Dourados (MS), 12/02/2016 – Uma comitiva de países de origem árabe visitou nesta sexta-feira, a convite do ministro da Defesa, Aldo Rebelo, a 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada em Dourados (MS), onde funciona o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira (Sisfron). A comitiva contou com embaixadores e diplomatas da Arábia Saudita, Argélia, Catar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iraque, Jordânia, Kuait, Líbano, Líbia, Liga Árabe, Marrocos, Mauritânia, Palestina, Sudão e Tunísia.
O comandante militar do Oeste, general Paulo Humberto César de Oliveira, e o comandante da 4ª Brigada, general Rui Yutaka Matsuda, foram os anfitriões do encontro. O general Matsuda iniciou sua intervenção explicando que o Brasil tem quase 17 mil km de fronteiras terrestres e falou sobre a proteção dessas áreas: “Alguns países optaram por construir um muro, como os Estados Unidos, na fronteira com o México. Mas ao Brasil interessa o intercâmbio social, cultural e econômico com os países vizinhos. Por isso, optamos por um muro tecnológico, o Sisfron, que é um dos principais projetos estratégicos de nosso país”.
As fronteiras monitoradas abrangem uma população de 10 milhões de pessoas e 29 cidades gêmeas, onde Brasil e país fronteiriço se confundem, como Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, e Pedro Juan Caballero, no Paraguai.
Para o ministro Aldo, o Sisfron “tem despertado interesse em todos os países”, como demonstrou a visita. “Ele pode ser adaptado às necessidades de outros países, e diplomatas que aqui estão vão relatar o que viram a seus governos. O Brasil tem enormes territórios, espaço aéreo e marítimo, e queremos compartilhar nossa experiência com os países amigos”, ressaltou o ministro.
O representante da empresa Savis, Marcos Tolendal, responsável por implementar o aparato tecnológico do Sisfron, fez uma apresentação de seu funcionamento. Em seguida, foi feita uma demonstração do funcionamento do sistema. Os integrantes da comitiva fizeram perguntas sobre custos e detalhamento das operações do Sisfron e o compartilhamento de informações com os países fronteiriços. As questões foram respondidas pelos generais Matsuda e Paulo Humberto e pelo comandante do Estado Maior de Exército, general Sérgio Etcheguyen.
Falando em nome da comitiva , o decano dos diplomatas e embaixador da Palestina, Ibrahim Mohamed Khalil Alzeben, disse esperar encontrar em sua região, um dia, “esta paz e colaboração que existe entre o Brasil e seus vizinhos”.
Os visitantes também viram veículos e instrumentos militares de defesa e monitoramento utilizados e produzidos no Brasil.
FONTE: Ascom
FOTOS: Gilberto Alves
Ótima noticia
Brasil transferindo tecnologia. Se você quer ser (e ser visto como…) grande/relevante, tem que pensar grande. Exportar o Sisfron, Sisgaaz e outras capacidades técnicas e tecnológicas podem ajudar no desenvolvimento do Brasil. Por isso, também, não faz sentido chamar o empreendimento de Itaguaí como megalomaníaco ja que ter a capacidade de erguer aquela estrutura é paralela á grandeza natural e territorial do Brasil.
Não queria me profundar nesse tema dos submarinos aqui, mas só para complementar e dar mais sentido a minha opinião sobre a base, o Titanic era muito grande para a tradicional oficina da Harland &Wolf (estaleiro). Então uma estrutura proporcional ao porte do Titanic e seus irmãos teve que ser erguida.
Portanto, ser grande é se beneficiar de sua capacidade exportando tecnologia e se valer de enormes infraestruturas que atendam a demanda exigida pelos projetos importantes.
Se o estaleiro irlandês mantivesse a mesma estrutura adequada para navios bem inferiores ao Titanic este navio não poderia existir. Ambição gera desenvolvimento.
Concordo com cada palavra.