Por Vanessa Lima
Pista do Espadim ficava na calha do rio Uraricoera, a 60 km da Venezuela. Ação de neutralização faz parte das atividades da Operação Curare 3
Em Roraima, uma pista clandestina utilizada no suporte ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, aberta na calha do rio Uraricoera, no município de Amajarí, foi destruída na tarde desta quinta-feira (1º) pela 1ª Brigada de Infantaria de Selva. A ação fez parte da Operação Curare 3, deflagrada no último dia 16 de julho, sob sigilo, com a missão de coibir ilícitos transfronteiriços.
A neutralização foi feita por meio do Comando de Fronteira Roraima/ 7º Batalhão de Infantaria de Selva e o 6º Batalhão de Engenharia de Construção, com apoio aéreo do 4º Batalhão de Aviação do Exército. Integrantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) também participaram.
A ação ocorreu no interior da terra indígena, a 350 km de Boa Vista e 60 km da fronteira do Brasil com a Venezuela. A região fica nas proximidades da cachoeira Cajuma. A pista do Espadim, como é conhecida, não é homologada e estava em operação de forma clandestina desde 2003.
Foram utilizados 72 kg de explosivos na destruição da pista clandestina. Mais de 20 militares estiveram envolvidos na ação. “Nós estávamos com um grupo de combate aqui na região da pista estabelecendo a segurança e mais um grupo com quatro embarcações nas duas extremidades do rio Uraricoera para estabelecer a segurança”, informou o tenente Thaygo Guilherme.
Uma balsa encontrada pelos militares com motor e draga também foi desativada. “Há bastante incidência de garimpo na calha do rio Uraricoera, alguns abandonados e outros ainda em atividade. O Exército e a Funai realizam trabalhos de inteligência para identificar esses pontos”, destacou.
Neutralização de pistas
Amparado pelo Plano Estratégico de Fronteiras e Lei Complementar nº 97, complementada pelas leis Complementares 117 e 136, o Exército Brasileiro, por meio da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, em Roraima, realiza costumeiras operações para coibir ilícitos transfronteiriços.
Dentre eles, está a neutralização de pistas clandestinas que dão apoio à garimpagem ilegal. A destruição das pistas clandestinas são realizadas por meio um planejamento prévio de inteligência que são subsidiados por informações colhidas com a Funai e reconhecimentos aéreos realizados pela Aviação do Exército.
Segundo a Frente de Proteção Etno-Ambiental Yanomami e Y’ekuana da Funai, em 2011 foram identificadas 40 pistas clandestinas na Terra Indígena Yanomami que davam apoio ao garimpo ilegal. Atualmente, por conta das ações de repressão, o número reduziu para cerca de 20.
FONTE: G1
E os indios, deixaram?
Ótima operação. Braço forte, mão amiga!
Ótima operação.