Por Matheus Mendes
O Complexo Industrial Naval de Itaguai no Rio de Janeiro concede ao Brasil uma posição regional de destaque. A construção de submarinos convencionais em andamento, assim como do submarino de propulsão nuclear no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), confere uma vantagem estratégica ao país, alçando a construção naval brasileira a um novo patamar, juntamente ao Programa das Fragatas da Classe Tamandaré, em Itajaí (SC).
Outrossim, é preciso atentar para o futuro no que diz respeito à substituição das atuais embarcações em operação (submarinos classe Tikuna e Tupi), pelos classe Riachuelo. Nesse sentido, indaga-se como aproveitar tal estrutura após a conclusão do PROSUB.
Recentemente, foi veiculado na imprensa especializada a intenção do Brasil de vender dois submarinos IKL-209 à Marinha da Indonésia. Ainda não se sabe em que estágio se encontra a negociação, porém esse assunto não é uma novidade para a Marinha do Brasil (MB). Países como Polônia, Peru e Argentina já aventaram a possibilidade de compra de unidades brasileiras no passado recente. Com isso, verifica-se uma inclinação para a substituição direta dos submarinos do Brasil, tendo em vista a construção de novas embarcações.
Ademais, ventilou-se, em 2019, a ideia de transferir os submarinos operativos da MB, baseados no Complexo Naval de Mocanguê, para Itaguaí, no ano de 2022. Apesar de não existir uma confirmação a este respeito, trata-se de um movimento natural, tendo em vista a estrutura já existente, não só para a construção de submarinos, mas também a capacidade de manutenção e de apoio logístico para os mesmos no futuro.
Sendo assim, o Complexo Industrial de Itaguaí é uma oportunidade para o Brasil se diferenciar na capacidade de construção de novos submarinos, não apenas substituindo-os, mas também ampliando a quantidade dessas unidades. Ademais, possibilitaria ainda a exportação, sobretudo aos países sul-americanos que não possuem a mesma capacidade de construção de submarinos em estaleiros locais; e a manutenção dos meios tanto à MB como a parceiros estratégicos.
É imperativo ter uma projeção de uso da estrutura de Construção Naval tão logo seja possível, uma vez que, atualmente, o país carece de investimentos nesta área, sendo capaz de aquecer a economia, gerar empregos, desenvolver-se socio economicamente e contribuir para o avanço tecnológico e nuclear.
O horizonte econômico do país não e dos melhores.
E segundo economistas de mercado a tendência é a coisa apertar mais ainda em 2022.
Diante desse quadro só arrisco a dizer que investimentos na área militar serão mínimos.
Submarinos e Submarinos devem ser prioritários na MB , o Programa de SUBs Convencionais e SUBs Nucleares devem ser separados e contínuos , juntos um prejudicará o outro , depois de entregar o Angostura , devemos entrar com mais 4 SUBs em linha, com Programa dos Nucleares correndo em Paralelo , caso contrário , a tal Marinha de 2040 será apenas um Projeto de Papel , como a Esquadra Republicana do Alte Gonçalves , criada pelo Floriano Peixoto .Há um Programa de Fragatas que seriam 12 , porém começando com 4 delas , penso que nenhuma quilha ainda foi batida , caso tenhamos que parar algum programa que seja de Fragatas , a MB do Brasil deve então procurar as chamadas compras de oportunidades no exterior , Submarinos são Prioridades AAA, o Comandante da MB qua saiu veio com a Conversa que construiríamos tudo aqui, mas somente patrulhinhas parecem ser prioritárias na MB , quando aeronaves , drones , dirigíveis deveriam ser considerados e menos barcos Patrulhas. O novo Comandante deve Bater o Martelo com Submarinos , com a Força Aeronaval e com Patrulhamentos por Meios Aéreos , até com Satélites , ou em perderemos Tecnologias caríssimas como das MK10 dos anos 60/70 perdidas , estão empregando mal as Verbas , a coisa esta a Olhos Vistos , somente Cego não vê !
Olá, alguma notícia do Riachuelo após o incidente?
Sim. Está tudo OK com o Riachuelo e continuam os trabalhos.
A pergunta que não quer falar: Pra quê?
Ora, o que fazer após o Prosub? Manter o complexo industrial naval e construir mais submarinos e fragatas ora. Eu hein!!!
Há mais de dez anos atrás, quando o PROSUB foi revelado dentro dos arroubos ufanistas e pseudo nacionalistas que tão bem caracterizavam o malfadado “Brasil PuTênfia”, eu e outros comentaristas alertávamos nas colunas de comentários dos sites de defesa do risco de solução de continuidade do programa, sendo que um deles lembrou que o orçamento anual da força de submarinos da MB é menor que o valor gasto pela RN para livrar seus SSNs descomissionados de vazamentos nucleares.
Por causa dessa opinião fomos chamados de “entreguistas” “traidores da pátria” e “rastejantes”…..
Ocorre que está acontecendo exatamente o que prevíamos….
O que está acontecendo ? Não entendi.
O Brasil já viveu tempos áureos de desenvolvimento de tecnologia de defesa, quer seja terrestre, aeronáutica ou naval, tendo por pura incompetência de governos subsequentes perdido essa tecnologia adquirida, por optar pelas compras de oportunidade de equipamentos alienados por outros países, trazendo por vezes enormes prejuízos ao erário público por compra de equipamentos que não responderam a contento às aspirações do nosso corpo militar.
Adquirida a tecnologia é necessário mante-la e desenvolve-a e isso só é possível com uma indústria que abasteça nossa defesa e também exporte nossos produtos para os países interessados em adquirir nossos produtos de defesa.
Quanto ao PROSUB, foi publicada matéria de que um país asiático já se interessou pela versão brasileira do submarino convencional que tem tonelagem ligeiramente superior ao modelo francês, mas que a Engeprom não tem em seus estatutos previsão para exportação desse equipamento. Isso é lastimável e se for verdade deve ser corrigido até porque é condição primordial para sobrevivência da industria naval de submarinos (única na latino-américa).
Ressalte-se que temos o projeto da fragatas Tamandaré sendo tocado pelo consórcio Águas Azuis, que também deve ser cuidado com o mesmo cuidado. Nesse caso o retrospecto das empresas tanto alemã como brasileira é de um expertise profissional que poderá servir de exemplo para a Engeprom, de quebra também para que se responsabilizar pelas construções dos navios patrulha de 500 tons que tiveram já diversas idas e vindas no seu desenvolvimento por falta de profissionalismo e envolvimento.
Para finalizar só resta dizer que para cada produto de tecnologia militar, cerca de uma centena de produtos para uso civil são desenvolvidos e isso gera muitos empregos e renda que não podemos abdicar de conseguir.
Cabe ressaltar ainda que é obrigação do Estado garantir a continuidade do projeto alternando manutenções e novas embarcações dentro de um plano mínimo de preservação e acúmulo de conhecimento. A prontidão, assim como nas tropas deve existir na cadeia de suprimentos desde a indústria. A Turquia sabe disso e sem entrar no mérito garante sua soberania ( não importa posições ideológicas) investindo na autonomia industrial e quando não as tem busca parcerias pra vencer embargos e deficiências. A China nada produzia e hoje é uma potência exportadora. A.India tem um projeto de ser autônoma nós suprimentos de tecnologias as FAs e mesmo com todas as adversidades com equipamentos ainda necessitando evoluir muito, eles seguem investindo em projetos que nos acreditamos serem muito ruins. Eles tem metas e precisam vencer etapas. A escolha é responsabilizar ou se omitir.
TOT não qualifica instituições, a capacidade se dá na qualificação de pessoas e o uso de novas tecnologias. Se entrássemos em guerra com um inimigo fictício e precisássemos fazer frente e com uma possibilidade de embargo téríamos condições por ter: Matéria prima, mão de obra qualificada, estrutura adequada e tecnologia disponível. Acontece que em qualquer empresa deve haver continuidade. No caso do privado ela quebra, no setor pública ela sucateia. Achar que devemos acabar com TOT ao invés de aposentar os generais em excessos e retrógrados é de uma imbecilidade ruminante. É matar a galinha dos ovos de ouro.
culparr aqueles que decidiram armar o Brasil com equipamentos de ponta da mais alta tecnologia com uma proposta de continuidade com planos definidos é algo boçal e autofágico. Sem entrar na esteira política e analisando pontualmente o caso.
Devemos punir quem não cumpre os planos, devemos responsabilizar aqueles que decidem optar por seu deleite ao invés do coletivo. Senão não vai ter caviar, picanha, uísque 12 anos que de.conta de tantos entes egóicos como os empresários e políticos que legislam para si ao querer furar a fila da vacina.
Seu longo palavrório tem por finalidade justificar o erro cometido com o PROSUB! Estava escrito nas estrelas desde que houve a assinatura da “parceria estratégica” com os franceses que o final seria esse visto que não existe no Brasil demanda a justificar a existência de um estaleiro para submarinos, especialmente em virtude de fatores como a capacidade econômica da nação e os seus interesses geopolíticos.
Mais sábio teria sido estudar detalhadamente o que interessaria ao país produzir para a partir daí investir. O exemplo de Israel está aí para demonstrar seu acerto…
Ou seja, estamos assistindo ao vaticínio de Marx segundo o qual a história se repete ora como farsa, ora como tragédia visto que os erros cometidos durante a Ditadura Militar foram novamente repetidos. Ou seja, o “Brasil PuTênfia” está tendo o mesmo fim do “Brasil Grande”
Não há erro, há sim descompromisso e submissão. Tanto nas FAs quanto entre os de fora. Nas forças até se entende, hierarquia e tal. Fora é pura subserviência ou ignorância. As duas últimas juntas também valem.
Acompanho a defesa brasileira há décadas como civil e neste tempo tomei notícias eufóricas e ufanistas no nascimento de muitos programas e o seu resultado final depois de anos.
Realmente esta prática de transferência de tecnologia tem encarecido enormemente o custo dos meios e acaba não tendo os frutos apropriados por causa da insipiência das indústrias nacionais e da falta de demanda de produção o que mata muitos projetos.
Do que adianta assim transferir tecnologia para algo que será fabricado em quantidades mínimas.
Ao invés de gigantescos programas, deveriam os esforços e verbas serem concentrados em projetar e produzir armamentos e sistemas de combate nacionais, ao exemplo de Israel que importa os seus caças e navios, mas os armar com mísseis, sensores e sistemas de guerra eletrônica próprios.
Claro que não temos hoje condições de produzir equipamentos no estado da arte, mas deveríamos já ter alcancado a capacidade de fabricação nacional de uma ampla gama de produtos bélicos, como ocorre em muitos países como Turquia, Paquistão, Irã e tantos outros, que com economias menores que a nossa apresentam um portifólio imenso de produtos militares.
O Brasil deveria ter uma indústria estatal forte, para ser a casa de mísseis nacional, para ser o berço de outros produtos, uma indústria perene e sob rígido controle governamental devido a sua importância estratégica.
A descontinuidade de tantos projetos bélicos nacionais indica que algo esta errado, vejamos já foram para o passado, veículos blindados, MTB como o Tamoyo e o Osório, o Charrua, uma quantidade razoável de projetos de armas leves, canhões antiaéreos de 20 mm, bombas guiadas como Acauan e muitos mísseis como a família Piranha, o anti radiação MAR 1 e o A-Darter. A própria Marinha também desenvolveu minas navais e sistemas de guerra eletrônica, que nunca mais ouvi falar, não sabendo sequer se foram fabricados. Não há demanda, pois não existem encomendas e assim vai.
Enquanto isso vão os programas para produzir as plataformas com tudo importado e assim sem fabricar um único tipo de torpedo, de mastro retrátil ou equipamento de bordo sofisticado partimos para o projeto de um submarino nuclear.
TOT hoje em dia tem sido pano de fundo para que empresas estrangeiras (detentoras da tecnologia que transferirão) usam dinheiro do contribuinte brasileiro para, por meio da compra das empresas a quem “transferiram” a tecnologia expandir seus negócios no Brasil.
Matéria interessante…. outrossim…. ademais…. sendo assim…. sobretudo….
Fonte: Boletim Geocorrente
…Gostei de ver o velho Fabio com suas old questions…..
Esta Base é mais uma das “Obras Faraônicas” que impulsionaram o desmantelamento da Marinha do Brasil. Masisso não é exclusividade da briosa; agora o Exército Brasileiro irá pelo mesmo caminho com a construção da nova ESA; com tanta prioridade pela frente como por exemlo nossas defesas anti-aéreas de médio e longo alcance , faço esta pergunta: É hora para isso?
Fiz essa pergunta a quem poderia responder, na época em que esse absurdo aconteceu, mas não tive resposta. Provavelmente a pessoa em questão estava no esquema “DCNS (hoje Naval Group)-Odebrecht-MB-Nelson Jobim-Ministério da Defesa-Governo Lula”, por isso o silêncio.
A MB deveria cancelar as Tamandarés e usar o dinheiro para a construção de mais dois SBr mantendo a linha de produção em atividade; com a sobra de recursos investir no projeto do cpn para a construção de corvetas de patrulha, mais simples que as Tamandarés (portanto mais baratas), iniciando um ciclo virtuoso de desenvolvimento próprio de projetos e construção com real conteúdo nacional (não está balela de ToT que aumenta significativamente os preços finais).
Estas corvetas seriam ” preparadas para, mas não com ” sistemas mss, vls e ltp por exemplo, com compras de prateleira dos canhões principais e reuso dos 40 mm da fragata Niterói ja desativada (o que baratearia ainda mais oa custos); numa futura atualização de mia vida, se houver necessidade, estes itens seriam instalados.
A construção do blocos seria na icn e a montagem final e integração de armas e sistemas militares no amrj.
Isto é uma das possibilidades, existem mais mas acho que nosso almirantado está “travado” em planos mirabolantes que nunca levaram nossa industria militar naval a frente.
Concordo plenamente quando diz que “nosso almirantado está “travado” em planos mirabolantes que nunca levaram nossa industria militar naval a frente.”
Se não tem dinheiro nem para o básico, porque insistir em torrar bilhões num projeto de Sub nuclear que se arrasta a três décadas e irá se arrastar por mais uns 15 anos, “se” não houver mais atrasos? E vai ser só uma unidade?
Não estou contestando a eficácia da arma e outros benefícios que poderão advir deste projeto, “porém”, na penúria em que a MB se encontra em se tratando de número e antiguidade de meios, com a grana torrada neste buraco sem fim poderiam ter agora um número mínimamente decente e eficaz de meios de superfície mais modernos, inclusive podendo encomendar mais Riachuelo.
Inclusive pagando mais barato sem essa palhaçada de ToT para construir 5 subs e 4 Corvetas. ToT sem continuidade de encomendas e desenvolvimento é uma farsa.
A mentalidade destes almirantes é a mesma dessas pessoas de renda curta que moram numa casa caindo aos pedaços mas ao invés de usarem o que têm de forma coerente e racional e reformarem a casa torram o pouco que tem com um carro de luxo financiado que não conseguirão manter por necessidade de Ostentar. Chega ser patética tamanha insensatez.
Exatamente o que penso sobre ToT.
Mas o pior é a falta de visão. O EB está desenvolvendo o MTC 300, já era para projetar pensando em versão naval e aérea. O sub nuclear já era para ser projetado para usar esse míssil tbm. A FAB tem a tecnologia para míssil anti radiação e a MB fazendo um míssil anti navio, pq não constar no projeto do MTC 300 logo tudo isso?
A FAB gastou uma grana para desenvolver o A-darter, aí a Marinha escolhe camm para as Tamandaré e o EB escolherá outro para defesa aérea, poderiam fazer um sistema anti aéreo baseado no A-darter. Oportunidade de todo mundo usar o mesmo míssil e ter um mínimo de escala para continuar desenvolvendo… Nada.
Roberto, a Marinha deve pensar do ponto de vista estratégico: a prioridade do país é negar o uso do oceano, daí a necessidade de empregar submarinos principalmente o nuclear por sua autonomia. Autonomia essa que faz jus o emprego desse tipo de submarino já que nossa Plataforma Continental é imensa, tanto que foi batizada não por acaso de “Amazônia Azul”. Se é imensa precisa de um submarino proporcionalmente capaz de cobrir o máximo possível dessa área.
A classe Amazonas tem o porte adequado para patrulha oceânica e é mais barato de operar do que uma corveta quanto ao número de tripulantes e por não portar mísseis, torpedos e sistema antiaéreos que encarece a operação das corvetas. Corvetas são fragatas leves e mais baratas de operar mas tendo navios patrulhas oceânicos sai mais prático empregar esse tipo de navio.
É necessário ter cuidado com compra de prateleira já que nem sempre é viável, ainda mais do ponto de vista econômico e torna o país dependente de apoio internacional. O sobressalentes podem ficar caros por causa de câmbio, cotação do dólar, do euro, queda do preço do barril de petróleo, navios que encalhem no canal de Suez e todos esses problemas que impactam o custo e recebimento de peças.
Basta não construir o SubNuc e sobrará dinheiro para todo o necessário, inclusive as Tamandarés.
Boa tarde amigo Padilha voce pode me dizer em que estagio está o submarino Humaitá,
está em testes de cais ?
obrigado.
abraço.