Com a posse nesta quinta-feira do físico Rex Nazaré na diretoria de Projetos Estratégicos Nacionais, o presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luis Fernandes, acredita que ocorrerá a retomada do programa nuclear brasileiro: “Com certeza”, disse Fernandes, ao ressaltar que o programa nuclear foi definido pela Constituição e pela vontade soberana dos governantes do Brasil, “e se destina, exclusivamente, a fins pacíficos”.
Embora tenha papel importante na geração de energia, o programa nuclear tem vários desdobramentos, como aplicações na área da saúde, “com retorno social bastante amplo”, diz o presidente da Finep. É com esse perfil de programa nuclear que ele esperar retomar essa agenda “com força”, com a vinda de Nazaré, que foi o formulador e executor de um programa de autonomia tecnológica nuclear que levou o Brasil a dominar o ciclo nuclear como um todo.
“Mas esse domínio tecnológico não foi materializado por completo no ciclo de desenvolvimento de energia nuclear no Brasil. É isso que nós pretendemos fazer: materializar essa autonomia de tecnologia nuclear, agora na efetiva produção do ciclo completo. Essa é uma das prioridades da nossa gestão”, explica Fernandes.Durante a solenidade de posse, no Rio de Janeiro, foi apresentado também o novo diretor da área de Inovação, Elias Ramos. As diretorias foram recompostas com base em três eixos estratégicos de atuação da Finep e do MCT&I. Um deles consiste em expandir e consolidar o sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação, a cargo do diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Fernando Ribeiro, da própria Finep.
O segundo eixo é voltado para a promoção da inovação nas empresas, enquanto o de projetos estratégicos nacionais vai cuidar de projetos que envolvam, de alguma forma, a defesa e a preservação da soberania do Brasil e a projeção de sua liderança no mundo. A diretoria de Rex Nazaré tratará dos programas nuclear e espacial, segurança cibernética e da própria área de defesa, informa Fernandes. “A mensagem que nós tentamos passar e a concepção que nos anima e orienta é que a Finep tem que colaborar em toda a cadeia de geração do conhecimento e da aplicação do conhecimento da inovação, porque ela é uma instituição singular”.
A Finep opera instrumentos variados, que englobam convênios para apoiar projetos de infraestrutura em universidades e projetos de cooperação entre institutos científicos e tecnológicos e empresas; subvenção econômica para atividades de inovação nas empresas; investimento para constituição de startups (empresas recém-criadas, em fase de desenvolvimento e pesquisa de mercados) ou novas empresas de base tecnológica; e crédito. “São poucas as instituições no mundo que operam esse leque tão abrangente de investimentos”. A ideia do presidente da Finep é integrar todos esses instrumentos para a promoção do desenvolvimento do país, por meio da inovação.
Devido ao ajuste fiscal, o orçamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), cuja secretaria-executiva é exercida pela Finep, sofreu um corte este ano de 30%. O orçamento previsto para o fundo em 2015 alcançava cerca de R$ 3,7 bilhões e, com o corte, deverá ficar em torno de R$ 2,8 bilhões. Luís Fernandes considera, entretanto, que essa medida é transitória.
“Este é um ano marcado pelo esforço de ajuste das contas públicas e nós somos solidários com esse ajuste; achamos que ele é necessário para reequilibrar as contas públicas no país e criar as condições para a retomada do crescimento econômico e do investimento público, como promotor desse desenvolvimento”, diz o presidente da Finep.
Fernandes acrescenta que a Finep pode superar as restrições impostas pelo ajuste, tendo mais foco estratégico nas ações. Em vez de dispersar iniciativas, a ideia é ter foco em ações estruturantes na cadeia de inovação e na cadeia da geração do conhecimento. “Essa é a alternativa da agência, enquanto não é viabilizada a recomposição do fundo. Estamos otimistas com a perspectiva de poder recompor a capacidade de financiamento do fundo”, afirma Fernandes.
FONTE: Jornal do Brasil – CIÊNCIA E TECNOLOGIA
MUITO interessante esta re-estruturação da FINEP e a expansão de suas atividades sob a liderança do físico Rex Nazaré.
Angra 3 é história antiga e a Alemanha de hoje apenas cumpre constrangida suas obrigações contratuais uma vez que o país optou por não ter mais usinas atômicas no seu território.
Uma decisão inócua beirando a hipocrisia pois a necessidade energética alemã permanece e como a geração “ecológica” de ventos. maré, solar e outras não dá conta da demanda do consumo alemã sua fronteira francesa recebe uma nova linha Maginot só que desta vez feita de usinas atômicas francesas construídas para atender a demanda GERMÃNICA…
Quanto a nossa FINEP ela tem de passar para o passo seguinte nacionalizar o combustível nuclear usado nas nossas usinas e explorar nossa tecnologia exclusiva de centrífugas por levitação magnética para nos tornarmos um grande fornecedor mundial de urânio enriquecido a 5% para usinas civis por um preço imbatível.
Enquanto outros países tem enormes gastos com as substituições das centrífugas mecânicas e as paradas na produção do urânio enriquecido, as centrífugas brasileiras são virtualmente perenes podendo produzir de forma CONTINUADA quase sem paradas.
Além desta desejável plataforma exportadora (para as usinas de geração elétrica nuclear da Rússia, China e Índia) o Brasil tem de ampliar a escala do modelo de reator do Submarino Nuclear da MB para pelo menos 4 a 8 vezes a potência do modelo atual para com base neste novo reator construir centrais nucleares de projeto 100% brasileiro e permitir a opção (no futuro) da construção com base neste novo reator ampliado ou um submarino maior ou um porta-aviões de propulsão nuclear.
Esta estrutura de diretoria sob o Físico Rex Nazaré ao também incluir no seu escopo além dos projetos nucleares, TAMBÉM projetos da área de cibernética, área espacial e de DEFESA, na minha opinião será se bem sucedida o embrião de uma espécie de DARPA brasileira pois seu escopo de pesquisa avançada, Defesa e Soberania Nacional se aproximam muito do perfil da principal agência de fomento tecnológico militar americana…
Bons exemplos não tem problema algum de copiar…
Eu acho a politica de concentração das usinas num Estado e municipio só, uma coisa muito perigosa. A exposição da população de Angra a tamanho nível de radiação é algo irresponsável.
Fala sério,né? Central e Usina são coisas diferentes. E radiação não fica exposta para a população.
pois eh…o tempo acaba por fazer entrar no esquecimento assuntos tao comezinhos q fazem c q a populacao nao se preocupe com isso.. Alias, pais q nao tem memoria, nao tem futuro (esqueceram de goiania….) Do.lixo nuclear nada se fala ou se comenta , seria bom q o DAN colocasse algo a respeito. Pois eh….e la se vao mais de 30 anos e o tao propalado e enaltecido proggrama nuclear do Brasil vai navegando a remo e sem velas ou motor…rsrsrsrsr e ainda vao tentar realizar o tao ambicioso sonho do rfeator para o SubNuc….esta novela nao vai terminar tao bem ou tao cedo tambem, bilhoes ainda serao drenados……isso nao eh piada nao, e a pura realidade……..o passado recente ai esta vivo para corroborar esta opiniao e deixemos de ser tao otimistas e nacionalistas obtusos. Derrotismo nao e o termo aqui, mas a triste constatacao das politicas canhestras de nossos governantes e comandantes. Sds
Moro em Angra dos Reis e como todo mundo já sabe como funciona as coisas no Brasil, uma das coisas é: todo lixo radioativo que as usinas geram até hoje é armazenado em galpões que praticamente já chegou a sua capacidade total e foi feito mais um galpão ao lado das usinas, depois de décadas o Brasil ainda não tem local adequado e definitivo para o destino do lixo radioativo !
Carlos,
Pontualissimo seu comentário, é sempre bom ouvir a opinião de quem vê as coisas de perto , quem vive no local e sabe como as coisas de fato são feitas…o verdadeiro patriota se importa com o bem da população em primeiro lugar
Gabriel de nada apenas relatei algo que realmente ocorre aqui nas usinas.
Isso sem esquecer que o país é rico em urânio, 6ª maior reserva do mineral. Mas tem um item que todos esquecem, ou omitem, quando o tema é energia nuclear: o destino dos resíduos contaminados (lixo atômico). Tão importante quanto o dominio dessa tecnologia é o cuidado com essa sobra perigosa. Mas o assunto é sempre o bonus da energia nuclear.
Existe um documentário tratando do desmonte de um submarino Thyphon, onde se toma toda cautela na retirada das varetas do reator e da separação da seção que contém o reator. Inclusive, na hora que uma grua retira as varetas, é registrada a velocidade do vento no momento da operação para que não corra o risco de vazar o material.
Tomara que esse senhor Rex Nazaré que vai assumir a diretoria de projetos estratégicos nacionais exerça seu papel de verdade e que lute pelos verdadeiros projetos estratégicos nacionais… Ele que já é renomado no meio científico pois foi ele quem formulou o programa de autonomia que levou o Brasil a dominar o ciclo de enriquecimento de uranio…
Falta agora uma posição clara dos Alemães se vão ou não continuar no projeto de Angra 3 e claro o dinheiro que anda bastante escasso…
Nossa, como no Brasil tudo sai pelo quíntuplo do preço, jogaram BILHÕES de dólares no lixo, Angra 3 já devia estar funcionando há décadas, um atraso que fez o país jogar dinheiro fora, como aqui tudo é mal-gerido, com administração medíocre, pessoas desqualificadas, politicagem suja, se não fossem os últimos governos podres já estaríamos com energia elétrica sobrando, com fartura, mas torraram bilhões deixando tudo parado, esses criminosos deviam ser enforcados.
Também acho ! qual a logica de ter 3 usinas nucleares num mesmo municipio ….esse nível de radiação é seguro para os moradores do local ?