Presidente do Conselho Consultivo Estratégico da Ezute destaca papel da organização como articuladora do governo, do setor privado e da academia
“O momento em que o Brasil se prepara para escolher seus novos governantes coincide com um período no qual o país precisa desenvolver uma série de projetos de interesse nacional que exigem visão sistêmica, além de uma atuação integradora e gerencialmente eficaz para obter resultados. É nesse ponto que uma honest broker como a Fundação Ezute tem condições de ampliar sua atuação, exercendo um papel de fundamental importância para o país”, disse nesta segunda-feira (03), em São Paulo, o presidente do Conselho Consultivo Estratégico da organização, Eduardo Marson.
O executivo, que é responsável pela consolidação da atuação da Ezute como honest broker, explica que o papel de uma organização desse tipo deve ser pensado como de uma articuladora isenta, capaz de conciliar os interesses, os objetivos e o timing governamental, acadêmico e da iniciativa privada, que muitas vezes não são iguais, em projetos intensivos em conhecimento, com foco estratégico em sistemas tecnológicos complexos e aplicação de tecnologias críticas, com alto valor agregado. “Grande parte desses projetos envolve questões de soberania e inserção do Brasil em um novo posicionamento geopolítico global, e por isso dependem de uma organização que reúna dados de especialistas, estudos estruturados e metodologias consagradas para o desenvolvimento de soluções, e que possa atuar como uma mediadora isenta, trabalhando exclusivamente no interesse público”, afirma Marson.
A expressão honest broker foi criada na cultura anglo-saxônica, ainda na era medieval, para designar um árbitro independente cujo papel era dirimir as disputas entre súditos. Modernamente, o termo ganhou novo significado quando a Força Aérea dos EUA, no final da década de 1950, encomendou ao laboratório de pesquisas do Massachussets Institute of Technology (MIT) o desenvolvimento de um sistema de defesa aérea para o país, e logo percebeu que esse trabalho deveria ser conduzido por uma corporação privada sem fins lucrativos, livre de conflitos de interesses, para poder realizar um trabalho de articuladora independente em um projeto de conhecimento estratégico que envolvia pesquisa, desenvolvimento, inovação e defesa da soberania, com vários atores.
“Essa foi a origem da MITRE Corporation (de MIT REsearch), uma organização que desde então exerce o papel de honest broker, oferecendo apoio à gestão pública, ao desenvolvimento tecnológico e à resolução de problemas complexos da administração dos EUA, com uma atuação integradora e através de uma visão sistêmica, mantendo uma equidistância saudável entre as entidades governamentais, as empresas industriais e de serviços, a academia e outros institutos de ciência e tecnologia”, diz Marson.
Um exemplo de projeto de interesse nacional que revelou uma atuação integradora com visão sistêmica no Brasil foi o Sivam, o Sistema de Vigilância da Amazônia. O projeto exigia a concepção e integração de um inovador sistema de inteligência, constituído por vigilância e controle do espaço aéreo numa região sujeita a ocorrências de ilícitos, como a Amazônia Legal Brasileira. Um grande “sistema de sistemas” que depois de desenvolvido pudesse ser repassado para a indústria nacional fazer evoluir como produto, o que efetivamente aconteceu. A Fundação Ezute exerceu esse papel e, desde então, tem atuado no gerenciamento de grandes projetos governamentais de tecnologia para outros setores, como segurança pública, saúde, transporte, saneamento e energia.
“A falta de visão sistêmica e gestão integrada em projetos resulta, na maioria das vezes, em desperdício de tempo, energia e, principalmente, de recursos que deveriam ser empregados para atender às necessidades da sociedade. Detectar uma necessidade, equacioná-la a partir de dados científicos e propor uma solução por meio de uma metodologia sólida e reconhecida é o papel que se espera de uma honest broker como a Ezute”, ressalta Eduardo Marson.
No vasto campo existente no Brasil para atuação de uma organização com essas características, a Fundação Ezute destaca-se por responder aos desafios privilegiando o pensamento sistêmico, a partir do uso da ciência organizacional e da adoção da moderna governança dos processos. “A Fundação Ezute consegue atrair as melhores mentes científicas, proporcionar ambiente favorável à pesquisa, realizar análise independente e imparcial, dar sobrevivência de longo prazo aos trabalhos e desenvolver as tecnologias adequadas aos problemas. E faz tudo isso com absoluta isenção e confidencialidade, permitindo que governo, academia e setor privado possam adotar as melhores soluções para os desafios complexos que envolvem o interesse nacional”, conclui o executivo.
FONTE: Convergência Comunicação Estratégica