Por Guilherme Wiltgen
Na quarta-feira (23), a Itaguaí Construções Navais (ICN) recebeu a visita do Comandante da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos e sua comitiva, além de diversos membros do Almirantado.
Inicialmente, se reuniram para tratar de detalhes do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), e na sequência o Comandante da Marinha e sua comitiva, foram acompanhados pelo Sr. André Portalis (CEO da ICN), conhecer de perto cada detalhe das instalações da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), o Estaleiro de Construção (ESC) e todo o Complexo Naval de Itaguaí, incluindo a Base de Submarinos da Ilha da Madeira (BSIM), onde ficaram baseados os quatro submarinos da Classe Riachuelo.
O AE Garnier pode verificar o atual estágio das atividades que envolvem a infraestrutura, a construção e a operação dos novos submarinos brasileiros, observando o quanto o programa avançou, mesmo durante o período da pandemia, além dos desafios naturais e dificuldades que envolvem projetos de tal envergadura.
Segundo o Comandante da Marinha, “as notícias são positivas. Até o final deste semestre o Riachuelo, primeiro navio da classe, será entregue ao setor operativo da Marinha, pronto para a missão de patrulhar e defender a nossa Amazônia Azul. Nos próximos anos, serão incorporados o Humaitá, o Tonelero e o Angostura”.
Com relação ao Submarino Convencional de Propulsão Nuclear (SCPN), o Comandante da Marinha disse que “ainda em 2022 terá início a construção do Álvaro Alberto, primeiro submarino com propulsão nuclear”.
Batalha Naval do RIACHUELO, dia 11 de Junho. Aposto nesta data. Dia da Marinha do Brasil.
Antes de incorporar haverá lançamento real do SM-39 e do Tp F21 em alguns alvos, pois Submarino sem armamento é uma piada cara demais…
Um país que “desaprendeu” a construir uma simples corveta pois depende de grupos estrangeiros para tal, dificilmente conseguirá desenvolver tecnologia própria relacionada a submarinos modernos. Discordo de certas opiniões acima.
Some a esse problema contingenciamentos de verba, corrupção, construção de estádios (politicagem) e negligência do próprio povo em relação a soberania nacional. Era para o Prosuper estar entregando navios agora! O problema não é uma corveta, que de simples não tem nada, ou um navio patrulha de 500t mas essas condições políticas. Navios estão longe de ser simples para construir, por mais compactos que possam ser, ainda mais se tratando de navios militares. Hoje em dia não se constrói um navio inteiramente nacional, existem “fornecedores” externos com mais experiência. A Marinha tem capacidade de construir seus submarinos mas não é algo que depende exclusivamente dela, eles são subordinados ao poder político de onde vem a verba de que necessitam para a manter sua operação.
Meu grande receio e que este programa fique reduzido a estes 4 SSK’s. Penso que a falta de encomendas adicionais, a princípio 1 ou 2 unidades, daria mais robustez ao PROSUB em todos os aspectos, sejam eles industriais, econômicos e financeiros.
Mas o certo é ficar “apenas” com esses exemplares do Scórpené mesmo, para que um segundo lote desse tipo seja desenvolvido totalmente pela Marinha, ainda que baseado nessa classe. Daí a transferência de projeto do Prosub. Em outras palavras, se por um lado você está certo em ter mais encomendas de submarinos “básicos” (a Marinha queria 15 unidades) por outro não faz sentido mais Scórpenés (um produto francês) e sim uma nova geração de submarinos de projeto nacional. Quem lida com esses temas sabe que 4 unidades é pouco, pelo menos para o porte do Brasil.
Em verdade, após o Álvaro Alberto, a Marinha quer ter um submarino convencional de projeto próprio, pois assim não precisará pagar Royalties a empresa dona do projeto. Mas antes, vamos de Álvaro Alberto.
Uma forma com eufemismo de anunciar mais um atraso. Depois de um atraso considerável, chegaram anunciar a entrega para Novembro, depois Dezembro, depois Abril e agora jogaram para ainda nesse semestre.
E ainda saímos no lucro porque a crise de pandemia não afetou o projeto e nem foi adiado para o ano que vem. Quer dizer: poderia ter sido muito pior.
Construir, treinar tripulação e introduzir um sistema de armas complexissimo e de alto poder de combate como um submarino desse tipo requer muito tempo, são inúmeros obstáculos e dificuldades.
Eu prefiro que leve o tempo que a marinha precisar, mas que quando finalmente concluir, esteja o sistema plenamente operativo, eficiente e capaz de ser um elemento disuasorio de alto nível. Entrar em serviço de maneira irresponsável e corrida, só para dizer que entrou em serviço, é algo de um amadorismo que não esta no padrões da MB.
Saudações
Concordo plenamente, veja quantos projetos da marinha do EUA, que foram acelerados e fracassaram e levaram até vida de elementos militares, acrescido de dinheiro e vergonha a Armada. Portanto devagar se vai ao longe.
Show !
Quando?
Infelizmente não posso te falar a data porque a MB ainda não anunciou oficialmente, mas está marcada para antes do final do semestre.
Vamos investigar se tem alguma data festiva da MB nesse período, ai teremos 90% de chance de acertada a data da entrega.
A data escolhida não tem nenhuma relação com datas comemorativas da MB…
Última notícia que eu tinha do ssn era que existia dificuldades técnicas relacionadas ao reator que estavam ameaçando o projeto. Como certificação do combustível, por exemplo. Tudo isso foi superado ou está em vias de ser superado?
Em 2022 vão começar a produzir o casco?