Por Roberto Caiafa
O Porto de Paranaguá recebeu na última segunda-feira (19) um carregamento com 52 veículos blindados (usados) destinados ao Exército Brasileiro (EB), desembarcados do SLNC CORSICA.
Cedidos em condições vantajosas pelo United States Army via Foreign Military Sales (FMS), deverão passar por uma adaptação para os padrões do EB.
O recebimento desses blindados envolveu o 5º Batalhão Logístico (5ª Brigada de Cavalaria Blindada), o 5º Parque Regional de Manutenção, a 5ª Região Militar e a Diretoria de Material do Exército.
Ao todo, quatro tipos foram recebidos. As 34 unidades do M-577 (12 toneladas), veículo de esteiras usado como posto de comando e ambulância, são os mais aguardados, já que sua posse significa o fim de uma antiga lacuna operacional.
Outras 12 unidades do M-113 (11 toneladas) utilizado como transporte de sistemas de artilharia e tropas foram desembarcados, mais quatro unidades do M-88 (52 toneladas), estes usado para salvamentos e socorro pesado (veículo especializado de resgate) de carros de combate.
Fechando os trabalhos em Paranaguá, dois obuseiros autopropelidos M-109 (22 toneladas, 155 mm) foram entregues. Essa dupla deverá fornecer peças a frota desse modelo existente no Exército enquanto um lote de 36 unidades mais modernas, adquiridas via Foreign Military Sales (FMS), estão sendo submetidas a modernização pela BAE Systems América nos Estados Unidos.
Segundo o coronel Everton Pacheco da Silva, da Diretoria de Material do Exército, o Porto de Paranaguá foi o escolhido para a operação pela experiência na movimentação de cargas especiais das Forças Armadas.
“Sempre que trazemos peças e equipamentos de fora, usamos o Porto de Paranaguá. Além da proximidade de Curitiba (capital do Estado do Paraná, sul do Brasil), o porto tem tradição neste tipo de operação”, afirma o militar. Em 2012, uma movimentação parecida já aconteceu por ali. Na época, foram desembarcados carros de combate provenientes da Alemanha.
FOTOS: Porto de Paranaguá e EB
Não vejo desvantagem alguma nessa aquisição. Os M-113 são e serão usados ainda por muito tempo pelo EB, tanto que está em andamento uma modernização, muito bem feita, de toda a frota de 586 unidades desse modelo, sendo que já foram completados os 150 primeiros e o segundo lote, de 236 unidades, já está sendo modernizado. Acredito que esse 12 novos também passarão pelo mesmo processo. Os M577 também deverão ser atualizados e tem um valor operacional bastante grande. Poderíamos, em um mundo ideal, possuir M-2 Bradley e M-1 Abrams ou Leopard 2A7…. mas os equipamentos que temos hoje, M-113 modernizados e Leo 1A5 nos atendem muito bem….e é o que podemos operar e manter…..quando, e se, tivermos um orçamento maior poderemos pensar em equipamentos mais sofisticados e capazes…..fora isso, é apenas exercício de achismo.
Caro AJ, não vejo problema comprar equipamentos usados, desde que ainda sejam utilizáveis e que possam receber atualizações, caso contrário não adianta comprar algo inútil e servir de estoque de ferro velho. Claro que gostaria de ver equipamentos mais novos, mas infelizmente a atual condição financeira não nos permite e creio que mesmo com condições dificilmente veremos, os nossos governantes não abrem muito a mão para as forças armadas.
Esse Leonardo é sempre do contra, nunca o vi postar nada elogiando algo ou falando bem, somente das falcatruas megalomaniacas para tirar sempre um caixa 2 das negociações do governo deposto, e a propósito, FMS não é doação o nome já diz tudo Foreign Militar “SALES”, pega um dicionário que você vai ver que a tradução de sales é venda e não doação, valeu? Beijos de luz!
Leonardo, esses tanques não foram doados. Nos foram vendidos através do FMS.
Do que está aí, o que penso ser de maior presteza é, sem dúvida, o M-577 e o M-88… Os M-113 e M-109 podem muito bem ser convertidos em peças de reposição pra manter o que já tem…
Aliás, acredito sim que o Brasil deveria fazer o mesmo e por pra fora o que for excedente. Helicópteros UH-1H, Tucanos, carros M-41… E que se abra espaço para material mais recente… E excedente parado também tem seus custos…
Pablo, é difícil agradar o chato.
Precisamos também de massa, esse País é muito grande, falta ocupar mais os espaços.
O material é todo compatível com o que já temos, facilita até a logística de peças.
Qual o problema que sejam usados, né?
Acho que seria bom criticar menos e apoiar mais, infelizmente não temos dinheiro para jogar para o alto (ainda mais com essa crise), então o que chegar para as forças armadas que ainda for utilizável é bem vindo na minha opinião. Quando o governo anunciou o Gripen muita gente foi contra, por ser monomotor, por ter pouca autonomia e bla bla bla, agora que chega esses veículos usados também reclamam. É difícil agradar o brasileiro
Nem isso, os M 109 so servirao como spare parts…….qto aos M 113 e M 88, tbm serao reformados no PaM em Curitiba. Esta equacao eh temporaria no medio prazo principalmente pela dilatacao no prazo para as entregas do Guarani q tbm ira demorar muito mais.
Quando da doação de um AT 27 para um pais africano muitos criticaram e diziam que tratava-se de um absurdo. havia postado sobre doação de equipamentos dos EUA e que era uma prática comum e por causa disto me criticaram afirmando que o tio sam não mfwziw doações. Bem, nada como um dia após o outro.
Os M-109 e os M-88 são bem vindos… já o resto…
Existe muita critica sobre o recebimento desses materiais por serem usados. Mas quando a marinha constrói bases e submarinos é considerado megalomania dos militares. Se compra algo caro, está errado; se recebe doação, está errado. Nessa lógica deveríamos receber materiais meio-termo: nem muito caro, nem muito barato.
O certo seria desenvolver, caso do Guarani, mas como se os militares não recebem 2% do PIB para um país que ocupa a sexta posição na economia mundial? Como se resolve essa equação?
Criticar é muito fácil…
Nunca tinha visto um veículo militar com camuflagem nas cores violeta e rosa.
Mesmo que não tivessemos condição de comprar um lote grande de Bradley poderiamos comprar aos poucos é preferivel ter qualidade do que quantidade iamos desfazendo aos poucos desses M113 eles só servem mesmo para transporte de tropas não tem condições de enfrentar um VCI nem acompanhar nossos blindados a nossa doutrina é da guerra do Vietnã
Enquanto isso a lacuna de um VCI continua em aberto. Poderiam aproveitar o FMS para trazer alguns M-2 Bradley ou então comprar o Marder dos estoques do Bundeswehr mas parece que o EB continua fazendo ouvido de mercador…