A Transformação do Exército: Um braço mais forte e uma mão ainda mais amiga, sempre pelo Brasil!
Neste exato momento, milhares de vultos camuflados,equipados e armados embrenham-se nas matas da Amazônia. São mais de vinte e cinco mil militares, treinados e adestrados, vigiando as portas da floresta, vivificando fronteiras e ocupando espaços em cinco brigadas de infantaria de selva.
Longe dali, na Vila Militar de Deodoro, no Rio de Janeiro, o canto forte das tropas da Brigada Paraquedista ecoa seus brados entusiasmados.
Estão aptas a atuar estrategicamente, a qualquer momento, em qualquer parte do território nacional. Mais para o sul, no interior de São Paulo, a Brigada Leve Aeromóvel e o Comando de Aviação, com vários tipos de helicóptero, giram suas hélices para atender às demandas operacionais imediatas.
Enquanto isso, no Planalto Central, o Comando de Operações Especiais, com tropas de combate moderno, encontram-se preparadas, nas mesmas condições de prontidão, e disponíveis para a defesa da Pátria ou outras missões de guerra e não guerra, isoladamente ou em conjunto com as demais Forças Armadas. Em outros cantos do país, prontas para o combate convencional, duas brigadas blindadas emprestam potência de fogo e ação de choque ao poder de combate da Força Terrestre. Ao longo das fronteiras, tantas outras brigadas de cavalaria e de infantaria adestram-se permanentemente para a situação ápice do emprego de qualquer força militar: o campo de batalha.
Além de tudo isso, espalhadas por pontos estratégicos do país, com armas, equipamentos e tecnologias de última geração e um grupo de artilharia de mísseis e foguetes, tropas de guerra eletrônica, de defesa antiaérea e de defesa química, biológica, radiológica e nuclear seguem suas rotinas extenuantes de capacitação apoiadas por uma logística bastante complexa. Todas atuam em proveito de uma só palavra, que define e sintetiza a estratégia militar brasileira: DISSUASÃO.
Valores, prestígio popular e novos desafios comandam a transformação
As Forças Armadas são o instrumento militar do Estado para a defesa nacional. O Exército Brasileiro, detentor de ótimos índices de confiança, atestados em pesquisas da Fundação Getúlio Vargas, que o colocam entre as mais destacadas organizações e trazendo consigo valores necessários ao combate e à adversidade, carrega o orgulho de ser uma das instituições mais prestigiadas do Brasil e uma reserva cívica e moral que fascina a todos os que com ela travam contato mais profundo.
A Carta Magna, em seu artigo 142, estabelece: “as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. O enunciado da missão específica do Exército, derivada desse contexto, é expresso, sinteticamente, pela finalidade: defender a Pátria, garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem; apoiar a política exterior do país; e cumprir atribuições
subsidiárias.
Ainda assim, as grandes mudanças que têm ocorrido no mundo e o status que o Brasil passou a ter no concerto das nações vêm impondo novos desafios. Dessa forma, o cumprimento da missão constitucional das Forças Armadas, por parte do Exército, dentro desse novo ambiente, precisa ter novas respostas, conduzindo a uma necessária mudança de mentalidade de defesa, que, de tão acentuada, supera os conceitos e processos habituais, sendo chamada, na verdade, de transformação.
Missão dada, missão cumprida!
O cumprimento de sua missão está caracterizado pela permanente atitude de prontidão para qualquer risco, perigo ou ameaça externa, na preparação e manutenção dessas tropas altamente adestradas para a defesa da soberania e da integridade territorial brasileira.
Em apoio à política exterior, o Exército possui um batalhão de infantaria de força de paz e uma companhia de engenharia no Haiti, totalizando mais de mil homens, além de dezenas de militares em diversas funções nas missões de paz da ONU espalhadas pelo mundo.
No plano interno, tem participado de várias operações de garantia da lei e da ordem. Citam-se especialmente as pacificações dos Complexos do Alemão e da Penha (Operação Arcanjo) e a atualíssima presença na região do Complexo da Maré (Operação São Francisco), também no Rio de Janeiro, envolvendo tropas de todo o país no apoio ao governo para a melhoria das condições de vida daquela população tão vulnerável.
Como parte de um grande esforço de cooperação para o desenvolvimento nacional, o Exército empenha parte de suas tropas na construção de estradas e obras de infraestrutura. Também as utiliza na região do semiárido brasileiro para gerenciar e fiscalizar o Programa de Distribuição Emergencial de água a milhares de famílias afetadas pela constante estiagem. Ainda com finalidades subsidiárias, o Exército vem emprestando seus meios à sociedade a fim de amenizar o sofrimento provocado por catástrofes, epidemias e endemias, incidentes e acidentes radioativos e nucleares, além de diversas campanhas de apoio diverso à população sob a forma de ações cívico-sociais.
Projetos estratégicos: os grandes indutores da transformação do Exército
Tudo isso já bastaria para um cenário sem grandes alterações em seus atores. Porém, no século XXI, três fatos impactaram o planejamento estratégico do Exército: o surgimento da Era do Conhecimento, a emergência do Brasil como nação de grande relevância no cenário mundial e a imprevisibilidade marcante dos conflitos da atualidade, caracterizados por diferentes tipos de ameaças ao redor do mundo.
O Exército, então, vislumbrou a necessidade de estabelecer quais seriam as novas capacidades que o conduziriam para a Era do Conhecimento. Tal papel vem sendo desempenhado pelos projetos estratégicos do Exército. Esses projetos têm impactos estratégicos e prioridade orçamentária, e seus produtos serão os verdadeiros indutores do processo de transformação da Força.
Dentre os dezoito projetos estratégicos do Exército, sete caracterizam-se por ser estruturantes e geradores de capacidades: Defesa Cibernética; SISFRON (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras); PROTEGER (Sistema de Proteção de Estruturas Estratégicas); GUARANI (Nova Família de Blindados Sobre Rodas); ASTROS 2020 (Apoio de Fogo de Longo Alcance); Defesa Antiaérea; e OCOP (Obtenção da Capacidade Operacional Plena da Força Terrestre).
O projeto Defesa Cibernética visa prover o país de capacitação tecnológica, passando pelos recursos humanos, pelo desenvolvimento de doutrina de proteção de ativos e de estruturas do ciberespaço.
Tem como metas e benefícios: estabelecer a Política Cibernética de Defesa; coordenar a Rede Nacional de Segurança da Informação e Comunicação (RENASIC); disponibilizar um Simulador de Operações Cibernéticas (SIMOC); e monitorar ameaças cibernéticas.
O SISFRON, além de fortalecer a presença do Estado na faixa de fronteira terrestre, incrementará a capacidade do Exército de monitorar as áreas de interesse, garantirá o fluxo de dados, produzirá informações confiáveis e oportunas para a tomada de decisões e permitirá dispor de “atuadores” com capacidade de responder prontamente às ameaças externas ou delitos transfronteiriços, em operações singulares, conjuntas ou interagências.
O Sistema PROTEGER destina-se à integração de esforços voltados para a proteção de estruturas estratégicas terrestres do país, ou seja, instalações, serviços, bens e sistemas, cuja interrupção ou destruição, total ou parcial, provocará sério impacto social, ambiental, econômico, político, internacional ou à segurança do Estado e da sociedade.
O GUARANI – a nova família de blindados sobre rodas – permitirá a substituição das viaturas ENGESA, com mais de 30 anos de utilização, com a incorporação de modernas tecnologias. O projeto contribui para a pesquisa e a inovação e constitui-se num vetor de transformação da indústria nacional de defesa, gerando empregos diretos e indiretos em inúmeras áreas da cadeia produtiva.
O sistema de defesa ASTROS 2020 atenderá a uma demanda estratégica da Defesa Nacional. Destina-se a prover o país, especialmente a Força Terrestre, com produtos estratégicos de defesa de elevada capacidade dissuasória por meio de foguetes guiados e de mísseis de cruzeiro com alcance de até 300 km. O projeto é totalmente nacional, desenvolvido pela Avibrás e com conteúdo tecnológico de última geração.
O projeto Defesa Antiaérea pressupõe a capacitação da Força Terrestre para cooperar na defesa das estruturas terrestres do país de ameaças provenientes do espaço e tem por finalidade reequipar as tropas de Artilharia Antiaérea do Exército.
No tocante ao Projeto OCOP, seu objetivo é dotar as unidades operacionais de material de emprego militar em seu nível mínimo de prontidão e operacionalidade. Como consequência, a “modernização da frota” tem impactado positivamente a indústria nacional,pois a aquisição de novas viaturas na indústria automobilística, colaborou na manutenção de empregos e na criação de novos postos de trabalho.
O braço forte na gestão: contribuinte tranquilo
O Exército sabe perfeitamente que parte significativa da confiança da população brasileira advém do seu respeito aos princípios fundamentais da Administração Pública estabelecidos no caput do artigo 37 da Constituição. Movido por esse espírito público coletivo, o Exército vem apresentando à sociedade brasileira sucessivas etapas de racionalização de sua gestão, chegando a ter diversas organizações militares agraciadas com prêmios de níveis regional e nacional nessa área.
O mais importante de tudo isso é a percepção exata de cada membro da Força de que os recursos que custeiam todos os processos da Instituição provêm dos esforços daqueles que geram a riqueza do país nas atividades de produção e serviços e, claro, dos que pagam os impostos ao governo.
A Segurança dos Jogos Olímpicos
Há décadas, a doutrina de segurança integrada vem sendo aplicada pelo Exército, sempre que chamado a atuar nas operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). O ápice do aproveitamento dessa experiência de sucesso ocorreu na Copa do Mundo, com a grande participação do Exército nos Centros de Coordenação de Defesa de Área (CCDA), integrado a todas as instituições responsáveis pelas atividades ligadas à segurança de qualquer evento.
Para os Jogos Olímpicos, certamente o formato será muito semelhante na cidade do Rio de Janeiro e demais sedes, o que permitirá, uma vez mais, que os atletas e o público participem do grande evento esportivo com a certeza de que estão protegidos.
Nova gestão para os mesmos valores
Ante os novos desafios do século XXI, o Exército, blindado pelos marcos legais que regulam seu papel na sociedade, apoiado nos compromissos e valores que norteiam as especificidades da vida militar, vem cumprindo sua missão de viés dissuasório por meio de um formidável conjunto de ferramentas militares aptas a serem apresentadas como opção de resposta militar ante uma agressão ao povo, ao território ou à soberania nacional. Entretanto, a Estratégia Nacional de Defesa preconizou uma mudança drástica para que a Força acompanhasse rapidamente a evolução dos últimos acontecimentos mundiais.
Assim, o Exército vem mantendo a admiração da sociedade à base de respeito aos princípios constitucionais da Administração Pública e aos recursos alocados pelo contribuinte, buscando realizar uma gestão racional destes e níveis altos de excelência gerencial.
Por essa natureza castrense, por sua permeabilidade e por sua capilaridade social, o Exército Brasileiro é uma grande reserva de valores cívicos e morais, tão caros a uma sociedade em formação. Sua eficácia está diretamente relacionada com a preservação desses valores para o cumprimento de sua missão constitucional. Dessa forma, segue e seguirá sendo um baluarte da confiança nas instituições do povo brasileiro, pois, quando um soldado olha nos olhos de um brasileiro, ele vê a si próprio, mas, quando um brasileiro olha nos olhos de um soldado, ele vê a retidão, a segurança e a esperança.
Algeum sabe qual é o contingente da Brigada Paraquedista?
…resposta militar ante uma agressão ao povo, ao território ou à soberania nacional.
O que diremos, ou melhor, o que comentemos, quando um oficial general diz a uma subalterno, que questiona-o sob as ações do SISFRON ante a imensa vulnerabilidade existente, quando devidamente operacional, ante a enorme quantidade de armas, munições e drogas, que adentram ao nosso territorio p/ alimentar o tráfico.
-Não isso você não se preocupa, pois a função das forças armadas e a defesa (militar) e isso é um assunto de “segurança”, que não nos cabe.
E aí Luiz? Estava presente nesse dialogo, naquele dia que nos conhecemos na LAAD.
Quando o Beltrame “esperneia”, dizendo que a Polícia faz um trabalho de “enxugar gelo”, pela mentalidade do generalato, acho melhor comprar bastante toalhas.
Não desmereço os demais itens mencionados, porque assisto / acompanho o esforço para se conseguir os “meios” mais adequados, frente a reduzidas verbas, mas os conceitos de modernidade e flexibilidade precisam chegar nas cabeças também. Saber o que é o conceito de multimissão .
A desmotivação é uma das causas desses pensamentos retrogados.