Por Maria Martin
O Exército brasileiro ocupou na manhã desta quarta-feira as dependências da Sabesp, no bairro de Pinheiros, na zona Oeste de São Paulo. Cerca de 70 militares armados estudam o perímetro e o interior do recinto “para uma eventual necessidade de ocupação, em caso de crise”, segundo o comunicado interno enviado pela companhia aos seus funcionários. O conceito de “crise” não foi esclarecido pela Sabesp, mas funcionários explicaram a este jornal que é conhecido e comentado o temor por possíveis revoltas populares ou tentativas de invasão no local, se a crise hídrica que enfrenta São Paulo se agravar ainda neste ano. O Exército considera esta operação no contexto de segurança nacional e qualifica a sede da Sabesp como “área estratégica”.
Na porta da companhia, dois funcionários comentavam a ostensiva presença dos militares no local. Um deles, embora tenha sido avisado nesta terça-feira, levou um susto bem de manhã ao guardar sua marmita no refeitório, onde encontrou mais de 30 homens armados com metralhadoras. O Exército chegou por volta das 6h e prevê continuar as manobras até às 19h. O trabalho de reconhecimento dos militares está sendo realizado, mais discretamente, desde o dia 25.
O Exército já tinha demonstrado sua preocupação pelo agravamento da crise hídrica e o caos social que poderia se desatar diante cortes prolongados no fornecimento de água. No dia 28 de abril, o Comando Militar do Sudeste, que coordena esta operação, celebrou na sua sede a primeira palestra com a crise hídrica como assunto. No evento, o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, abriu a porta para a possibilidade da água acabar em julho, mas afirmou que a conclusão das obras planejadas pela Sabesp pode garantir o abastecimento até o próximo período de chuvas, em outubro.
A principal dessas obras é a interligação da Represa Billings com o Sistema Alto Tietê e despejará, segundo o governador Geraldo Alckmin e o presidente da companhia Jerson Kelman, a possibilidade de um rodízio drástico – de cinco dias sem água por dois com – nos bairros abastecidos pelo Sistema Cantareira. A Sabesp e Governo asseguram que, depois de um atraso de três meses, os trabalhos devem finalizar em setembro e não haverá rodízio.
Leia o comunicado enviado aos funcionários da Sabesp
Exército Brasileiro realiza operação de segurança no Complexo Costa Carvalho
Área da Sabesp é considerada estratégica e ação faz parte das atividades militares preventivas que visam a preservação da ordem pública e a proteção das pessoas e do patrimônio
Nesta quarta-feira, 27 de maio, o Comando Militar do Sudeste do Exército Brasileiro estará nas dependências da Sabesp, no Complexo Costa Carvalho, para uma operação inserida no contexto de segurança nacional. Trata-se de simulação para uma eventual necessidade de ocupação em um momento de crise, uma vez que a área da Sabesp é considerada estratégica.
Militares e veículos deverão chegar logo nas primeiras horas do dia e desenvolverão as atividades de segurança no decorrer da quarta-feira sem qualquer interferência na rotina de trabalho da companhia. Para garantir o sucesso da operação, o trabalho de reconhecimento do terreno pelos oficiais do Exército Brasileiro está sendo realizado desde o dia 25.
Quem governa São Paulo há 20 anos são os mesmo tucanos do apagão nacional em 2001… E embora neste período, o consumo de água tenha vindo aumentando gradativamente, neste tempo todo, nunca fez obra alguma no sentido de aumentar as fontes de captação hídrica. Apesar de que desde 2004, estudos apontavam a necessidade de realização de obras para aumentar a capacidade de captação de água pra abastecer São Paulo, nada foi feito…
E ainda por cima, quando a seca começou secar os reservatórios no verão de 2014, por ser ano de eleição para prefeitos, governador e presidente, o governo paulista determinou, irresponsavelmente, que a SABESP continuasse distribuindo água em ritmo normal, somente depois do segundo turno das eleições, é que em Outubro começou a racionar água, com o Sistema Cantareira já então, com somente cerca de 6% de sua capacidade… Neste caso, juntou incompetência com irresponsabilidade!
o estado é cortado por dois rios, Tiete e o Pinheiros, ma administração ao longo dos anos, fora o prejuízo que é causado a sociedade paulistana quando chove
é o cúmulo. agora virou polícia de vez.
abs.
Que absurdo faltar água na capital e região metropolitana de São Paulo, se tivessem investido em poços , cisternas, represas e olha que São Paulo está em cima do Aquífero Guarani … absurdo administrativo.
Sem dizer que o Rio Tietê e Rio Pinheiros nunca faltaram água mas são completamente poluidos, faltou investir em despoluição.
Agora vão fazer o que ??meter bala no povo que está com sede e sujos sem poder tomar banho , sem poder cozinhar ???
Deviam era mandar pra cadeia esse monte de irresponsáveis, aliás o Ministério Público Federal pode meter o bedelho nisso se quiser … se quiser, claro.
Cruz credo.
Stadeu, falou a verdade brother!! Incompetência administrativa, e essa crise é fabricada!!