No período de 21 a 30 de agosto, cerca de 1.200 fuzileiros navais realizaram um de seus principais treinamentos anuais (ADEST-FER-FFE-II/2012) no Campo de Instrução da Escola de Sargentos das Armas (EsSA), no município de Três Corações, em Minas Gerais.
Com o propósito de realizar aprimoramento técnico e tático da tropa e de manter sua prontidão operacional, o exercício foi dividido em duas fases. A primeira, que ocorreu até o dia 25 de agosto, consistiu no treinamento específico das Unidades subordinadas à Força de Fuzileiros da Esquadra, com ênfase no emprego de seu armamento orgânico (relativo a cada Unidade), efetuando tiro real de Obuseiro 105mm Light Gun e Obuseiro 155mm; dos morteiros 81 e 60mm; e demais armas coletivas dos Batalhões de Infantaria. Houve, ainda, treinamento de comunicações operativas e uso de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT).
Entre os dias 23 e 25 de agosto, o Comandante de Pessoal de Fuzileiros Navais, Vice-Almirante (FN) Carlos Alfredo Vicente Leitão, acompanhado do Comandante do Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC), Contra-Almirante (FN) Nélio de Almeida, visitou o adestramento que estava sendo realizado naquele Campo de Instrução, do qual participavam os alunos do Curso de Aperfeiçoamento da Escola Artilharia (C-Ap) e do Estágio de Qualificação Técnica de Apoio de Fogo Orgânico dos Batalhões de Infantaria de Fuzileiros Navais (BtlInfFuzNav) (E-QT-ESP), cujas avaliações finais ocorreram naquele local.
Na segunda fase, houve a integração de todas as Forças e Unidades da Força de Fuzileiros da Esquadra e das aeronaves, da Força Aeronaval, empregados em um tema tático, simulando uma Operação Anfíbia, organizados sob o enfoque de um Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais, no nível Unidade Anfíbia – organização por tarefas que conta com um efetivo que varia de 800 a 2.200 fuzileiros navais.
Este ano, algumas atividades foram realizadas pela primeira vez neste exercício. Vinte e quatro paraquedistas, Comandos Anfíbios, do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais, realizaram 36 saltos livres a onze mil pés de altitude, a partir de uma aeronave UH-14, em Zona de Lançamento no interior do Campo de Instrução da EsSA. Este treinamento teve o propósito de adestrar os militares para infiltração por paraquedas, para realização de ação de comandos ou de reconhecimento. Ainda como adestramento de oportunidade, o Batalhão de Controle Aerotático e Defesa Antiaérea pôde utilizar o simulador ATPS (da sigla em inglês Sistema Prático de Aquisição e Traqueamento) com alvo real. Este equipamento simula o tempo que o atirador leva para fazer aquisição do alvo, traqueamento e disparo, entretanto, não simula o alvo, sendo utilizadas para tal as aeronaves da Marinha que participavam do treinamento no Campo de Instrução da EsSA.
Os Fuzileiros Navais, conforme previsto na Estratégia Nacional de Defesa integram uma Força Expedicionária de emprego rápido, devendo estar sempre prontos para serem acionados em qualquer situação, no mínimo prazo.
FONTE: Nomar