Peço vênia a todas as autoridades já citadas anteriormente para cumprimentar os presentes na figura do meu presidente do conselho de administração, Tarcísio Takashi Muta, e na de seus familiares, Leonor, Alexandre e Rebeca, Luciana e Wellington.
Normalmente todo discurso começa da mesma forma: com uma folha em branco.
Mas, não este! Hoje sou o privilegiado aqui de poder iniciar o meu a partir de uma história de 20 anos de sucesso já escrita pelos que me antecederam e tão bem retratada no filme que acabamos de ver e nas palavras do Takashi. Mas como dizem, todo privilégio vem acompanhado de uma grande responsabilidade, que neste caso é manter a Fundação Ezute em continuado protagonismo no cenário nacional da melhoria da gestão pública e da formulação dos grandes sistemas complexos de interesse nacional, iniciado, como vimos, com o SIVAM.
Manter o protagonismo num momento adverso,quando o famoso “doomsday clock” (ou relógio do fim do mundo, que desde 1947 marca o risco de apocalipse) passou a listar o completo desprezo pelos dados científicos por parte dos governantes e líderes mundiais como mais um razão que aumenta a chance do fim do mundo, ao lado das armas nucleares, segurança cibernética, mudanças climáticas, biotecnologia e tecnologias emergentes.
Mas vamos fazendo a lição de casa para conseguir manter esse protagonismo: estamos em fase de implementação do planejamento estratégico, que visa o reconhecimento da Fundação como organização brasileira de interesse público, neutra e livre de conflitos de interesse, que trabalha com os vários níveis de governo, com a academia e com a iniciativa privada,na solução dos maiores problemas nacionais, através do desenvolvimento e aplicação da ciência, da tecnologia, da engenharia de sistemas e da estratégia.
Estamos tentando com isso replicar casos de sucesso de outros países, como as organizações Mitre e Rand dos Estados Unidos, verdadeiros parceiros do governo americano na evolução dos sistemas de defesa, de energia, do judiciário, da segurança pública e da aviação civil, entre outros. Foi assim que a Ezute procurou se posicionar desde sua fundação, como demonstram os projetos realizados até aqui.
Como consequência, buscamos atuar cada vez mais na gestão complementar de grandes contratos governamentais, muito em linha com o que fazemos no projeto MANSUP da Marinha do Brasil.
Também na formulação, desenvolvimento e implantação de sistemas de sistemas, nos moldes do SIVAM ou do SisGAAz.
E, finalmente, estamos nos equipando para atuar na modelagem e verificação independente de PPPs, concessões e outros empreendimentos de desestatização.
Mas todo conhecimento gerado dentro de uma organização como a nossa, por respeito e compromisso com a sociedade brasileira, tem que transbordar para essa mesma sociedade. por isso, em breve lançaremos um ambicioso plano no setor de ensino de “systems engineering”, gestão de projetos complexos e transferência de conhecimento, cuja elaboração está a cargo do Pedro Scarpim. Tenho altas expectativas para com o projeto, que vai reverter para o Brasil uma parte da confiança que o Brasil deposita na Fundação.
Dirijo-me agora à minha equipe da Ezute: para realizar tudo isso a que nos propomos e nos comprometemos junto ao Conselho de Administração e ao país, temos que reforçar bastante nossa gestão, nossos sistemas de controle interno e ter as mais motivadas e competentes equipes de todo o setor, nada menos que isso! Primar pela excelência em toda a organização. Tenham certeza que essa será a baliza do meu mandato à frente da fundação.
Tenho plena confiança nos ajustes recentemente realizados, na mescla de experientes profissionais com a juventude daqueles a quem estamos chamando a maiores responsabilidades, de pratas da casa com alguns profissionais trazidos do mercado;
Também tenho confiança na adoção em curso de um sistema de governança robusto, baseado nos preceitos do instituto brasileiro de governança corporativa, o IBGC;
Confiança também na mensagem positiva aos “stakeholders” vinda com a publicação recente do nosso novo código de conduta e a nomeação, pelo Conselho de Administração, do Roberto Lorenzoni para o cargo de Compliance Officer.
Mais que tudo: eu confio em vocês, equipe da Ezute, equipe feita por brasileiros que, antes de tudo, acreditam no Brasil.