Por Guilherme Wiltgen
O Adams Challenge é um navio multifunção de apoio offshore, equipado com motor elétrico, posicionamento dinâmico e capaz de cumprir uma gama de atividades de apoio offshore, incluindo suporte a mergulho, suporte para ROV, suporte a pesquisa, instalação de cabos, construção e manutenção offshore. Na Marinha do Brasil, terá a função primária de Navio de Socorro Submarino, substituindo o NSS Felino Perry (K 11).
O navio é todo construído em aço soldado, possuindo um bulbo de proa. Um diferencial é que o navio possui uma “Moon Pool” localizada a meia nau do navio.
A “Moon Pool” é uma abertura na base do casco que dá acesso à água, permitindo que mergulhadores ou pequenas embarcações submersíveis possam entrar ou sair da água com facilidade e um ambiente mais protegido, mesmo que o navio esteja em alto-mar ou cercado por gelo, possibilitando que os seus tripulantes trabalhem com mais conforto e segurança, ao invés de um convés exposto às intempéries, condições importantes em uma missão de resgate de tripulantes em um submarino sinistrado, configurando um importante ganho operacional para a Força de Submarinos e à Esquadra brasileira.
A propulsão é fornecida por unidades de hélices azimutais duplos na popa. O impulso transversal é fornecido pelas unidades gêmeas de azimute na popa e por três propulsores transversais na proa, um dos quais é a unidade azimutal retrátil.
A acomodação é organizada na superestrutura da proa, possuindo um passadiço com visão em todas as direções.
O navio também possui um heliponto localizado na proa e a frente do passadiço, similar ao NSS Felinto Perry, e está homologado para operações aéreas em conformidade com as diretrizes do UK CAA CAP437, podendo operar com helicópteros da classe de médio porte.
Para realizar resgates submarinos, o novo navio da Marinha está equipado com um sino de profundidade com capacidade para 12 homens e conta com sistema de mergulho saturado.
O DSV ‘Adams Challenge’ foi construído em 2009 pelo estaleiro espanhol Balenciaga S.A.
Especificações do navio
Sobre os aspectos gerais aqui elucidados, nao tenho duvidas qie devido as circunstâncias a compra foi providencial e sera de grande valia, agora um detalhe que não entendo é que todos os equipamentos e veiculos tem seu tempo de vida util bem esclarecido no momento da aquisição, sabendo que em x anos ele ira entrar em EOL, acredito que se tem muito tempo para se garantir orçamento para construção de um Navio que atenda plenamente as necessidades, tendo em vista que lembro quando tive a imensa sorte de visitar centro de pesquisa da marinha dentro da usp bem na epoca que estava nascendo o esforço de cooperacao para o submarino nuclear brasileiro anos atrás.
Sobre os aspectos gerais aqui elucidados, nao tenho duvidas qie devido as circunstâncias a compra foi providencial e sera de grande valia, agora um detalhe que não entendo é que todos os equipamentos e veiculos tem seu tempo de vida util bem esclarecido no momento da aquisição, sabendo que em x anos ele ira entrar em EOL, acredito que se tem muito tempo para se garantir orçamento para construção de um Navio que atenda plenamente as necessidades, tendo em vista que lembro quando tive a imensa sorte de visitar centro de pesquisa da marinha dentro da usp bem na epoca que estava nascendo o esforço de cooperacao para o submarino nuclear brasileiro anos atrás.
Uma boa compra de oportunidade da MB o navio está praticamente novo que ele cumpra sua missão .
Uma boa compra de oportunidade da MB o navio está praticamente novo que ele cumpra sua missão .
Pode não parecer, mas 15 nós é sim uma boa velocidade para esse tipo de navio. Como bem colocado pelo Francisco Pereira, o objetivo primordial desse DSV, é servir como apoio a um eventual resgate molhado de mergulhadores para outras embarcações que operam o mergulho saturado, além de prover treinamento aos mergulhadores da MB. No Brasil, essas embarcações estão, essencialmente, a serviço da Petrobras, que utiliza o mergulho saturado para operar/ manutenir alguns equipamentos submarinos em suas bacias. Já estava mais que na hora da MB substituir o seu antigo DSV. Parabéns pelo esforço e dedicação na conclusão dessa faina.
Só para contextualizar esta aquisição da MB…
Quem reclama da velocidade do novo navio, a velocidade máxima do K 11 Felinto Perry é 14 nós. Portanto evoluímos um nó… 🙂
O K-11 foi adquirido à empresa AS Sentinel Offshore da Noruega construído em 1979 e incorporado à MB em 1988 (9 anos depois).
O futuro K-12 foi adquirido à Lico Leasing SA EFC do Reino Unido, construído em 2009 e será incorporado à MB em 2019 (10 anos depois).
Pelos períodos e características é um sucessor EXATO do K-11 e MUITO necessário a iminente chegada dos Scorpènes.
AGORA e com calma (……) a MB deverá planejar, configurar e encomendar um REAL navio de salvamento submarino para atender a nova força de submarinos da MB (e espera sua construção aqui ou mais provavelmente no exterior) ao invés de repetir duas vezes esta mesma solução “temporária definitiva”….
Boa tarde! Essa é uma dúvida muito comum ao pessoal civil Eduardo, vou tentar elucidá-la com o conhecimento que possuo como militar. Quanto à encomenda de um navio, já por sí só, significaria a necessidade de espera, que normalmente foge dos 2 a 4 anos de construção, sem contar as diversas certificações de reconhecimento internacional em que ele deve ser posto a prova. O Adams Challenge já foi certificado e testado, possui mais espaços cobertos do que o Felinto Perry, equipamentos um pouco mais avançados, alguns sensores à mais, mas quanto à outros equipamentos, não se sabe se a compra os inclui, pois para a nossa Marinha, ter diversas plataformas que operam diferentes sistemas (como radares de diversos modelos), acaba se tornando extremamente caro, pois é necessário o preparo da tripulação naquele equipamento específico, mas isso seria assunto para outro tópico. Retomando a resposta, a velocidade e as condições de vida à bordo do Adams Challenge, assim como a grande maioria dos DSV (Diving Support Vessel) e OSV (Offshore Support Vessel), salvo raras exceções, é em média esta, pois a atividade fim desta classe é o apoio à plataformas de petróleo e operações de mergulho (assim como o K11) e não o salvamento e socorro de submarinos sinistrados. Para isso existem classes de navios específicas para isso, como a Marinha Chinesa, Italiana e Estadunidense possuem e devido ao alto custo de construção, treinamento e manutenção, está totalmente fora da nossa realidade orçamentária. Por fim, a construção dessas classes no Brasil seria de grande valia para nosso país, contudo, é um conjunto de fatores que se mostram uma alternativa que não atingiria à suas expectativas, à começar pela tecnologia de construção desta classe, cujo somente estaleiros pertencentes à Multinacionais (como a DOF) seriam dotados, o custo seria alto e mais uma vez, o tempo de produção, muito provavelmente, seria maior do que se fosse ‘encomendado’ em um estaleiro de outro país. O tempo agora é crucial, temos um Navio de Socorro Submarino parado, prestes à dar baixa e sua atividade fim estava há muito defasada. Os novos submarinos classe skorpene estão sendo gradativamente produzidos e incorporados à Marinha, salientando a necessidade imediata de uma garantia da vida e segurança das operações submarinas dessas novas plataformas.
Boa tarde Srs; pergunto a marinha nao poderia encomendar um navio de socorro submarino com maiores e melhores especificaçoes do estas? tipo tamanho e velocidades e melhores condiçoes de trabalho e vida abordo do que estas e ainda constrido no brasil ? por empresas Brasileiras gerando emprego e rnda qualificaçoes tecnicas aqui pro nosso Pais? sempre compra de oportunidade que acho que deveriam estudar melhor e ver se seria melhor fz aqui que comprar fora em outro pais . se estou errado me orientem por favor desde ja vos agradeço.
Boa tarde! Essa é uma dúvida muito comum ao pessoal civil Eduardo, vou tentar elucidá-la com o conhecimento que possuo como militar. Quanto à encomenda de um navio, já por sí só, significaria a necessidade de espera, que normalmente foge dos 2 a 4 anos de construção, sem contar as diversas certificações de reconhecimento internacional em que ele deve ser posto a prova. O Adams Challenge já foi certificado e testado, possui mais espaços cobertos do que o Felinto Perry, equipamentos um pouco mais avançados, alguns sensores à mais, mas quanto à outros equipamentos, não se sabe se a compra os inclui, pois para a nossa Marinha, ter diversas plataformas que operam diferentes sistemas (como radares de diversos modelos), acaba se tornando extremamente caro, pois é necessário o preparo da tripulação naquele equipamento específico, mas isso seria assunto para outro tópico. Retomando a resposta, a velocidade e as condições de vida à bordo do Adams Challenge, assim como a grande maioria dos DSV (Diving Support Vessel) e OSV (Offshore Support Vessel), salvo raras exceções, é em média esta, pois a atividade fim desta classe é o apoio à plataformas de petróleo e operações de mergulho (assim como o K11) e não o salvamento e socorro de submarinos sinistrados. Para isso existem classes de navios específicas para isso, como a Marinha Chinesa, Italiana e Estadunidense possuem e devido ao alto custo de construção, treinamento e manutenção, está totalmente fora da nossa realidade orçamentária. Por fim, a construção dessas classes no Brasil seria de grande valia para nosso país, contudo, é um conjunto de fatores que se mostram uma alternativa que não atingiria à suas expectativas, à começar pela tecnologia de construção desta classe, cujo somente estaleiros pertencentes à Multinacionais (como a DOF) seriam dotados, o custo seria alto e mais uma vez, o tempo de produção, muito provavelmente, seria maior do que se fosse ‘encomendado’ em um estaleiro de outro país. O tempo agora é crucial, temos um Navio de Socorro Submarino parado, prestes à dar baixa e sua atividade fim estava há muito defasada. Os novos submarinos classe skorpene estão sendo gradativamente produzidos e incorporados à Marinha, salientando a necessidade imediata de uma garantia da vida e segurança das operações submarinas dessas novas plataformas.
Boa tarde Srs; pergunto a marinha nao poderia encomendar um navio de socorro submarino com maiores e melhores especificaçoes do estas? tipo tamanho e velocidades e melhores condiçoes de trabalho e vida abordo do que estas e ainda constrido no brasil ? por empresas Brasileiras gerando emprego e rnda qualificaçoes tecnicas aqui pro nosso Pais? sempre compra de oportunidade que acho que deveriam estudar melhor e ver se seria melhor fz aqui que comprar fora em outro pais . se estou errado me orientem por favor desde ja vos agradeço.
Boa tarde! Essa é uma dúvida muito comum ao pessoal civil Eduardo, vou tentar elucidá-la com o conhecimento que possuo como militar. Quanto à encomenda de um navio, já por sí só, significaria a necessidade de espera, que normalmente foge dos 2 a 4 anos de construção, sem contar as diversas certificações de reconhecimento internacional em que ele deve ser posto a prova. O Adams Challenge já foi certificado e testado, possui mais espaços cobertos do que o Felinto Perry, equipamentos um pouco mais avançados, alguns sensores à mais, mas quanto à outros equipamentos, não se sabe se a compra os inclui, pois para a nossa Marinha, ter diversas plataformas que operam diferentes sistemas (como radares de diversos modelos), acaba se tornando extremamente caro, pois é necessário o preparo da tripulação naquele equipamento específico, mas isso seria assunto para outro tópico. Retomando a resposta, a velocidade e as condições de vida à bordo do Adams Challenge, assim como a grande maioria dos DSV (Diving Support Vessel) e OSV (Offshore Support Vessel), salvo raras exceções, é em média esta, pois a atividade fim desta classe é o apoio à plataformas de petróleo e operações de mergulho (assim como o K11) e não o salvamento e socorro de submarinos sinistrados. Para isso existem classes de navios específicas para isso, como a Marinha Chinesa, Italiana e Estadunidense possuem e devido ao alto custo de construção, treinamento e manutenção, está totalmente fora da nossa realidade orçamentária. Por fim, a construção dessas classes no Brasil seria de grande valia para nosso país, contudo, é um conjunto de fatores que se mostram uma alternativa que não atingiria à suas expectativas, à começar pela tecnologia de construção desta classe, cujo somente estaleiros pertencentes à Multinacionais (como a DOF) seriam dotados, o custo seria alto e mais uma vez, o tempo de produção, muito provavelmente, seria maior do que se fosse ‘encomendado’ em um estaleiro de outro país. O tempo agora é crucial, temos um Navio de Socorro Submarino parado, prestes à dar baixa e sua atividade fim estava há muito defasada. Os novos submarinos classe skorpene estão sendo gradativamente produzidos e incorporados à Marinha, salientando a necessidade imediata de uma garantia da vida e segurança das operações submarinas dessas novas plataformas.
24/10/19 – quinta-feira, btarde, Guilherme, só a título de curiosidade, a aquisição é um passo importantíssimo para a MB, porém, gostaria de saber: antes de chegar ele será focado para verificação do casco; já chegará pintado padrão MB, ou tudo isto estará a cargo da MB??? Obrigado, saudações.
Vovozao,
Esses detalhes não foram divulgados, mas muito provavelmente será tudo feito aqui.
A pintura é 99,99% de certeza que será feita aqui, quando receberá o indicativo de casco K 12 e o seu nome, que segundo a MB, ainda não foi escolhido entre as opções apresentadas.
Abs,
15 Knots para um navio de socorro dá a impressão de ver uma ambulância do SAMU indo socorrer alguém andando a 40 Km/h. Eu ficaria agoniado só de esperar a ajuda chegar. É o que tem para o momento. Descanso merecido ao K11.
No mais é torcer para nunca precisar de fazer um resgate de tripulação submarinista.
Aguardar o comissionamento e boa sorte a MB.
15 Knots para um navio de socorro dá a impressão de ver uma ambulância do SAMU indo socorrer alguém andando a 40 Km/h. Eu ficaria agoniado só de esperar a ajuda chegar. É o que tem para o momento. Descanso merecido ao K11.
No mais é torcer para nunca precisar de fazer um resgate de tripulação submarinista.
Aguardar o comissionamento e boa sorte a MB.
Sinceramente já passou da hora de substituir o NSS Felinto Perry (K-11). Agora, pelo que vi ali nas especificações técnicas ao que parece a velocidade da belonave é de apenas 15 Nós(pouco mais de 27 Km/h). Sem querer ser chato, mas é uma tartaruga marítima.
Caramba, tá difícil ficar 100% satisfeito com as compras da MB, quando não é uma coisa é outra…
Grato
Já é um passo, mas ainda considero imprescindível o sistema de resgate aerotransportavel tipo DSRV, temos um litoral muito grande e esse tipo de embarcação é lento.
Submarinos novos tem q ter apoio a altura. Avante MB