Por Luiz Padilha
Muitas empresas se “interessaram” e se increveram para participar da licitação para venda do casco do ex-NAe São Paulo, mas apenas uma empresa foi qualificada com aval obrigatório do Governo Francês, e esperava-se que finalmente o destino do navio fosse decretado.
Infelizmente para a Marinha do Brasil, não ocorreu o leilão (mesmo com um único participante), pois a empresa classificada, Mediterranean Ships Breaking, simplesmente não apareceu para dar o lance e assim fechar o negócio.
Agora a Marinha do Brasil terá que começar tudo de novo e continuar arcando com os prejuízos decorrentes da ocupação de cais e manter o navio flutuando. Mas por mais quanto tempo? Quanto mais tempo levar para vender o casco do navio, mais a Marinha vai acumulando despesas, pois manter o navio parado no AMRJ tem custos e talvez os mesmos já tenham até mesmo superado o valor que a Marinha colocou para venda do navio.
Uma opção, caso seja possível, (talvez não seja possível devido a quantidade de abestos que o navio possui), seria transformá-lo em alvo para um grande exercício.
Agora é aguardar para ver que posição a Marinha tomará com relação ao ex-NAe São Paulo, para acabar de vez com o problema.
Servi na Dods (F47), participei de comissões com o A12. É um navio de respeito!
Hoje trabalho no ramo da manutenção Naval, navios são as coisas mais modificadas que eu já vi . Tem partes dos navios que nunca se acabam( camarotes, corredores, cozinhas, quilometros de cabos eletricos de iluminação interna, etc… tudo isso custa muito dinheiro. já outras devem ser modificadas ao longo do tempo para mante-los em condições de operar.
Vamos usar o modelo do Reator nuclear do Submarino como base para geração de energia para a propulsão do São Paulo ! Mesmo que pra isso tenha que aumentar a praça de maquinas , construir uma catapulta , instalar um skijunp, etc…
NÃO EXISTE PORTA AVIÕES PRA VENDER EM LOJA
Respeitando todos comentários a respeito do navio ( que não tem culpa de seu passado).
Nossa proposta de uma certa forma contribui para que o navio possa ser estudado para futuros projetos sem a necessidade de comprometimento de sua estrutura.
A conversão do NAe em um museu é algo único em nosso país. Infelizmente isso não foi feito com o Minas Gerais, que hoje só se lamenta.
Explora-lo comercialmente como forma de atração turística pela ótica de empreendedorismo é possível. Tendo sua gestão sendo administrada por uma associação sem fins lucrativos e colocando os investidores como parte da manutenção do navio, desonera o governo e a marinha de gastos.
Boa parte dos museus existentes no Brasil dependem de verbas governamentais para se manterem, isso inclui os das forças armadas que a entrada é gratuita.
Faço o convite a todos que não conhecem o nosso trabalho que venham a conhece-lo.
Acompanho todos os comentários publicados, sejam negativos ou positivos. Destas publicações, são aproveitados todos que sejam construtivos e possam lapidar ainda mais o que já temos em nosso planejamento.
Continuamos trabalhando incansavelmente.
Forte abraço a todos.
“NON DVCOR, DVCO!”
Esse porta aviões foi exaustivamente usado pela marinha da Franca, foram 40 anos, de 1960 ate 2000 de uso… além da agua salgada corroendo tudo neste período e sabido que a Franca nunca se esmerou muito em conservar esses navios e ainda nunca ficavam parados muito tempo no porto, FOCH e CLEMANCEAU foram usados ate o osso, em 2000 esse FOCH devia estar bem ruim, para poder usar mais uns 10 anos seriam necessários enormes gastos de dinheiro para uma enorme reforma, coisa que no Brasil todos ja sabiam que nunca ia acontecer. Comprar esse sucata foi um ENORME erro, pois o A11 MINAS GERAIS tinha saído de uma grande reforma em 1999, para durar mais uns 10 anos (o nosso Minas Gerais foi para ALANG CHEIRANDO A TINTA NOVA) e o dinheiro gasto no SAO PAULO seria usado para a reforma das 10 fragatas e 4 corvetas, o que aconteceu é que a esquadra foi SACRIFICADA, e ninguém foi responsável por essa decisão errada.
Agora das três possibilidades para esse navio, museu, desmontar ou afundar com 8 Exocet , a marinha precisa decidir logo, pois quanto mais tempo fica no cais parado, aumentam as possibilidades de alagamento do casco, tubulações corroem mais rápido quando se esta parado. Os alagamentos comumente ocorrem por ralos de fundo e tubulações internas com agua salgada parada dentro…
Para min, acho que seria mais barato encaixar 8 Exocet no casco e deixar afundar …. encerrando esse capitulo triste e de decisões pouco logicas… fim de uma era…
Boa noite Padilha.
Uma vez que o casco está em bom estado, deveríamos aprender com os chineses e transformar o São Paulo em navio “Prova de Conceito” como o primeiro navio aeródromo daquele país.
Cava uma reserva de orçamento do Ministério de Ciência e Tecnologia, Ministério da Educação e Ministério da Defesa, traz as universidades para participar do projeto que seria:
• Retirar tudo que for de vapor.
• Colocar o mesmo motor do Atlântico.
• Criar uma praça de geradores elétricos.
• Usar alunos de universidade de engenharia e física para desenvolverem uma pequena catapulta elétrica para uso de drones.
• Envolver mais universidades para transformar um dinamômetro em freio hidráulico para os cabos de arrasto, para recuperar esses drones.
Ainda sobraria muito espaço para aviação de asas rotativas, e as lições aprendidas barateariam o projeto do navio aeródromo para as asas fixas.
É um devaneio, mesmo que durasse vários anos, os futuros físicos e engenheiros seriam muito mais bem preparados e teriam uma excelente empregabilidade no mercado de trabalho.
O casco, retificando o que disse anteriormente, ESTAVA em bom estado. Um navio parado, tudo se deteriora rapidamente. Seus tanques estão podres e acredito que muito mais partes do navio estejam seguindo este caminho.
Concordo plenamente com vc. A China comprou um ferro velho em uma manobra desviacionista digna de um filme e transformou em um porta aviões moderno. Temos a tecnologia e temos pessoal capaz de faze-lo. Nos falta ambição e pensamento estratégico de longo prazo.
Sinceramente, só espero que tenham aprendido a lição.
O mínimo que possa ter sido aprendido com a operação desse navio, já se perdeu. Além disso, tem os milhões de dolares qie foram gastos com o conserto de catapulta e tubulações de vapor, alem de muitas outras coisas….basta ver as matérias que saíram durante o tempo entre o acidente e o seu descomissionamento. Nao foi pouco dinheiro, não. E esse dinheiro nao trouxe retorno algum, pois mesmo com essa gastos, o navio nunca mais operou……só navegou pela baía de Guanabara e voltou ao cais. Não desmerece o navio, pois ele foi de grande valor enquanto era o Foch…mas, no Brasil, operou muito, muito pouco……e arcanos com sua destinação final….onerosa e problemática, como se vê. Os franceses fizeram um dos melhores negócios da vida deles…..e não os culpo….nós compramos pq quisemos!
Como eu já havia comentado, segue abaixo um exemplo de uso de um porta-avioes antigo para atrair turismo:
Visite o USS Midway Museum em San Diego com acesso sem filas para uma visão detalhada de uma parte da história naval americana. Você pode fazer um tour de áudio autoguiado pelas exibições interativas em diferentes níveis, junto com uma série de aeronaves restauradas na cabine de comando de 4 acres (1,6 hectares). É fácil passar várias horas na enorme exibição naval.
Para sua segurança, as rotas de excursão abaixo do convés, passeio guiado pela ilha, teatro “Battle of Midway”, simulador, experiências de realidade virtual e subida a bordo de cockpits estão temporariamente fechados. O museu inaugura o 75º aniversário do porta-aviões com uma oferta de entrada gratuita para crianças – duas crianças grátis com cada bilhete de adulto totalmente pago até 15 de dezembro de 2020! Esta oferta oferece uma oportunidade divertida e emocionante para complementar o aprendizado em casa para as crianças. Basta trazer o seu ingresso de adulto para nossa bilheteria para obter os ingressos infantis grátis.
Exeiste uma Associação que quer transformar o “São Paulo” em um museu marítimo. Para a todos ós seria uma dádiva, posto que única aeronave deste genero neste sub-continente, além da serventia proposta, seria o berço para pesquisas de uma futura aeronave desse tipo para a Marinha Brasileira. Levado para uma área propícia para turismo o mesmo custearia a sua manutenção além de fornecer subsídios aos engenheiros navais da MB para futuros projetos.
Gratidão pela menção.
Poucos procuraram saber sobre o projeto que estamos empenhados em fazer.
Os comentários são importantes para o delinear de nosso trabalho, nunca descartamos as “sugestões e criticas construtivas”.
Seria interessante que todos pudessem ter a curiosidade que poucos tem em conhecer nosso trabalho.
Continuamos nos alinhando com nossos investidores parceiros e enfatizando o não uso do dinheiro publico para a gestão do museu.
São pouquíssimas pessoas que tem a oportunidade de sair do país e visitar um museu como o Intrepid, Midway entre outros.
Existem pessoas que nunca viram um porta aviões de perto.
Essa seria uma oportunidade de fazer deste navio, que muitos afirmam ser um elefante branco com pouca história, em nosso país, e reescrever sua história de uma outra forma.
Continuamos trabalhando.
Este navio veio quase de graça, o problema foi não ter sido modernizado na época pra dar mais uns 20 anos de vida pra ele (onde já estaria próximo de ser descomissionado). Se tivessem feito uma modernização ainda teria como , que poderia ser explicada mesmo quando danificado pela 1a vez, porém com a demora a janela passou e pelo preço de fazer isto e ficar incerto pela idade do navio cobre quase que um novo NAe. O Brasil não foi enganado, o problema que no afã de usar logo para validar o uso de asa fixa (A4) foi contando com a sorte, que teve pra consolidar uma massa critica de pilotos e doutrina, mas no final deu azar e perdeu o navio e a janela econômica pra melhorá-lo ou comprar outro!
O asbestos não será problema em alto mar, é apenas problema para inalação.
Também sou daqueles que ainda se preocupam com os gastos inúteis que sempre envolveram (e continuam) nosso último NAe, desde sua compra na França até o momento em que chegou, o que considero uma ofensa ao passado do Foch.
O cancelamento da revitalização bilionária duvidosa foi acertado.
Também sempre tive dúvidas referente ao custo da remoção do amianto. Sem dúvida isto deve ser um impedimento para transformá-lo em alvo Padilha. Principalmente depois da decisão do STF mesmo que esteja restrita apenas a extração, a industrialização e a comercialização.
Havia um pessoal que queria transformar em museu, arcando com todos os custos de limpeza, transporte e manutenção dele….entreguem logo e ponham fim a está novela.
Esse “pessoal” pode até querer transformar o “São Paulo” em museu, Roberto, mas, não tem os recursos necessários para conversão nem mesmo local apropriado.
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Da mesma forma como aconteceu com diversos navios museus dos EUA, primeiro é necessário levantar os fundos necessários e garantir um local para visitação pelo público só então a US Navy transfere o navio, caso contrário ele tem como destino final o desmanche, ou virar alvo e eventualmente um recife artificial depois de ser devidamente
“limpo”.
Pensa em um navio que parece que foi amaldiçoado. Outra questão, esse PA realmente não tem conserto?
Se a China conseguir dar um jeito naquele ferro velho que comprou na Ucrânia e transformou em um navio moderno, tudo é possível, mas a pergunta é, temos dinheiro para isso? Existe interesse?
Não um “ferro velho” e sim um navio que teve sua construção suspensa por conta da dissolução da URSS.
O casco permaneceu vários anos aguardando uma decisão final, mas, de qualquer forma, era muito mais novo que o “São Paulo” que foi comissionado na marinha francesa com o nome “Foch” em 1961.
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O pior negócio da história da MB. Um tiro no pé.
Pelo desejo de ostentar a operação de um PA, compraram este abacaxi podre, esta super jaca bomba relógio usada até os ossos e de características estruturais obsoletas, com toneladas de amianto e outras substâncias tóxicas e propulsão bichada. E segundo consta foram negligentes em sua manutenção contribuindo para acelerar seu fim depois de acumular prejuízos.
Se ninguém quer comprar, doa esta josta, contanto que seja para alguma entidade de outro país, para longe daqui.
PAs usados nunca mais meus amigos!
Padilha!
Pede para o Comech da BNRJ chamar um pai de santo, faz um “despacho”, uma oferenda para Iemanjá, porque provavelmente os franceses enfiaram umas caveras de burro nos porões desta joca que so trouxe mau agouro.