Em Lorient, nesta segunda-feira, nas instalações do Naval Group, ao mesmo tempo do anúncio da entrega, com dois anos de antecedência, de duas das cinco fragatas de defesa e intervenção (FDI), destinadas à Marinha Francesa, a Ministra da Defesa inaugurará a plataforma de trabalho onde estará reunida a equipe encarregada do “anteprojeto” do porta-aviões de nova geração (PANG).
É a concretização da decisão proferida pelo Presidente da República, em dezembro de substituir o Porta Aviões Charles de Gaulle até 2040, e da escolha da propulsão nuclear para equipar o futuro capitânia da Marine Nationale, de forma a preservar a sua flexibilidade operacional. O contrato é dotado de 200 milhões ao longo de dois anos. Ao final, terão início as obras que se estenderão até 2036.
Aqui, os três principais industriais envolvidos, Naval Group, contratante principal e responsável pela arquitetura do navio e seu sistema de combate, Chantiers de l’Atlantique, que herda a fabricação do casco e os acessórios “civis”, e a TechnicAtome, para propulsão nuclear, colocará seus engenheiros internos com a missão de moldar o navio de 75.000 toneladas. Em última análise, essa equipe reunirá até 100 pessoas.
Mais um passo em direção à integração industrial foi dado com a criação de uma estrutura jurídica conjunta entre o Naval Group e o Chantiers de l’Atlantique. A joint venture tem 65% de propriedade de uma e 35% da outra, na proporção das respectivas despesas, mas lhes garante um “quase co-controle” da direção. “Com a simplificação das interfaces, esperamos racionalizar e padronizar os processos de trabalho entre dois grupos cujas culturas ainda são distantes. Essa é a garantia de limitar o risco do programa”, confidencia o gabinete do Ministro das Forças Armadas.
Amadurecido à luz do feedback da experiência do muito complexo programa de submarinos de ataque nuclear da classe Barracuda (6 SNA, incluindo o Suffren, que está concluindo seus testes), que está ocorrendo em Cherbourg (Manche), esta iniciativa de joint venture dedicada ao projeto vem dos dois fabricantes. Nesta segunda-feira, seus dirigentes, Pierre-Éric Pommellet, CEO do Naval Group, e Laurent Castaing, Diretor Gerente da Chantiers de l’Atlantique, viajam a Lorient para inaugurá-la, com a presença de Florence Parly, representante do Estado, cliente e acionista dos dois carros-chefe industriais.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: goodwordnews
Os Rafales com mostra a ilustração operando junto com o Novo caça Franco germânico
Quem sabe me informar o porque o reator nuclear é dessa “TechnicAtome” e não da “AREVA” como os demais?
O que mais chamou a atenção foi a entrega de duas fragatas com “2” anos de antecedência . O futuro PA francês está, conforme ilustrações, bem clean .
NAe nuclear de 75.000 ou seja, apenas menor que os Nimitz e Ford da USN? Realmente a megalomania francesa não tem limite, e não custa lembrar da máxima “Quem tem um, não tem nenhum” que acompanha a vida do CdG….
Antes dele ficar pronto os chineses terão algo similar em tamanho, pelo menos dois e poderão estar construindo outros talvez até mesmo com propulsão nuclear.
O “Charles De Gaulle” foi uma grande conquista para a indústria francesa, mas, é considerado relativamente pequeno então diante de novas tecnologias e aeronaves o correto era algo maior na faixa de quase 60.000 toneladas de deslocamento padrão e 75.000 toneladas totalmente carregado.
Ter dois NAes menores de tamanho similar ao “Charles De Gaulle” seria mais caro que ter apenas esse , maior, que deverá ser construído, sem contar que seriam necessários mais navios de escolta, navios auxiliares, aeronaves, logística, etc, e aparentemente a França não tem os recursos para tudo isso.
Ter 2 NAes também não significa que sempre haverá um totalmente certificado e dependendo da missão e/ou quantidade e tipo de aeronaves que se queira operar e provisão para melhorias que deverão ser feitas ao longo de décadas de serviço um menor possa não estar à altura do desafio.
Almirante Dalton, suas observações são perfeitamente pertinentes (ao contrário do vomitório ideológico do Giba) mas eu respeitosamente discordo senão vejamos:
– Não se pode comparar as economias de China e França, portanto a primeira tem muito mais condições de construir e manter mais de um NAe nuclear de 75.000 tons
– Embora talvez seja mais caro construir 2 NAes de 40.000 tons ao invés de um de 75.000 tons muito provavelmente os franceses teriam ao menos um “Flattop” disponível, sendo o uso simultâneo dos dois algo muito raro tal como se viu durante as vidas operacionais dos antigos PAs Clemenceau e Foch. Aliás na década passada Sarkozy cancelou a construção de um segundo NAe, que seria convencional, ao passo que candidata de extrema direita Marine Le Pen prometeu que se eleita construiria um segundo NAe nuclear ( Qual seria o nome dele, PA Marechal Petáin? rs!)
A US NAVY preconiza com relação aos seus porta aviões:
– quem tem um não tem nenhum;
– quem tem dois talvez tenha um operacional todo o tempo;
– quem tem três tem sempre um operacional e em caso de necessidade talvez dois.
(ironic mode on)
Realmente é bem melhor ser racional e não megalomaníaco como os Britânicos que terão 2 porta-aviões convencionais de 65.000 toneladas…
Aliás 1,5 porta-aviões já que o segundo não será mobiliado à princípiocom os F-35B (só em caso de guerra) e só operará helicópteros em tempo de paz….
(Ironic mode off)
Seus conceitos estão cada vez mais distorcidos…
A propósito meu caro Giba, quando os franceses eram racionais e tinham dois NAes o PA Foch, que depois virou o São Paulo na MB, operava com helicópteros a maior parte do tempo. Contudo, quando o Clemenceau entrava nos seus PMGs o Foch assumia o seu lugar…..
Mas para quem acredita na “manie du grandéur” francesa qualquer absurdo é possível, até mesmo que eles consigam manter um NAe nuclear de 75.000 tons sempre pronto para uso….rs!
Parabéns à França que continua firme e independente, onde o que têm é seu, pago com o seu dinheiro, e feito com tecnologia própria, dizer que continua no bom caminho, prova-o os seus haters, que não dizem nada com substância, são fanboys dos seus rivais, que limitam-se a destilar inveja, muita inveja e algum ódio.
A França não precisa de se armar em grande nação, pois a sua história e a história do mundo, falam por ela e comprovam-no.
Mais uma vez, parabéns França, pelo exemplo de independência, saber fazer e estar.