Almirante detalhou à Comissão de Relações Exteriores projetos estratégicos do setor, como o de submarinos e o da construção de corvetas
Por Luiz Claudio Canuto
Os programas de desenvolvimento de submarinos, do submarino nuclear e da construção das corvetas de classe Tamandaré foram apontados pelo comandante da Marinha, almirante de esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, como os principais a serem executados pelo setor.
Em audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, nesta quarta-feira (24), Bacellar disse que a Marinha poderia se reaparelhar se recebesse um orçamento de R$ 3,2 bilhões por ano. Atualmente, a Força recebe em média R$ 2,3 bilhões.
No andamento dos projetos estratégicos, em março do próximo ano, segundo o comandante, deverão ser inauguradas as novas instalações da base brasileira na Antártida, que foi destruída num incêndio em 2012.
O primeiro dos quatro submarinos convencionais será lançado em julho de 2018. Após um ano e meio, sairá o segundo; os demais, a partir daí, serão lançados anualmente.
O almirante ressaltou a importância desse programa. “É caro, nós já gastamos muito nele, já chegou ao ponto de não retorno. Ele está trazendo ao Brasil uma capacitação que já tivemos e perdemos.” O custo total do programa chega a R$ 32 bilhões, dos quais R$ 14 bilhões já foram gastos.
O orçamento inclui o submarino nuclear brasileiro, que tem previsão de começar a ser construído e 2020, e lançado ao mar em 2027.
Também estão sendo construídos um estaleiro e uma base naval em Itaguaí (RJ), que, segundo o comandante, não devem abrigar apenas submarinos, mas servir a outros navios e à construção de embarcações.
Navios
Já a construção das corvetas de classe Tamandaré são uma necessidade, segundo Bacellar, pois representa a evolução da corveta Barroso, atualmente em operação. O tempo médio de duração de um navio é de 25 anos, e alguns no Brasil têm mais de 40 anos.
O almirante citou como exemplo a fragata de classe Niterói, que está no Líbano comandando uma força-tarefa de seis navios, a única força marítima das Nações Unidas em atividade, já há 5 anos.
“O navio está bonito, impecável, funciona, mas tem 40 anos, quando foi feito para 25 anos. E assim são todos os navios de superfície. Para substituí-los, é preciso que construamos mais, ou vamos perder essa força em pouco tempo.”
O Brasil já teve 18 navios de escolta. Hoje, são pouco mais da metade. O programa de quatro corvetas visa atenuar o problema.
Relações Exteriores
Presidente da comissão, a deputada Bruna Furlan (PSDB-SP) afirmou que o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, também será ouvido sobre os programas da Marinha.
“Nós entendemos que não há diplomacia sem um braço militar, e não há como resolver os conflitos sem a diplomacia. Portanto, relações exteriores e defesa nacional caminham juntas.”
Bruna Furlan, junto com o deputado Pedro Fernandes (PTB-MT), foi autora do requerimento para o debate.
A audiência pública faz parte de um calendário de encontros com os comandantes das Forças Armadas. Na semana passada, a comissão recebeu o comandante da Aeronáutica, tenente- brigadeiro do ar Nivaldo Rossato. Na próxima semana, deve ser ouvido o comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas.
FONTE: Agência Câmara de Notícias
Edição – Rosalva Nunes
Gabriel MB tem muito em que pensar e investir para se dizer uma força naval pois na minha opinião de força hoje não tem praticamente nada, mas vamos ao que interessa eu acho que uns 10 subs normais e uns 4 ou 5 nucleares já estariam de bom tamanho e poderia ser feitos depois da entrega desta compra de 2 em 2 para deixar verba para o setor de superfície que esta afundando rapidamente, corvetas e fragatas estão em prioridade neste caso e em quantidade suficiente para formar dois grupos de ataque e ainda sobrar pois temos o Bahia e futuramente teríamos que ter mais um para este emprego e também 1 ou 2 NAE que pensando somente nestas construções já deixam nossa industria naval mais de 30 anos ocupadas. É bom ele conseguir algo a mais mesmo pois deste jeito um planejamento destes acaba virando fácil 100 anos e na metade dele já tem meios no estado que esta hoje precisando ser trocado urgentemente.
Precisamos ser focados e deixar de gastar em coisas desnecessárias para o momento e focar tudo o que puder para realizar etapas deixando assim problemas resolvidos de vez por pelo menos 15 ou 30 anos, corvetas novas bem planejadas tem 15 anos sem problemas, faz uma boa compra agora de terço ou metade, vai pra fragatas e outros meios em seguida sempre usando a mesma estratégia e depois de 10 anos inicia tudo novamente com a segunda compra de produtos mais atualizados assim aumentamos nossos meios e sempre temos meios novos chegando.
Queira Deus que estas audiencias surtam efeito prático.
Realmente como realçou o almirante é bonita esta em bom estado mas tem 40 anos e um sistema de propulsão duvidavel.Agora discordo dele no ponto que o valor de 3,2 bi seriam suficientes,acho que esse valor seria superior ,mas entendo ele,pediu isso para ver se consegue alguma coisa(o que acho pouco provavel),mas vamos torcer ja que tantos bi são disperdiçados anualmente com empresas de interesses excusos.Agora uma coisa e um detalhe que me chamam a atenção é:”é caro ,é demorado e trará uma capacitação que o Brasil ja perdeu”,espera como assim perdeu não foi desenvolvido nada pertinente a classe dos submarinos alemães,é sempre uma coisa que me questiono porque não continuar desenvolvendo o versões do Tikuna(Quando digo isso me refiro ao fato de construir paralelamente aos escorpenes,pois já dominamos a forma de construção ,ou não ne senhor almirante) ja que em breve o Tupi terá que dar baixa se não me engano porque convenhamos 4 escorpenes é muito pouco para um projeto tão oneroso e demorado.Espero de verdade que saiam pelo menos uns 20 .15 já seriam satisfatorios devido ao nosso pessimo historico em em começar algo e parar,no mais é isso espero de verdade que o almirante consiga esses 3,2 bi não sei da onde mas que consiga,nosa Marinha clama por isso.
Enquanto a marinha solicita pelo menos R$3b por ano para operar razoavelmente (já descontados os custos e outras despesas da instituição) o BNDES libera mais de 7 para empresas enriquecerem, e de quebra ainda causar uma crise ainda mais delicada no Brasil – isso quando não constrói portos em outros países.
Falando em forças armadas, quero destacar uma nota á parte onde a Mirian Leitão classificou os militares de “fantasmas”, ao tratar o tema da atual situação política se referindo á chamada ditadura. Só para registrar a que ponto chega a ignorância de nossa sociedade para com os militares. Sei que você não gosta de tratar de temas políticos em seu site Luiz, ainda que não seja uma manifestação recorrente já em respeito ao seu espaço, mas é necessário termos essa percepção de como nossos militares são tratados por essa mídia nojenta (“esquerdista”).
Desculpe o desabafo!
Sobre a construção e permanência de outros navios em Itaguaí é algo muito importante. No caso da construção, as embarcações se limitarão a 8 mil toneladas que é a capacidade de carga do elevador disponível no estaleiro. As corvetas Tamandaré podem inaugurar essa nova estrutura de construção dessa categoria (de superfície).