Brasília – A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados realizou nesta quarta-feira, 27, audiência pública para discutir a situação do Programa Nuclear da Marinha e do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). O evento contou com a presença do Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM).
Um dos temas mais delicados diz respeito ao Orçamento para os dois programas. De acordo com Olsen, a Marinha tem conversado com as autoridades políticas e econômicas do governo, para assegurar os recursos necessários à continuidade dos dois projetos. De acordo com ele, “o cenário orçamentário de 2008 era um, o de hoje, é outro completamente diferente, agravado, inclusive, pela pandemia”, afirmou o Almirante.
Ele explicou que, após o contrato firmado em 2008, um novo compromisso será assinado no próximo ano, mas que a Naval Group ainda não passou o valor global. “Sem o preço final detalhado, a Marinha fica impedida de firmar esse segundo contrato. Eu acredito que esse contrato poderá ser assinado no primeiro semestre de 2022”, disse.
O militar reconheceu, também, que há atrasos por parte do Naval Group, na entrega de equipamentos e que a empresa precisa melhorar as entregas e sua cadeia logística. Por outro lado, assegurou que o Brasil está adimplente.
Sobre o reator nuclear, o Almirante Olsen, destacou que o país alcançou um ponto de não retorno, embora sejam muitos os desafios tecnológicos a serem superados. “Não há como centralizar a produção desses equipamentos no Brasil.
Atualmente, a Base Industrial de Defesa, no que diz respeito a requisitos nucleares, é muito incipiente, o que obriga o país a buscar no exterior, os equipamentos e insumos necessários”, afirmou Olsen.
FONTE: CREDN
Estamos com poucos recursos, logo, temos que nos contentar com o projeto das 04 Corvetas Tamandaré e dos 04 Submarinos da Classe Riachuelo, sem contar que temos que continuar desenvolvendo e construindo o nosso Submarino Nuclear Álvaro Alberto para ser entregue na próxima década.
Fora isso, é manter em funcionamento as poucas embarcações que temos.
Será que nunca irão fazer uma autocrítica e propor redução de contingente? A gente toma um banho de marinhas com contingentes muito menores (mas com grandes responsabilidades e muito mais ativas) como Royal Navy, Marina Militare, JMSDF e Marine Nationale. Precisamos mesmo de 80 mil homens? 50 ou 60 mil não estariam de ótimo tamanho? Todo esse gasto com pessoal é NECESSÁRIO na era da informatização e automação de processos e sistemas ou nossas Forças Armadas são cabidões de emprego? A segunda opção me parece a melhor.
Up The Irons, concordo contigo na redução do contingente, creio que não deveria passar de 40 mil, mesmo implementando o número de meios. Temos ou tínhamos uma embarcação (G 25 ou G 29), que quando da Marinha Inglesa, era operada por 70 homens e sendo repassada para a Marinha Brasileira, sua tripulação simplesmente dobrou. Temos pouco e antigos meios de escolta, para nós acredito que o submarino é sem sombra de dúvidas o meio mais importante, porém estamos construindo quatro novos e querem vender pelo menos 2 dos Classe Tupi (tem submarinos mais antigos sendo mantidos em operação) por outro lado, o almirantado , pensa em Porta Aviões………….tem que abaixar a crista e a arrogância.
“ O militar reconheceu, também, que há atrasos por parte do Naval Group, na entrega de equipamentos e que a empresa precisa melhorar as entregas e sua cadeia logística. Por outro lado, assegurou que o Brasil está adimplente.”
Não surpreende a insatisfação e desistência dos australianos.
Os franceses como já de costume. Trabalhar com esse povo é difícil pra caramba.
então porque insistem né?
Parece masoquismo…
Eu não entendi,eu achei que o país detinha a tecnologia nuclear,não é?
João Ricardo, o Brasil busca desenvolver tecnologia nuclear própria, pois a mesma não é vendida. Ou o Brasil desenvolve sua própria ou nunca terá. As nações que já as tem, normalmente de forma velada criam barreiras para que o Brasil consiga desenvolver por completo.
Contra tudo e contra todos, o PROSUB está andando, e não é preciso dizer “ad nauseam”, as razões para os atrasos do programa.
Não é só verba, temos que colocar na conta o nosso desenvolvimento de algo que ninguém repassa.
Isso dito, aguarde e confie! Valerá a pena.
Logico que não repassa,isso trás vantagens comercial ao Pais que tem essa tecnologia e aos produtos produzidos nesse Pais com menor custo de produção possível para poder competir no mercado mundial !!!!
Só a Inglaterra que é diferente no mundo, pra eles essa máxima não conta, compraram ICBMs dos EUA, receberam tecnologia da bomba, receberam tecnologia do submarino nuclear…
Concordo Padilha, precisamos ter autonomia e independência no setor da defesa.
O Brasil domina todo o ciclo do combustível. Mas existem outras partes ainda em desenvolvimento.
João
Temos partes do conhecimento e da tecnologia, e no momento, o projeto do SBN é para conseguirmos produzir um reator nuclear, que irá gerar vapor para acionar a turbina e esta acionar o gerador.
A primeira parte é que é a novidade, em termos de engenharia, pois devem ser analisados vários fatores de segurança, materiais específicos, etc.
Mas vamos chegar lá, eu pessoalmente considero este projeto importante.