Trieste, Março de 2021 – O navio de apoio logístico LSS Vulcano (A 5335), encomendado à Fincantieri no âmbito do plano de renovação da frota da Marinha Italiana, foi entregue pelo Estaleiro Integrado Naval de Muggiano. O programa plurianual de renovação da frota da Marinha Italiana prevê a construção, além do LSS, da unidade de transporte e desembarque LHD (ou Landing Helicopter Dock) Trieste, em construção neste mesmo estaleiro com entrega em 2022, como além de sete Navios de Patrulha Offshore Multifuncionais (PPA), que entrarão na frota a partir deste ano.
A característica fundamental comum a todas as três classes de navios é seu alto nível de inovação, proporcionando-lhes um grau considerável de eficiência e flexibilidade no atendimento a diferentes perfis de missão. Em particular, trata-se de embarcações de dupla utilização, o que significa que podem ser utilizadas tanto para fins militares normais, como a favor da comunidade (como por exemplo para proteção civil), e também têm um baixo impacto ambiental graças a um Sistema de propulsão auxiliar de última geração, com baixo nível de emissão de poluentes (motores elétricos).
O projeto “Vulcano” está na base do programa FLOTLOG (“Flotte Logistique”), que consiste na construção de quatro LSS destinados à Marinha Francesa, pelo consórcio temporário entre Chantiers de l’Atlantique e Naval Group no âmbito do Programa LSS ítalo-francês liderado pela OCCAR (Organização para Cooperação Conjunta de Armamento).
A construção das seções avançadas desses navios foi encomendada à Fincantieri, que no mês passado colocou a quilha do primeiro navio em seu estaleiro em Castellammare di Stabia (Nápoles). O Vulcano é classificado pelo RINA de acordo com convenções internacionais sobre prevenção da poluição tanto nos aspectos mais tradicionais, como os da Convenção MARPOL, quanto aqueles ainda não obrigatórios, como a Convenção de Hong Kong sobre reciclagem de navios.
Características do Navio de Apoio Logístico LSS Vulcano
O LSS é uma embarcação de apoio logístico à frota, dotada de capacidades hospitalares e assistenciais graças à presença de um hospital totalmente equipado, completo com salas cirúrgicas, salas de radiologia e análises, consultório dentário e quartos de hospital que terão capacidade para hospedar até 17 pacientes gravemente feridos. O navio combina capacidade de transporte e transferência para outras embarcações de líquidos (óleo diesel, combustível de aviação, água doce) e sólidos (peças sobressalentes de emergência, alimentos e munições) e para realizar no mar reparos e trabalhos de manutenção para outras embarcações.
Os sistemas de defesa estão relacionados à capacidade de comando e controle em cenários táticos, comunicações e sistemas de defesa dissuasivos e não letais. A embarcação também é capaz de embarcar em sistemas de defesa mais complexos e se tornar uma plataforma de inteligência e guerra eletrônica.
- 193 metros de comprimento,
- velocidade de cerca de 20 nós
- Tripulação de 235 pessoas incluindo especialistas
- 4 estações de reabastecimento na viga e 1 a ré
- Capacidade para fornecer água potável à terra
- Capacidade para fornecer eletricidade à terra com 2500 kw de potência
- Possibilidade de embarcar até 8 módulos residenciais e de saúde
- Realizar resgates no mar, por meio de operações de recuperação no fundo do mar (o navio está equipado com guindaste de 30 toneladas estabilizado)
- Base para operações de resgate através de helicópteros e embarcações especiais.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
Lembrando que sua superestrutura teve que ser construída duas vezes. Um incêndio que danificou o navio durante a construção, e a solução foi cortar a superestrutura queimada, reconstruí-la nova no lugar. Caso contrário, ela teria nascido quase um ano antes.
A Itália é um exemplo admirável de eficiência, competência e honestidade no que diz respeito ao uso de suas verbas militares.
Impressionante a quantidade de meios novos e modernos que suas FAs estão ininterruptamente a adquirir. Fragatas, NPo, Caças, blindados, etc. Tudo de última geraçao. E isto com um orçamento pouco maior que o das FAs brasileiras.
Como você mesmo disse Paulo, o orçamento dos italianos são um pouco maior do que o de nossas Forças Armadas, nada mais justo que tenham um poderio consequentemente melhor. Lembrando que eles fazem parte da OTAN e o Brasil não.
O Brasil também tem caça de última geração Paulo chamado F39 Gripen, avião cargueiro de última geração KC390 (sem precedentes, o que conta muito), uma possível aquisição de cargueiros A330 MRTT, submarino novo, fase de acordos sobre fragatas alemãs, fuzis IA2 que também são de última geração, blindado Guarani de última geração, fase de licitação de novos blindados 8×8, operação do laboratório do Labgene etc. A lista não foi nenhum pouco modesta para essa comparação que você fez com os italianos.
Qual é a real necessidade de possuir “tudo de última geração” Paulo? Tem que se pensar do ponto de vista estratégico: o que envolve somas de dinheiro, viabilidade operacional (a Força Aérea adquiriu o Gripen pensando no custo da hora de voo), condições geográficas do Brasil para operação de blindados (não possuímos tantos biomas para esse tipo de cavalaria, tanto que a maior utilidade deles é no Sul), o uso de veículos de segunda mão pode ser vantajoso podendo ser modernizados (como é o caso dos blindados doados ao Exército) etc. No governo atual não vi nada sobre contigenciamentos nas Forças Armadas, pelo contrário! Mas sim na compra dos cargueiros da Airbus.