Por Rodrigo Furlan
Em comum, muitos deles tinham o fato de terem sido produzidos pela mesma empresa e serem nomeados com espécies de cobra
Você sabia que o Brasil tem um histórico de verdadeira potência na área dos veículos militares? Entre as décadas de 1970 e 1980, o país chegou a ser um dos maiories produtores mundiais, graças sobretudo ao sucesso dos blindados sobre rodas desenvolvidos pela Engesa. Exportados principalmente para os países do Oriente Médio, eles combateram diversas vezes em conflitos reais, com bons resultados. Saiba mais sobre eles a seguir.
Cascavel
Produzido em São José dos Campos pela Engesa, o blindado alcançou enorme sucesso internacional desde que começou a ser feito, em 1980. Além do Brasil, onde ainda existem mais de 200 unidades em operação, ele foi exportado amplamente para países como Iraque, Líbia, Colômbia e Chipre e, em menor quantidade, para outros países vizinhos (Bolívia, Equador, Paraguai, Suriname, Uruguai e Venezuela).
Ele compartilha alguns componentes mecânicos com o Urutu (veja mais detalhes abaixo), outro blindado produzido pela Engesa, apesar de terem propostas diferentes – enquanto o Urutu transporta tropas, o Cascavel é um veículo de reconhecimento e combate ligeiro. Seu armamento padrão é um canhão de 90 mm, além de metraladores secundárias junto à torre.
Urutu
Provavelmente, esta é a mais conhecida de todas as “cobras” feitas no Brasil. Também, já são mais de quarenta anos desde que o primeiro Urutu entrou em ação, transportando tropas de até 12 soldados – além do motorista e do comandante. Acessibilidade sempre foi um dos pontos fortes do modelo, sendo possível a entrada e a saída dos ocupantes pelas laterais, pela traseira e pelo teto.
Além do uso intenso pelo Exército e pela Marinha do Brasil, ele também fez bastante sucesso internacionalmente. Países como Iraque, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Colômbia e Líbia adquiriram centenas de unidades. Mas apesar do sucesso comercial e de algumas soluções técnicas eficazes, como a suspensão traseira do tipo “Boomerang”, o Urutu tornou-se obsoleto em situações de combate atuais.
Jararaca
Eis um caso de modelo nacional cujo foco era a exportação, e não a utilização pelas Forças Armadas daqui. Os países que mais adquiriram unidades do veículo foram Uruguai, Equador, Chipre, Guiné e Gabão, totalizando 63 exemplares vendidos para o exterior.
Produzido pela Engesa, o Jararaca é um veículo de reconhecimento de 4,16 metros de comprimento e ampla autonomia – graças ao tanque com capacidade para 140 litros de diesel, pode rodar até 700 quilômetros. Comporta três tripulantes: motorista, comandante e atirador, o qual opera uma metralhadora calibre 7,62mm. No Brasil, há apenas dois protótipos em funcionamento.
Ogum
Mais um produto da Engesa, mas que, dessa vez, não chegou a ser feito em larga escala. Novamente, que solicitou o modelo foi Saddam Hussein, que desejava um blindado leve transportador de tropas movido por esteiras (mais eficientes que as rodas em terrenos off-road), com características similares às do alemão Wiesel. Assim, foi criado o primeiro protótipo do Ogum, em 1986.
O governo iraquiano pediu modificações, que foram feitas pela Engesa e se materializaram num novo protótipo – no total, foram produzidos quatro exemplares prévios. O ditador do país do Oriente Médio chegou a negociar a aquisição de 200 unidades do Ogum, mas, com o desenrolar dos conflitos na região, a negociação não evoluiu, e o projeto foi abandonado.
Sucuri
Baseado na plataforma do Urutu e do Cascavel, o Sucuri foi um caça-tanques sobre rodas criado pela Engesa nos anos 80 que abria mão de parte de sua capacidade de proteção para surpreender em termos de velocidade – atingia até 115 km/h, com alcance operacional de 600 quilômetros.
O ponto alto do Sucuri era a força de ataque equivalente à de um tanque, mesmo com um peso total três vezes menor. Seu canhão de 105 mm era montado em uma torre estabilizada. Como armamento secundário, metralhadoras de 12,7 e 7,62 mm. Infelizmente, ele não chegou a entrar em produção.
Osório
O carro de combate pesado nasceu com audácia e perspectivas de glória. Em meados dos anos 1980, o modelo foi desenvolvido pela Engesa para uma concorrência aberta pela Arábia Saudita. Submetido a testes no deserto, o protótipo do Osório superou os concorrentes do Reino Unido, França e Itália, e ficou em pé de igualdade com o famoso tanque M1 Abrams dos Estados Unidos. Houve boatos de que o contrato chegou a ser redigido, estipulando que a venda para os árabes ajudaria a financiar a compra pelo próprio Exército Brasileiro.
Na hora de fechar o acordo, porém, falou mais alto o poderio político e econômico dos americanos. O início da crise que levaria à Guerra do Golfo, em 1990, selaria de vez o destino do Osório, que ainda participaria de outras concorrências na região. Pior para a Engesa: ao investir todos os seus recursos no desenvolvimento do tanque para exportação – e sem nenhuma garantia de que o Exército Brasileiro, em grave crise financeira, fosse comprar o Osório – a empresa entraria em concordata anos depois, dando fim a um legado de expertise em blindados.
Astros
Um dos mais bem-sucedidos modelos militares brasileiros mundo afora. Desenvolvido pela Avibras Indústria Aeroespacial em 1983, ele é um lançador de foguetes de saturação utilizado pelas forças armadas de países como Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Indonésia e Iraque – além do próprio Brasil. É capaz de lançar múltiplos foguetes, de diferentes calibres, a distâncias que variam entre 9 e 300 quilômetros, e deve ganhar uma nova versão, chamada de Astros 2020, compatível com mísseis de cruzeiro.
O Astros II esteve envolvido em algum dos mais conhecidos conflitos do século passado, como a guerra Irã-Iraque, realizada entre 1980 e 1988, e a Guerra do Golfo, ocorrida em 1990 e 1991 – em ambos os casos, serviu às tropas de Saddam Hussein com sucesso comprovado, graças à sua mobilidade e poder de fogo.
Guarani
O mais moderno blindado de transporte médio do Exército Brasileiro teve suas primeiras unidades entregues em 2014, e deve substituir gradualmente o Urutu. Foi desenvolvido pela Iveco, companhia muito conhecida pela produção de caminhões. Com capacidade para até 11 ocupantes, o Guarani é um 6×6 com alcance operacional de até 600 km e que pode alcançar os 110 km/h de velocidade máxima.
Assim como outros veículos militares modernos, o Guarani tem uma estrutura modular, isto é, pode ser modificada e receber outros tipos de dispositivo (armas, sensores, blindagem extra, mecanismos de defesa) de acordo com a demanda. Seu casco inferior em forma de V é ideal para minimizar os danos causados por minas e explosivos, e a blindagem de série oferece protecão contra tiros de fuzil 7,62 mm. Seu armamento principal é um canhão automático de calibre 30 mm em uma torre estabilizada controlada remotamente.
O Guarani inclusive já foi assunto de um Impressões ao Dirigir da QUATRO RODAS. Clique aqui para ler a reportagem.
Gaucho
Pode ser tratado como um veículo militar leve de dupla nacionalidade. Isso porque seu projeto teve início em 2004, durante uma reunião no Rio de Janeiro que teve representantes das forças armadas de Argentina e Brasil. De fato, mais de 85% das peças utilizadas em sua construção são feitas nos dois países, predominantemente na Argentina.
Um dos itens feitos por aqui é o motor 2.8 movido a diesel de 130 cavalos de potência. Por ser um veículo leve (2.100 kg) para sua categoria, o Gaucho é ideal para o transporte por aviões. Possui autonomia de 500 quilômetros e velocidade máxima de 120 km/h. Comporta até quatro ocupantes, e oferece como opcionais uma metraladora calibre 7,62mm e um kit de blindagem leve.
Marruá
Com a falência da Engesa, alguns de seus projetos pareciam fadados ao esquecimento. Um deles (o EE-12), porém, teve destino diferente graças à intervenção da Agrale. Em 2003, a companhia anunciou que retomaria seu desenvolvimento, atualizando-o para as necessidades das Forças Armadas brasileiras daquele momento. Nasceu, cinco anos depois, o Marruá.
Foi a Marinha que teve a oportunidade de usá-lo de modo pioneiro, em substituição ao Toyota Bandeirante. Nos anos seguintes, o modelo passou a ser utilizado também pelo Exército e, depois, foi exportado para países vizinhos, como Argentina, Paraguai e Equador. Sua atuação mais notável até aqui é na intervenção brasileira na missão de paz no Haiti, onde o Marruá atua como veículo de carga, de transporte de pessoal ou ambulância.
FONTE: Quatro Rodas
Faltou citar o MB-3 Tamoyo, projeto do ínicio dos anos 80.
Faltou citar o MB-3 Tamoyo, projeto do ínicio dos anos 80.
Excelente matéria. Parabéns pela clareza das informações e comentários precisos.
Excelente matéria. Parabéns pela clareza das informações e comentários precisos.
O X1 utilizava parte da estrutura do M3 Stuart, ao passo que a estrutura do X1A2 era inteiramente construida pela Bernardini. O X1A1 ficou em prototipo. Eu, Paulo Bastos e Helio Higuchi escrevemos livro sobre o Stuart no Brasil e os veiculos da Bernardini. O livro esta senfo publicado por Francisco Ferro da Tecnologia & Defesa.
O X1 foi equipado com uma torre francesa H-90 da Hispano Suiza e um canhão de DEFA D-921 de 90mm a exemplo da solução oferecida pela Engesa nas versões de exportação do EE-9, sendo depois substituído o canhão por um 62 F1 de 90mm e a torre inicialmente usada por uma torre produzida pela Engesa que seria depois substituída por uma outra produzida pela Bernardini com melhor blindagem, a primeira aparição publica do carro foi no desfile de 7 de setembro de 1973 e, foi realmente fabricado e entregue ao Echo Bravo, sendo as primeiras unidades recebidos somente entre fevereiro e março de 1976 com 10 carros incorporados ao 6º Regimento de Carros de Combate (RCB) e também ao 6º RCB, o último lote composto por 16 veículos foi entregue também ao 6º RCB em abril de 1979, com uma unidade sendo destinada a Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e outro para a Escola de Material Bélico (EsMB), já seu sucessor o X1A2 Carcará, podendo ser considerado o primeiro carro-de-combate sobre lagartas genuinamente brasileiro, sua carcaça foi totalmente reformulada, inclusive retirando-se o espaço para o auxiliar do motorista, permitindo assim uma blindagem frontal com características balísticas muito superior às do X-1 e do X1-A1, além de lhe dar um desenho mais moderno., passou a contar com uma caixa de transmissão Allison CD-500 Cross-Drive e, novo canhão nacional de EC 90 mm, sistema de giro da torre também passou a ser hidráulico, além destas melhorias o modelo passou a apresentar um maior índice de nacionalização de componentes, após a avaliação do primeiro protótipo, foi decidido pela produção inicial de 24 unidades, com o primeiro lote de 10 carros sendo entregue ao 6º RCB em 1981, porém as unidades subsequentes apresentavam algumas diferenças de projeto e receberam a designação VBC CC MB-2A Lag mas, curiosamente estes carros não foram colocados em serviço sendo apenas armazenados nesta unidade. Com a decisão de se modernizar a frota de M41 deu-se o fim do projeto X1A2 Carcará, não se tem informações de foram doados a outros países ou se se encontram até hoje estocados.
O X1 utilizava parte da estrutura do M3 Stuart, ao passo que a estrutura do X1A2 era inteiramente construida pela Bernardini. O X1A1 ficou em prototipo. Eu, Paulo Bastos e Helio Higuchi escrevemos livro sobre o Stuart no Brasil e os veiculos da Bernardini. O livro esta senfo publicado por Francisco Ferro da Tecnologia & Defesa.
A Bernardini chegou a desenvolver dois outros carros de combate: o X1A, utilizando o chassis do Stuart e o X1A2, do Sherman, armado com um 90 mm Cockerill, o mesmo do Cascavel. Lembro-me que equiparam algumas unidades. Houve versões, um lança-pontes e um lança foguetes X1, que eram fabricados pela Avibras. Seria possivel contar a historia desses equipamentos? Que fim levaram? Ainda há unidades operacionais? Lembro-me na época que chegaram a encomendar 90 unidades do X1A2 CARCARA (era esse o nome).
Digamos que o governo queira retomar a producao.
Os projetos ainda existem?
Serviriam para o nosso TO?
Não.
A Bernardini chegou a desenvolver dois outros carros de combate: o X1A, utilizando o chassis do Stuart e o X1A2, do Sherman, armado com um 90 mm Cockerill, o mesmo do Cascavel. Lembro-me que equiparam algumas unidades. Houve versões, um lança-pontes e um lança foguetes X1, que eram fabricados pela Avibras. Seria possivel contar a historia desses equipamentos? Que fim levaram? Ainda há unidades operacionais? Lembro-me na época que chegaram a encomendar 90 unidades do X1A2 CARCARA (era esse o nome).
Lembro de estar na fábrica da Engesa em SJC logo após a mesma ter sido adquirida pela Embraer.
A cena era digna de filme de ficção científica… parece que todos os funcionários tinham sido vaporizados em pleno trabalho. Existiam blindados nas linhas de montagem em vários estágios de produção… ferramentas por todos os lados… mesas, computadores e até canecas de café nas mesas…
Aquilo passou por uma bela transformação e hoje abriga uma unidade da Embraer. Aliás, foi lá, na antiga fábrica da Engesa, que foi desenvolvido o KC390.
Digamos que o governo queira retomar a producao.
Os projetos ainda existem?
Serviriam para o nosso TO?
Não.
Lembro de estar na fábrica da Engesa em SJC logo após a mesma ter sido adquirida pela Embraer.
A cena era digna de filme de ficção científica… parece que todos os funcionários tinham sido vaporizados em pleno trabalho. Existiam blindados nas linhas de montagem em vários estágios de produção… ferramentas por todos os lados… mesas, computadores e até canecas de café nas mesas…
Aquilo passou por uma bela transformação e hoje abriga uma unidade da Embraer. Aliás, foi lá, na antiga fábrica da Engesa, que foi desenvolvido o KC390.
Na boa, esse cascavel parece aqueles brinquedos de plástico…
E o que é aquilo onde devia ser a metralhadora? Um rojão de fogos de artifícios? hahahahhh
E o Guarani, vai sair o 8×8, Padilha?
Se um doa houver dinheiro, talvez.
Meu caro gozador barato (Leonardo Henrique), aquele tubo é o alojamento da mola de equilíbrio da metralhadora. Não tem hahahahah nenhum.
O 8X8 já esta na fase inicial do projeto pela IVECO/EB, só falta o EB entrar com o dinheiro e definir qual o canhão/torre a ser empregado.
Bacchi
Senhor Bacchi, é sempre um prazer ler seus comentários.
Só por curiosidade, como o senhor tem experiência na área, poderia dar uma opinião a respeito de qual torre “encaixaria” melhor com o futuro Guarani 8×8? O pensa-se em algo novo?
Outro ponto que tenho certa curiosidade em respeito ao Guarani 8×8 é se este usará a mesta motorização e transmissão do seu irmão menor 6×6, haja visto que a tara total dos veículos será diferente. O senhor sabe algo a respeito que possa compartilhar ou talvez especular?
Saudações.
Bardini, obrigado por suas palavras. A IVECO me revelou alguma coisa sobre o 8X8 na ultima exposição de defesa. Todavia me foi dito sob confidencialidade. Tirando o fato de que o ante projeto do 8X8 já está pronto, não posso revelar mais.
Das 3 propostas de torre/canhão a única da qual sei detalhes é a da CMI. Da OTO-Melara conheço pouco e da israelense não conheço nada. Infelizmente esta é a situação. Abraços
Bacchi
Tem certeza mestre Bacchi?
Ja vi varias refrencias na web sobre isto e dei uma olhada rapida na materia do Expedito da ECsbdefesa e tambem existe esta referencia da concorrencia em Abu Dhabi em 88…
Não entendi tua pergunta!
Tem certeza de que?
Bacchi
Grato pela resposta, e entendo a confidencialidade do assunto.
Eu, particularmente vejo com bons olhos a proposta da CMI, mas acho que difícil bater a HITFACT e as parcerias entre as empresas por detrás da torre, haja visto que se optou pela UT-30BR para a versão 6×6, logo, apostaria nesta escolha.
Na boa, esse cascavel parece aqueles brinquedos de plástico…
E o que é aquilo onde devia ser a metralhadora? Um rojão de fogos de artifícios? hahahahhh
E o Guarani, vai sair o 8×8, Padilha?
Se um doa houver dinheiro, talvez.
Meu caro gozador barato (Leonardo Henrique), aquele tubo é o alojamento da mola de equilíbrio da metralhadora. Não tem hahahahah nenhum.
O 8X8 já esta na fase inicial do projeto pela IVECO/EB, só falta o EB entrar com o dinheiro e definir qual o canhão/torre a ser empregado.
Bacchi
Senhor Bacchi, é sempre um prazer ler seus comentários.
Só por curiosidade, como o senhor tem experiência na área, poderia dar uma opinião a respeito de qual torre “encaixaria” melhor com o futuro Guarani 8×8? O pensa-se em algo novo?
Outro ponto que tenho certa curiosidade em respeito ao Guarani 8×8 é se este usará a mesta motorização e transmissão do seu irmão menor 6×6, haja visto que a tara total dos veículos será diferente. O senhor sabe algo a respeito que possa compartilhar ou talvez especular?
Saudações.
Bardini, obrigado por suas palavras. A IVECO me revelou alguma coisa sobre o 8X8 na ultima exposição de defesa. Todavia me foi dito sob confidencialidade. Tirando o fato de que o ante projeto do 8X8 já está pronto, não posso revelar mais.
Das 3 propostas de torre/canhão a única da qual sei detalhes é a da CMI. Da OTO-Melara conheço pouco e da israelense não conheço nada. Infelizmente esta é a situação. Abraços
Bacchi
Tem certeza mestre Bacchi?
Ja vi varias refrencias na web sobre isto e dei uma olhada rapida na materia do Expedito da ECsbdefesa e tambem existe esta referencia da concorrencia em Abu Dhabi em 88…
Não entendi tua pergunta!
Tem certeza de que?
Bacchi
Grato pela resposta, e entendo a confidencialidade do assunto.
Eu, particularmente vejo com bons olhos a proposta da CMI, mas acho que difícil bater a HITFACT e as parcerias entre as empresas por detrás da torre, haja visto que se optou pela UT-30BR para a versão 6×6, logo, apostaria nesta escolha.
O Sucuri continua “atual”, seria interessante o aperfeiçoamento do projeto a exemplo do Marrua e sua eventual produção, creio ser mais capaz e eficiente que uma adaptação do Guarani para esta finalidade.
Não se justifica ter dois projetos. Já que o VBTP Guarani esta em produção, a logica é que o caça carros (tank destroyer) seja derivado dele. Problema de economia de escala, algo muito importante. Infelizmente o EB deixou passar em brancas nuvens o projeto do Sucuri II, um dos melhores já feitos no Brasil.
O Sucuri poderia aproveitar a motorização, transmissão e suspensão do Guarani, o projeto já existe, a economia seria gigantesca; as unica alterações seriam a carroceria e a torre com canhão,lembrando que a versão “caça tanques” do Guarani será bem diferente da atual 6×6 …
Prefiro um Guarani puro do que uma mistura do Guarani com o Sucuri II. Completamente sem sentido. Alem disso, meu caro Mauricio, não existem desenhos do Sucuri II. As únicas coisas que sobraram dele são peças da carcaça.
O que alguns nao sabem eh que na mesma concorrencia e demonstracao de campo em que o Osorio sagrou-se vitorioso sobre o modelo americano, britanico, frances e alemao, o OGUM tambem venceu nos testes contra o Wiesel.
O Osorio superou em testes o Challenger e o AMX-40. Foi considerado junto com o M1 Abrams passível de ser adquirido pelo exercito da Arabia Saudita.]
Jamis houve teste comparativo entre o Ogum e o Wiesel!
Baccchi
Bom dia Mestre Bacchi,
O Ogum não concorreu com o wiesel em Abu Dahbi em 88? Pergunto pois alguns sites fazem referencia a isto.
Vi tambem esta informação pela materia do Expedito do ECSBDEFESA de Juiz de Fora.
É importante porque nos como entusiastas, reverberamos materias que circulam e sei que voce trabalhou lá e acompanhou os casos.
Gostaria de tirar mais uma casquinha tua…
Sei que aparentemente voce não gosta do projeto do Ogum, mas gostaria de uma breve analise sua e paralelo entre o OGUM e o Jararaca….um comparativo entre ambos…afinal, eram dois blindados leves, sendo um por esteiras e outro sobre rodas…
Eu não sei se o Ogum foi no teste de Abu Dabi. Vou perguntar para quem foi a demonstração.
O projeto do Ogum foi muito bem feito. O carro era bom, mas não houve mercado para o mesmo. Note (pelo que sei) que o Wiesel só foi vendido para as forças armadas alemãs.
O Jararaca apesar de ter sido vendido a vários exércitos era uma m…. O pior veiculo blindado que conheci.
Bacchi
Osório realmente foi uma grande perda
Também não vi o CC Tamoyo da Bernardini e o Charrua da Motopeças
Solon, ja ia comentar sobre isso……outra tremenda perda…..o Bernardini prototipo sempre esteve na rua agostinho gomes (ipiranga) num galpao bem no inicio desta rua….era possivel ve-lo frequentemente no entorno em testes e avaliaacoes. Lembremo-nos de q era na verdade um UP de motor, cx engrenagens, torre,canhao e outros acessorios do vestuto M 41 q ainda hoje denominado M 43 esta a servico do EB. Infelizmente e aesar de ve-lo semanalmente na rua , nunca tirei uma foto, fosse hoje seria bem mais facil rrsrsrsrs. Sds PS…desculpem se comiti algum engano qto a caracteristicas deste tamque..nao sou expert no assunto…rsrsrsr
O Sucuri continua “atual”, seria interessante o aperfeiçoamento do projeto a exemplo do Marrua e sua eventual produção, creio ser mais capaz e eficiente que uma adaptação do Guarani para esta finalidade.
Não se justifica ter dois projetos. Já que o VBTP Guarani esta em produção, a logica é que o caça carros (tank destroyer) seja derivado dele. Problema de economia de escala, algo muito importante. Infelizmente o EB deixou passar em brancas nuvens o projeto do Sucuri II, um dos melhores já feitos no Brasil.
O Sucuri poderia aproveitar a motorização, transmissão e suspensão do Guarani, o projeto já existe, a economia seria gigantesca; as unica alterações seriam a carroceria e a torre com canhão,lembrando que a versão “caça tanques” do Guarani será bem diferente da atual 6×6 …
Prefiro um Guarani puro do que uma mistura do Guarani com o Sucuri II. Completamente sem sentido. Alem disso, meu caro Mauricio, não existem desenhos do Sucuri II. As únicas coisas que sobraram dele são peças da carcaça.
Todo esse legado tecnológico jogado no lixo,literalmente.
Veículos como Ogun, Jararaca, Charruá,Osório etc..
Poderiam sofrer uma re engenharia e gerar novos e modernos veículos blindados verdadeiramente nacionais ( Desde que fossem fabricados por empresas 100% nacionais).
Caso fizessem isso,hoje não teríamos comprado esse produto Italiano denominado localmente de Guaraní.
Mas aqui no Brasil não se conhece o conceito de evolução de projetos,e sempre comprarão novos desenhos e projetos de empresas estrangeiras.
Quem ajudou tambem …a falir a engesa foi senhor saddam hussein.
O que faliu a Engesa foi o governo apátrida Brasileiro!
Permitir a falência da Engesa foi um crime de traição a pátria , os responsáveis deveria ter sido fuzilados!
O que levou a falência da ENGESA foi a ma administração dos proprietários, O exercito e o governo brasileiro sempre ajudaram a ENGESA.
Bacchi
Todos da matéria foram projetados e construidos no BRASIL , a única exceção é o Guarani que não é um projeto nacional como dizem por ai ,ele é uma variação dos veículos SUPERAV, mas pelo menos esta sendo produzido no país !
Tem blindado aí que nunca vi e nem ouvi falar, mas a descontinuidade do Osório foi uma perda gigantesca!
O que alguns nao sabem eh que na mesma concorrencia e demonstracao de campo em que o Osorio sagrou-se vitorioso sobre o modelo americano, britanico, frances e alemao, o OGUM tambem venceu nos testes contra o Wiesel.
O Osorio superou em testes o Challenger e o AMX-40. Foi considerado junto com o M1 Abrams passível de ser adquirido pelo exercito da Arabia Saudita.]
Jamis houve teste comparativo entre o Ogum e o Wiesel!
Baccchi
Bom dia Mestre Bacchi,
O Ogum não concorreu com o wiesel em Abu Dahbi em 88? Pergunto pois alguns sites fazem referencia a isto.
Vi tambem esta informação pela materia do Expedito do ECSBDEFESA de Juiz de Fora.
É importante porque nos como entusiastas, reverberamos materias que circulam e sei que voce trabalhou lá e acompanhou os casos.
Gostaria de tirar mais uma casquinha tua…
Sei que aparentemente voce não gosta do projeto do Ogum, mas gostaria de uma breve analise sua e paralelo entre o OGUM e o Jararaca….um comparativo entre ambos…afinal, eram dois blindados leves, sendo um por esteiras e outro sobre rodas…
Eu não sei se o Ogum foi no teste de Abu Dabi. Vou perguntar para quem foi a demonstração.
O projeto do Ogum foi muito bem feito. O carro era bom, mas não houve mercado para o mesmo. Note (pelo que sei) que o Wiesel só foi vendido para as forças armadas alemãs.
O Jararaca apesar de ter sido vendido a vários exércitos era uma m…. O pior veiculo blindado que conheci.
Bacchi
Alguém sabe oque aconteceu com o projeto da Engesaer ?
E a linha de veículos militares da Agrale também.
Faltou o Tupi da Avibrás e o Gladiador da InbraFiltro.
Osório realmente foi uma grande perda
o que poucos sabem e que o Osorio não foi fabricado na Fabrica da engesa em SJC, ele e todos desenvolvimentos eram feitos num galpão de uma empresa de empilhadeiras. Hyster na avenida nacoes unidas em SP, poucas pessoas sabiam o que havia dentro daquele Galpao pois nele não havia nenhuma indicação que era engesa , somente o logo da hyster , mas de la saíram todos os carros de combate, jeeps, caminhões, gaiolas ,tanques.Um pouco mais a frente, havia um prédio somente comercial, onde era a engesa administração. ja em 1985/86 a engenharia experimental se mudou para barueri , onde trabalhei mais um tempo.Curiosidade eram as visitas de autoridades Arabes , que vinham para ver os projetos específicos para seus países..e varias vezes éramos obrigados a camuflar , esconder ,veículos ja pintados nas cores do Iraque , Arabia Saudita. etc para não serem vistos.Saudades de um tempo em que se desenvolvia tecnologia de ponta no Brasil.
Boa Alexandre por esses detalhes que só pessoas como você que viveu possa nos contar!
Fico grato por voce poder compartilhar um pouco da epoca em que desenvolviamos riquezas e tecnologias Alexandre!
A melhor historia que ouvi sobre o Osorio e que na Arabia Saudita ele chegou a ser desmontado para avaliações tecnicas e dai os americanos piratearam alguns recursos para seu Abrams
Parabens Alexandre
Fabio Cabral, eu coleciono besteiras escritas sobre o Osório. Esta de terem desmontado o Osorio na Arabia Saudita (nunca o foi) e os estadunidesnses terem aproveitado isto, é uma das melhores. Meus parabéns pela besteira.
Para sua informação trabalhei na ENGESA de Setembro 1977 até sua falência, tendo oportunidade de acompanhar todo o processo de projeto do Osorio.
Bacchi
Trabalhei na Engesa em 1984/85 , em vários projetos inclusive Osorio , na engenharia experimental, na época o Osorio era o Tanque mais moderno do mundo, pelo fato de ser o mais novo com toda tecnologia de ponta, o melhor dos melhores foi instalado no Osorio, o primeiro motor era um MWM de 1000HP que podia ser trocado em campo rapidamente por um urutu com grua, tinha um sistema de pacote de munições, vc podia carregar o tanque através d rum clipe externo, o que era muito rápido, tinha tb a torre elétrica, o que evitava incêndios por vazamentos e óleo hidráulico no caso de ser atingido, tinha volante e não alavancas, tinha canhão de 105mm com inglês, visão térmica, suspensão tb inglesa de ultima geração, varias modernidades ,guardo com orgulho a capsula ( britânica) de 105mm ,um dos 5 primeiros disparos feito em marambaia.
Também não vi o CC Tamoyo da Bernardini e o Charrua da Motopeças
Solon, ja ia comentar sobre isso……outra tremenda perda…..o Bernardini prototipo sempre esteve na rua agostinho gomes (ipiranga) num galpao bem no inicio desta rua….era possivel ve-lo frequentemente no entorno em testes e avaliaacoes. Lembremo-nos de q era na verdade um UP de motor, cx engrenagens, torre,canhao e outros acessorios do vestuto M 41 q ainda hoje denominado M 43 esta a servico do EB. Infelizmente e aesar de ve-lo semanalmente na rua , nunca tirei uma foto, fosse hoje seria bem mais facil rrsrsrsrs. Sds PS…desculpem se comiti algum engano qto a caracteristicas deste tamque..nao sou expert no assunto…rsrsrsr
LINDA MATERIA PADILHA PARABÉNS MARAVILHOSA ISSO SIM E BRASIL
Elcio, o artigo não é do DAN e sim da Quatro Rodas. OK? Também achei bem bacana por isso reproduzi.
A falência da Engesa foi um crime de lesa-pátria e uma das muitas heranças malditas do desastroso e desastrado governo Collor.
Quem mora no Rio, um exemplar do Osório está no Museu Conde de Linhares, no bairro de São Cristóvão, o museu é maravilhoso, tem muita coisa da FEB e no pátio muitos veículos em exposição, até um canhão ferroviário, imperdível!!!!!
Todo esse legado tecnológico jogado no lixo,literalmente.
Veículos como Ogun, Jararaca, Charruá,Osório etc..
Poderiam sofrer uma re engenharia e gerar novos e modernos veículos blindados verdadeiramente nacionais ( Desde que fossem fabricados por empresas 100% nacionais).
Caso fizessem isso,hoje não teríamos comprado esse produto Italiano denominado localmente de Guaraní.
Mas aqui no Brasil não se conhece o conceito de evolução de projetos,e sempre comprarão novos desenhos e projetos de empresas estrangeiras.
E o MB-3 Tamoyo,o Charrua?!
Quem ajudou tambem …a falir a engesa foi senhor saddam hussein.
O que faliu a Engesa foi o governo apátrida Brasileiro!
Permitir a falência da Engesa foi um crime de traição a pátria , os responsáveis deveria ter sido fuzilados!
O que levou a falência da ENGESA foi a ma administração dos proprietários, O exercito e o governo brasileiro sempre ajudaram a ENGESA.
Bacchi
Todos da matéria foram projetados e construidos no BRASIL , a única exceção é o Guarani que não é um projeto nacional como dizem por ai ,ele é uma variação dos veículos SUPERAV, mas pelo menos esta sendo produzido no país !
Tem blindado aí que nunca vi e nem ouvi falar, mas a descontinuidade do Osório foi uma perda gigantesca!
Alguém sabe oque aconteceu com o projeto da Engesaer ?
E a linha de veículos militares da Agrale também.
Faltou o Tupi da Avibrás e o Gladiador da InbraFiltro.
o que poucos sabem e que o Osorio não foi fabricado na Fabrica da engesa em SJC, ele e todos desenvolvimentos eram feitos num galpão de uma empresa de empilhadeiras. Hyster na avenida nacoes unidas em SP, poucas pessoas sabiam o que havia dentro daquele Galpao pois nele não havia nenhuma indicação que era engesa , somente o logo da hyster , mas de la saíram todos os carros de combate, jeeps, caminhões, gaiolas ,tanques.Um pouco mais a frente, havia um prédio somente comercial, onde era a engesa administração. ja em 1985/86 a engenharia experimental se mudou para barueri , onde trabalhei mais um tempo.Curiosidade eram as visitas de autoridades Arabes , que vinham para ver os projetos específicos para seus países..e varias vezes éramos obrigados a camuflar , esconder ,veículos ja pintados nas cores do Iraque , Arabia Saudita. etc para não serem vistos.Saudades de um tempo em que se desenvolvia tecnologia de ponta no Brasil.
Boa Alexandre por esses detalhes que só pessoas como você que viveu possa nos contar!
Fico grato por voce poder compartilhar um pouco da epoca em que desenvolviamos riquezas e tecnologias Alexandre!
A melhor historia que ouvi sobre o Osorio e que na Arabia Saudita ele chegou a ser desmontado para avaliações tecnicas e dai os americanos piratearam alguns recursos para seu Abrams
Parabens Alexandre
Fabio Cabral, eu coleciono besteiras escritas sobre o Osório. Esta de terem desmontado o Osorio na Arabia Saudita (nunca o foi) e os estadunidesnses terem aproveitado isto, é uma das melhores. Meus parabéns pela besteira.
Para sua informação trabalhei na ENGESA de Setembro 1977 até sua falência, tendo oportunidade de acompanhar todo o processo de projeto do Osorio.
Bacchi
Trabalhei na Engesa em 1984/85 , em vários projetos inclusive Osorio , na engenharia experimental, na época o Osorio era o Tanque mais moderno do mundo, pelo fato de ser o mais novo com toda tecnologia de ponta, o melhor dos melhores foi instalado no Osorio, o primeiro motor era um MWM de 1000HP que podia ser trocado em campo rapidamente por um urutu com grua, tinha um sistema de pacote de munições, vc podia carregar o tanque através d rum clipe externo, o que era muito rápido, tinha tb a torre elétrica, o que evitava incêndios por vazamentos e óleo hidráulico no caso de ser atingido, tinha volante e não alavancas, tinha canhão de 105mm com inglês, visão térmica, suspensão tb inglesa de ultima geração, varias modernidades ,guardo com orgulho a capsula ( britânica) de 105mm ,um dos 5 primeiros disparos feito em marambaia.
LINDA MATERIA PADILHA PARABÉNS MARAVILHOSA ISSO SIM E BRASIL
Elcio, o artigo não é do DAN e sim da Quatro Rodas. OK? Também achei bem bacana por isso reproduzi.
A falência da Engesa foi um crime de lesa-pátria e uma das muitas heranças malditas do desastroso e desastrado governo Collor.
Quem mora no Rio, um exemplar do Osório está no Museu Conde de Linhares, no bairro de São Cristóvão, o museu é maravilhoso, tem muita coisa da FEB e no pátio muitos veículos em exposição, até um canhão ferroviário, imperdível!!!!!
E o MB-3 Tamoyo,o Charrua?!