Por Giulia Costa
RIO – O porta-aviões São Paulo , que esteve entre os cinco maiores do mundo, poderá ser leiloado em janeiro de 2020. Antes, já com data marcada, no dia 9 de dezembro, acontecerá uma audiência pública onde os interessados poderão se apresentar à Marinha, para realizar cadastramento e credenciamento para o leilão do casco do gigante de 32, 8 mil toneladas comprado da França em 2000. O navio atracado na Ilha das Cobras já sofreu com um incêndio e quase se tornou um museu flutuante.
Os interessados em adquirir o casco da embarcação, que está no Cais Norte do Arsenal de Marinha, podem agendar visitas de inspeção até o dia 6 de dezembro. O leilão acontecerá no Recreio, e a firma João Emílio Leiloeiro é a responsável por receber as ofertas. O lance mínimo de alienação é R$ 5.309.733,65. O comprador precisará, ainda, arcar com os custos de remoção do navio da Baía de Guanabara.
O destino provável é o mesmo de seu antecessor, o porta-aviões Minas Gerais (antes pertencente às Marinhas britânica e australiana), que operou entre 1960 e 2000 no Brasil até ser vendido como sucata e parar no “cemitério dos navios” em Alang, na Índia. O São Paulo tem grande quantidade de amianto, que se não for retirado, pode atrapalhar a venda.
Em 2012, a embarcação foi atingida por um incêndio que deixou um morto e dois feridos. O fogo consumiu um alojamento de praças, localizado na popa do navio. Segundo a Marinha, o motivo do incêndio foi uma pane elétrica.
O navio foi construído na França entre 1957 e 1960 tinha o nome de FS Forch antes de ser repatriado por US$ 12 milhões. O modelo da Classe Clemenceau tem 265 por 51 metros e capacidade para transportar até 40 aeronaves de asa fixa e helicópteros. Segundo a Marinha brasileira, o “navio-aeródromo” navegou 85.334 km e realizou 566 lançamentos de aeronaves.
O São Paulo era o único porta-aviões da Marinha brasileira, e o maior navio da frota. Nos 17 anos que permaneceu em plena operação por aqui, ele ficou um total de 206 dias na água, o que equivale a menos de 3,1% do período em que foi usado pela Marinha.
O navio foi desativado em 2017, e desde então entusiastas tentam formas de revivê-lo. Há um ano um grupo de ex-militares formou o Instituto São Paulo|Forch, com o objetivo de transformar o navio num museu flutuante. Segundo o site do projeto, a ideia era criar áreas de exposição no convés do São Paulo, além de restaurantes, cinemas, escritórios e salas de aula. Para isso, o navio seria transferido para o porto de Santos e o grupo procurava por investidores e incentivo público, mas a ideia foi por água abaixo.
FONTE: O Globo
A MB não necessita deste tipo de embarcação isso é um luxo desnecessário e inútil para a nossa já combalida marinha !
O “Foch” foi comprado para durar outros 15 anos no máximo 20 , quando então um NAe novo estaria sendo construído provavelmente um projeto francês . Quando se percebeu, já nos primeiros anos após a incorporação do “São Paulo” que não seria possível iniciar a construção de um NAe por volta de 2015 tentou-se um plano B que resultaria na modernização do NAe, para faze-lo durar por 30 anos postergando a construção de um novo, mas, nem isso foi possível.
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Em 1999 quando se iniciaram as tratativas para a compra do “Foch” ,depois de já terem sido adquiridas aeronaves
A-4 do Kuwait pareceu uma boa ideia, mas, quem poderia adivinhar tudo o que estava prestes por vir.
Isso foi uma piada de péssimo gosto. Dinheiro público direto para o ralo.
Vai tarde.
Na minha opinião algum navio da classe Niterói deveria ser preservado para se tornar um museu flutuante, isso por toda sua história e tudo o que representa para seus marinheiros
Pior compra da marinha brasileira ! Nunca devia ter comprado esse troço !
Até pra vender vai dar trabalho!
Que venda logo
E abra espaço para uma nova marinha de guerra.
Vai para o lugar para onde deveria ter ido desde o momento em que a França o descomissionou, o ferro velho.
Que este tipo de erro jamais se repita por aqui de novo.
Estima-se de 500 a 1000 toneladas de amianto a bordo de navio dessa, classe, como anteriormente aconteceu com irmão Clemenceau, foi rejeitada sua venda para Alang, Supremo indiano rejeitou desmantelamento de porta-aviões francês (Clemenceau) por falta de segurança para o ambiente e operadores ( Comissão de Controle de Resíduos Perigosos, “Não houve transparência na transmissão das informações. Não é desejável deixar entrar o navio em águas [territoriais] indianas”), sendo que Able UK, em Hartlepool na Inglaterra aceitou o desmonte, fato ocorrido em 2009.
Exato Marcus. É capaz de ainda gastarmos mais dinheiro com ele, para remoção do material do que conseguirmos lucrar alguma coisa com sua venda.