Foi realizado o primeiro encontro entre as Marinhas da Itália, França, Grécia, Espanha e Portugal, este último como observador, e o consórcio industrial NAVIRIS que pretende realizar o projeto.
A Marinha italiana é a líder do projeto European Patrol Corvette, um navio projetado em coordenação com algumas das Marinhas da UE e que será construído por quatro empresas de três países diferentes, incluindo a italiana Fincantieri.
Essa foi a primeira reunião operacional entre a Marinha Italiana, Espanhola, Francesa, Grega e Portuguesa, o Consórcio NAVARIS, (Fincantieri e Naval Group), a Navantia e a Agência Europeia de Defesa.
“A reunião foi muito exitosa e representou o primeiro compromisso industrial em relação ao projeto EPC, do qual surgiram muitas ideias úteis. Esta partilha de requisitos de alto nível, fora da esfera governamental, é de fato fundamental para a continuação do projeto, tendo em conta que o prazo do concurso europeu anunciado pelo Fundo Europeu de Defesa, um instrumento financeiro da Comissão da UE que, juntamente com os projetos da PESCO, visa desenvolver a Defesa Europeia, expira no dia 9 de dezembro “, afirmou o Comandante Andrea Quondamatteo, chefe de projeto da Marinha italiana.
Este é o projeto mais importante do setor naval no contexto da Permanent Structured Cooperation (PESCO), da União Européia, aprovado pela Comissão da UE em 12 de novembro de 2019. O primeiro país a se juntar à Itália foi a França, seguida pela Grécia e Espanha. Portugal continua a ser um observador no momento, ou seja, participa das reuniões mas reserva-se o direito de aderir ao projeto posteriormente.
Uma plataforma comum e duas versões
As corvetas europeias serão embarcações de patrulha acessíveis, ambientalmente sustentáveis, energeticamente eficientes e muito versáteis. Poderão realizar operações de segurança marítima e de patrulha offshore, serem utilizadas na luta contra o terrorismo e o tráfico ilegal, mas também para atividades antipoluição e para intervenções de emergência em caso de catástrofes naturais.
O projeto da corveta europeia é uma plataforma comum, uma base compartilhada, que pode ser adaptada às necessidades dos países membros. O deslocamento total não ultrapassará 3.000 toneladas, o que permitirá que o navio opere também em portos menores. O comprimento do navio, a ser equipado com motores diesel e/ou elétricos, não deverá ultrapassar 110 metros.
Duas versões da corveta já foram delineadas. A Itália e a Grécia concordaram com a tipologia Full Combat Multipurpose. A Espanha e a França, por outro lado, estão interessadas no Multiuso Longo Alcance. A necessidade da Itália e da Grécia é ter um navio patrulha para ser utilizado no Mediterrâneo, com um enfoque específico na parte central e oriental, principalmente para tarefas de presença e vigilância marítima, equipado com uma variedade de sistemas que visam garantir uma capacidade adequada para autodefesa. Já a França e a Espanha precisam de um navio com autonomia estendida para poder realizar atividades em territórios ultramarinos.
Os próximos passos
Do ponto de vista industrial, a NAVIRIS (a joint venture criada entre a italiana FINCANTIERI e a francesa NAVAL GROUP) coordenou a constituição de um consórcio em conjunto com FINCANTIERI, NAVAL GROUP e NAVANTIA para se apresentar como uma entidade única e competir pelo acesso ao Fundo Europeu de Defesa.
Os Estados-Membros participantes pretendem produzir o seu primeiro protótipo a partir de 2027.
Graças ao apoio da Agência Europeia de Defesa (EDA), identificada como o quadro institucional para a fase de definição e harmonização dos requisitos comuns, verificou-se a convergência necessária para a redação dos primeiros documentos de descrição do projeto e das suas características. Encontra-se em fase de definição o arranjo do projeto que representa um documento internacional, com valor vinculativo, que permitirá estabelecer os papéis e prazos dentro dos quais se realizará a cooperação entre os países participantes.
“O próximo passo é desenvolver os requisitos detalhadamente e buscar o consenso das nações participantes para a fase de projeto, que marcará o início da fase de aquisições”, disse o Comandante Quondamatteo.
Algo que eu defendo em relação aos nossos vizinhos, já que queremos produzir aqui, temos que ter escala, uma maior negociação do Brasil com Chile, Colômbia e Peru seria interessante na medida que algumas diferenças pudessem ser colocadas de lado.
Quem pode, pode né…………….
Não! Trata-se de embarcações de patrulha e o que mais a Marinha precisa agora é de navios escolta e apoio logístico.
Você diz que “quem pode, pode” e não leva em consideração que a realidade ou cenário de alguns desses países é diferente do cenário brasileiro, onde o mar Mediterrâneo é muito diferente do oceano Atlântico. Não leva em consideração que o uso de corvetas pela Marinha Brasileira não atende mais seus objetivos já que navios patrulha de 2000 toneladas, como a classe Amazonas, podem atender essa necessidade de “vigilância e presença” segundo os requisitos de Itália e Grécia – não necessitando de uma corveta para essa função – e não leva em consideração que a Naval Group e Navantia já andaram se estranhando em relação ao projeto dos submarinos Scorpené (ou seja, já tem tudo para dar errado!).
Você não pode chegar aqui e simplesmente dizer que eles podem e o Brasil não sendo que você não justifica nada. Escreve uma frase de efeito contra a Marinha ou o Brasil sem explicar seu ponto de vista.
A França, Espanha e Portugal são banhadas pelo oceano Atlântico, depois ainda têm território ultramarino, bem no alto mar, em pleno Atlântico, e a França ainda têm mais territórios ultramarinos além do oceano atlântico, no índico, no pacífico e outros mares mais fechados.
Ao contrário do que sugeres, o mar mediterrâneo não é um laguinho, é um mar e por último isso de dizeres que o vosso cenário é diferente do de esses países da UE, pois corvetas para patrulha não servem mais o vosso objectivo, pois para isso tendes as OPV Amazonas class, isso(OPV´s) também estes países da UE têm, agora uma corveta de patrulha é mais armada que uma OPV e normalmente um pouco maior, por isso dá para patrulhar zonas mais quentes(conflituosas), normalmente têm mais autonomia e dá até para confrontos com países com menos meios bélicos, não precisando de utilizar uma fragata, retirando-a de sítios e situações mais prioritários, ao contrário das OPV, que são puramente para patrulhar as águas territoriais, luta contra pesca ilegal, tráficos vários e com normalmente só um grande canhão, podem fazer frente a adversários cívis, se pela frente tiverem um navio militar, com mais armamento, têm meios de comunicação para chamar outras unidades do seu país mais armadas.
O navio da matéria terá em torno de 3 mil toneladas. A fragata tamandare 3450 toneladas. Ou seja, são navios bem parecidos.
Inclusive o armamento é bem semelhante, exceto no quesito dias de mar, onde provavelmente a tamandare será melhor.
Outra coisa, as marinhas da França e Itália são muito superiores a brasileira e para complementar: eles desenvolvem e construem!
Quem pode, pode!
Jefferson, a Marinha do Brasil está construindo submarinos de origem FRANCESA (o que é algo que poucos países produzem, não sei se a Fincantiere faz), nossos primeiros submarinos são de origem italiana, as fragatas Tamandaré que você mesmo mencionou (de origem alemã) estão em fase de projeto e logo serão construídas, temos submarinos alemães e tripulações adestradas – inclusive em simulador, a Marinha tem a maior base de submarinos da América Latina inteira (de tecnologia FRANCESA!!!), temos o Bahia que é de origem FRANCÊS e já tivemos porta-avião FRANCÊS. A Marinha informa que o investimento dessas fragatas é da ordem de US$2bi. E diferente dos italianos ainda teremos submarino nuclear!
Portanto não são só eles que desenvolvem e constroem, nós também e de origem desses mesmos países que você vangloria. Temos um grupo de elite da Marinha chamado Grumec que aprendeu com os FRANCESES (e americanos) subordinado a um comando que administra submarinos que são outra arma letal. A Marinha Brasileira tem um navio capitânia chamado Atlântico que foi propriedade dos britânicos, ou seja, para nossa Marinha ser considerada inferior é necessário que o ex navio-capitânea inglês seja inferior também. Ele pode transportar 800 fuzileiros (!) – e claro também os Grumecs se necessário! Se somado ao Bahia fornece mais fuzileiros onde precisar. Temos helicópteros navais de origem FRANCESA que disparam míssil FRANCÊS (exocet). Temos ASTROS dos fuzileiros navais que podem portar mísseis de cruzeiro MTC300. O grande diferencial dos franceses é que eles possuem muitos submarinos nucleares sendo alguns estratégicos, portanto portadores de armas nucleares. Tem porta-avião nuclear, trata-se de uma potência atômica! Aliás, eles desenvolveram primeiro o submarino estratégico para só depois construir os táticos (de ataque.)
Em relação aos italianos estes também são inferior aos franceses por ser uma potência nuclear. Jefferson, não se compara países com esse poderio com países que tenham outra doutrina de combate totalmente diferente. Já que é para denegrir nossa Marinha saiba que o simples fato de hoje você poder fazer isso é porque eles apoiaram os soldados da FEB para lutar contra a Itália apoiada pelos nazistas que por sua vez afundaram nossos navios em nossa costa. Se o “reino” de dez séculos” alemão concretizassem esse objetivo você nem teria uma Marinha para ofender. E olha que nem chegamos ainda ao primeiro século quando Hitler disse isso!
Temos um navio que era ex-capitânea dos ingleses, já tivemos porta-avião FRANCÊS, futuras fragatas alemãs, submarinos alemães e francêses, arsenais e doutrina de origem europeia, desenvolvimento de submarino nuclear, Grumec e fuzileiros respeitados internacionalmente, bateria de ASTROS que podem portar mísseis de cruzeiro, tropas bem treinadas, experiência em Duas Guerras Mundiais só para citar algumas considerações. Se nessas condições ainda temos uma Marinha considerada “inferior” quer dizer que todas as Marinhas da América do Sul são piores. Jefferson, tudo isso que te apresentei (e teria muito mais!) é um conjunto de meios e pessoal que formam a Marinha do Brasil. Por mais importante que seja desenvolver e construir, algo que demonstrei que a Marinha faz, não se limita apenas a essa capacidade mas todo esse conjunto de capacidades. Nossa Marinha também pode e você nem percebeu.
Abraço.
Você escreve no tempo presente verbos que deveriam ser conjugados no futuro, de forma hipotética, ainda. Mas pior, você enumera equipamentos vetustos, que não mais serviam aos seus propósitos militares, como aquisições no estado da arte; cita um míssil que está há 20 anos em desenvolvimento dando a entender que existe as centenas; fala de forças especiais com “respeito internacional”, mas que não têm experiência em combate. É esse o estado atual da MB, desinformação e esperanças irracionais.
Quem pode, pode.
“Em relação aos italianos estes também são inferior aos franceses por ser uma potência nuclear. ”
Esta é uma simplificação exagerada e, em muitos casos, bastante falsa.
1) A França tem um Charles de Gaulle, que passa por longos períodos de revisão (por exemplo, 18 meses), enquanto a França não tem porta-aviões. Os italianos sempre têm pelo menos uma operadora, mas geralmente duas (Cavour e Garibaldi). Agora existe também o Trieste.
2) Há muitos anos, a Itália lidera a missão da UNIFIL no Líbano. Esta não é uma escolha aleatória, mas devido ao fato de que na época da intervenção italiana, eles tinham na área TRÊS VEZES o número de navios, harriers, helicópteros e equipes de assalto anfíbio que os franceses.
3) Há um alto custo e risco inquestionáveis associados às forças nucleares, mas as vantagens são freqüentemente questionáveis. Por exemplo, com submarinos, muitos agora estão preferindo AIP, que é ainda MAIS SILENCIOSO.
4) Por último, mas não menos importante, as Nações Unidas assinaram o Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares.
Enches com o discurso do submarino nuclear, que pessoalmente acho ser um disparate descomunal dado que a sua manutensão é bem mais onerosa que a de um submarino convencional, mas as manutenções têm que ser feitas, acha ou não dinheiro, Falas da capacidade de construir tudo e é verdade que há muita transferência de tecnologia, mas recordo-te o projeto das Vigilante que eram para ser construídas 24 e com muita dificuldade conseguirão construir 4. Vigilante 400 CL 54