O Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), Almirante de Esquadra Petronio Augusto Siqueira de Aguiar e o Assessor do Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante de Esquadra Alexandre Rabello de Faria, receberam, nesta quinta-feira (7), o Ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI-PR), General de Exército Marcos Antonio Amaro dos Santos, e o Diretor-Presidente da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), Luis Fernando Paroli, no Centro Industrial Nuclear de Aramar (CINA), em Iperó (SP), localizado a cerca de 120 km da capital.
Na ocasião, as autoridades conversaram sobre o Programa Nuclear Brasileiro (PNB) e o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), que foi concebido em 2008, por meio da parceria estabelecida entre Brasil e França, e faz parte de um amplo Programa Estratégico do Estado brasileiro.
No CINA, as comitivas visitaram as instalações da Usina de Hexafluoreto de Urânio, onde é feita a conversão do minério beneficiado de urânio em gás, o Laboratório de Geração Nucleoelétrica (LABGENE), onde está sendo construído o protótipo em terra da planta nuclear, que será a propulsão do Submarino Convencionalmente Armado de Propulsão Nuclear, e o Laboratório de Enriquecimento Isotópico, onde ocorre o processo de enriquecimento de Urânio nas ultracentrífugas desenvolvidas por brasileiros.
Futuramente, essa tecnologia totalmente nacional poderá também ter uso civil, provendo benefícios para outros setores como o nuclear, de medicina, agricultura e segurança alimentar.
O Ministro do GSI enalteceu o PROSUB e falou da importância do domínio da tecnologia de construção do reator e de seu uso dual (militar e civil), tanto para o Programa Nuclear Brasileiro quanto para a sociedade.
“O PROSUB envolve uma tecnologia que poucos países no mundo já obtiveram. Estamos dando um salto imenso em termos de ganho de tecnologia, tecnologia essa que não se aplica exclusivamente para fins de Defesa, mas é aplicável também em outros setores, especialmente na medicina nuclear. O Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear vai elevar o Brasil a uma categoria de destaque no cenário internacional”, destacou o Ministro.
O PROSUB fortalece, ainda, setores da indústria nacional de importância estratégica para o desenvolvimento econômico do País, priorizando a aquisição de componentes fabricados no Brasil.
No que se refere especificamente à área nuclear, no entanto, não há troca de conhecimentos. Toda a tecnologia nuclear para o PROSUB está sendo desenvolvida no Brasil, nas instalações do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP). O Almirante Petronio comentou que investir em tecnologia nuclear também é um compromisso com as gerações futuras e a diversificação da matriz energética significa segurança.
Para o Diretor-Presidente da ENBPar, essa visita foi muito importante porque aproximou, ainda mais, a Marinha da ENBPar, empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Além da Eletronuclear, responsável pela operação das usinas de geração de energia termonuclear Angra 1 e Angra 2 e pela conclusão das obras da usina Angra 3, a ENBPar tem sob seu controle a empresa Indústrias Nucleares do Brasil, que atua no “ciclo do combustível nuclear”, que inclui a mineração, o beneficiamento, o enriquecimento do urânio e a fabricação do combustível que abastece as usinas da Eletronuclear.
“O domínio do ciclo do combustível nuclear ao longo de quase duas décadas nos dá a certeza da capacidade do Brasil de ser um dos líderes do processo de descarbonização da economia mundial. Toda a tecnologia desenvolvida em favor da defesa das águas brasileiras é fundamental para a geração segura da energia nuclear, que deve ser cada vez mais parte da matriz energética nacional. Quando o PROSUB avança, o Brasil avança em várias frentes, aumentando a responsabilidade e os desafios da ENBPar e das suas subsidiárias”, explicou o Diretor-Presidente Paroli.
FONTE: DGDNTM/MB
Semeniario, discursão, palestra, apresentações, seminarios, eventos, seminarios, palestras, seminarios…. isso é tudo vontade de comer cento de salgado? cade o acionamento do reator? cada a 1ª turama de operadores formando, cade os pesquisadores podendo trabalhar e gerando conhecimento ? cade a AçÃO!!!
Eis ai a Pergunta de 30 bilhões de dolares
Tanto o comentário do dretor quanto a resposta do Mota não fazem o menor sentido: quem te disse que já está na hora de acionar o reator? Se é que já não foram acionados. Um projeto que “vegetava” a anos não tem como ser concluído da noite para o dia como vocês querem, se fosse simples assim muitos países também já teriam tecnologia nuclear! Nem parece que estamos tratando de energia atômica. Esse é um projeto caro, difícil e demorado ainda mais se tratando da primeira geração do reator.
Como comparação os americanos tem larga experiência com porta-aviões nucleares mas o último lançado levou muito tempo para entrar em operação porque estavam lhe dando com uma tecnologia nova: a catapulta eletromagnética. Isso mostra que tudo o que é novo apresenta novos desafios antes de serem implantados. Dificuldade de se entender algo tão óbvio. Levem esse assunto a sério!