Metodologia aplicada no SisGAAz e projetos de transferência de tecnologia foram cases apresentados no evento
A experiência com dois projetos conduzidos pela Fundação Ezute para o segmento de Defesa foi apresentada em sessões acadêmicas do III SEMINDE – Seminário Internacional de Defesa, promovido pela Agência de Desenvolvimento de Santa Maria (RS) e realizado naquela cidade gaúcha nos dias 8, 9 e 10 de novembro, com a presença de lideranças e autoridades ligadas ao setor de defesa e segurança.
Os colaboradores da Ezute Cleber Almeida de Oliveira e Yuri Leipner foram os responsáveis por inscrever um estudo no qual apresentaram a aplicação de processos de apoio multicritério à decisão nas Fases de Concepção e de Contratação do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz). Esse projeto da Marinha do Brasil tem a participação da Fundação Ezute e foi escolhido pelos autores pela complexidade tecnológica que o caracteriza.
“Optamos por estudar o SisGAAz por que ele traz todos os elementos de complexidade, como múltiplas tecnologias no desenvolvimento, integração com componentes já existentes, abrangência da área monitorada, necessidade de estrutura especializada e integração entre tecnologia e homem”, pontua Cleber Almeida de Oliveira, especialista em Engenharia de Sistemas da Fundação Ezute.
“Nesse cenário, a Engenharia de Sistemas exerce um papel importante na transformação das necessidades operacionais em requisitos dos sistemas, otimizando a concepção, bem como resultando na integração dos projetos estratégicos”, reforça Yuri Leipner, analista de sistemas.
Já o colaborador Carlos Eduardo de Almeida Barbosa Jr fez a apresentação de uma metodologia para avaliar o grau de cobertura em processos de offset, baseada na experiência adquirida na condução do Programa de Submarinos (PROSUB) e em outras atuações da Fundação no tema.
Independentemente da prática adotada para a execução do offset, ele ressaltou que qualquer projeto nesse tema envolve uma série de ações até a definição do objeto que será alvo da transferência e, por isso, precisam de uma definição de cobertura que aborde abrangência e profundidade ainda em etapa de planejamento da absorção, e posteriormente utilizada na fase de acompanhamento.
“Além de definir os requisitos de compensação, identificar os benefícios e beneficiários, os recursos envolvidos, e detalhar as atividades de transferência de tecnologia, é importante uma avaliação das atividades planejadas, no sentido de permitir uma visão do grau de cobertura e profundidade do processo de transferência”, ressaltou Carlos Eduardo, gerente do Mercado de Defesa.
“Por isso, utilizamos como base a experiência da Fundação Ezute, que tem como uma de suas atuações definir, detalhar, acompanhar e avaliar o trabalho a partir do mapeamento das atividades envolvidas no processo de offset e sua cobertura, para que se obtenha um indicador de efetividade e cumprimento do que se busca”, completou Antonio Pedro Timoszczuk, diretor de PDI da Fundação Ezute e coautor do artigo.
O objetivo das apresentações no III SEMINDE era mostrar como os projetos estratégicos no setor de defesa conduzem o processo de evolução tecnológica das Forças Armadas e, a partir do domínio desses, caracterizados como Sistemas Complexos, estender o conhecimento para atender às necessidades e às capacidades de cada Força e também do segmento civil, apoiando cidades e estados.
FONTE: Convergência Comunicação