição, afinal de contas não iria ser maluco de dizer a verdade – que o país não tem pessoal qualificado pra desenvolver a pátria, ao menos para atingir uma posição de protagonismo no cenário internacional – pra ver o circo pegar fogo…eu também diria o mesmo…
Gostei muito das respostas, especialmente quanto a ter um perfil de um moderno, ou seja, voltado mais para questões operacionais e menos afeito a ideologias políticas (que é o perfil de um militar carrancudo). Está na hora do EB, assim como as outras forças, focar mais na modernização operacional e menos em grandeza institucional e histórica, mais focado no EB daqui pra frente e menos no EB daqui pra trás.
Uma ova que tem. O Exército é uma força armada com tradições e valores históricos. Não pode ser de outra forma, se quiser se manter como uma instituição sólida, exatamente a que consegue manter níveis elevadíssimos de confiabilidade do povo brasileiro. O Exército jamais pode esquecer a sua História e deixar de olhar para trás, pois é ao olhar para trás que vemos que em momentos difíceis da vida nacional, o Exército esteve presente para ajudar o país.
Esse negócio de modernismo se aplique tão somente a duas cosias: aos novos armamentos e tecnologias que irão surgindo no decorrer das eras, e às novas doutrinas que precisam ser desenvolvidas para o emprego dessas tecnologias e armamentos. No mais, o Exército não mude em nada.
O Exército é uma instituição APOLÍTICA que serve ao país e não a ideologias, mas isso não impede que seus militares, principalmente os estrategistas militares prevejam desastres políticos trazidos por ideologias de civis, como por exemplo o desmantelamento do país provocado pela Esquerda.
O “desmantelamento” é o principal responsável pela modernização das nossas forças armadas criando demandas como na aposta do pré-sal, além de CRIAR uma indústria naval que era inexistente. A direita brasileira só serve aos interesses dos EUA, o último grande exemplo disso, e este é inegável, foi a venda do satélite das forças armadas(Que país sério faz isso?) o satélite da ex-estatal Embratel, a única política nacionalista com um projeto robusto que existe no Brasil é a da “esquerda”.
abç
Pensamento mais ideológico impossível. Uma coisa é usar o passado como conteúdo histórico, outra coisa é cultuá-lo. Já dizia o ditado popular: “Quem vive de passado é museu”.
No mais, o que eu quis dizer é focar na proficiência operacional frente ao inchaço de pessoal (efetivo em excesso para justificar o elevado número de oficiais generais). Outro fator oligárquico do EB (além das outras forças) é a progressão de carreira somente por tempo e não pela combinação de tempo e merecimento.
Em fim, uma coisa é lembrar dos seus valores históricos, outra coisa é cultuá-los como algo imutável.
Se focassem mais em operacionalidade e menos em política (ânsia de poder), talvez o EB não teria metido os pés pelas mãos em algumas coisas.
Esquerda?
ESQUERDA, DIREITA E MIOLO,
TODOS tiveram ou tem a mesma cegueira quanto o assunto é forças armadas.