Em 6 de fevereiro de 1984 era dado início ao funcionamento da Estação Antártica Comandante Ferraz.
A base de pesquisa do Brasil no continente gelado está localizada na Ilha do Rei George, a 130 km da Península Antártica. O nome homenageia o Capitão-de-Fragata Luíz Antônio de Carvalho Ferraz, da Marinha do Brasil, pioneiro da exploração naquele território e responsável pelo desenvolvimento do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR).
A instalação da base faz parte do processo iniciado em 1975, quando o Brasil aderiu ao Tratado da Antártica, adquirindo liberdade de exploração científica na região em regime de cooperação internacional.
Nela foi detectado o aumento da temperatura global, o efeito estufa, o aumento do buraco da camada de ozônio, o aumento do nível dos oceanos, além de recolhidos elementos provenientes da poluição causada em sua maioria pelos países do hemisfério norte.
Após quase três décadas de funcionamento e várias pesquisas realizadas com êxito, na madrugada do dia 25 de fevereiro de 2012, ocorreu uma explosão na praça das máquinas, onde ficavam os geradores de energia da estação. O incidente provocou um incêndio que destruiu 70% das instalações e causou a morte do suboficial Carlos Alberto Vieira Figueredo e o primeiro-sargento Roberto Lopes dos Santos.
Cinco anos após a tragédia, o Brasil vira essa triste página para dar sequência às pesquisas de ponta na região mais fria do planeta.
Com 4,5 mil m² e US$ 99,6 milhões de investimento, a nova Estação Antártica Comandante Ferraz está sendo reconstruída e deve estar em plena operação até 2018 com seus 17 laboratórios, ultrafreezers, setor de saúde e biblioteca, entre outras instalações.