O governo belga tomou a decisão de substituir os caça minas da Marinha. Didier Reynders, Ministro da Defesa, anunciou que o Conselho de Ministros endossou a escolha do consórcio francês formado pelo Naval Group e pela ECA Robotics para a substituição dos seus caça minas (seis para a Bélgica, seis para a Holanda).
O preço de compra é de 2,6 bilhões de euros, dos quais metade (1,115 bilhão) será pago pela Bélgica. As duas empresas francesas Naval Group e ECA-Robotics juntaram forças para conquistar este mercado. Este consórcio ganhou de dois outros competidores, o grupo holandês Damen Schelde, associado à empresa Imtech België e um consórcio chamado Sea Naval Solutions, reunindo os estaleiros da Thales, incluindo a Thales Belgium, a STX France, a Socarenam e a empresa Antwerp Engine Deck Repair (EDR).
O consórcio vencedor prometeu a criação de 4 bilhões de euros em volume de negócios e 7.000 postos de trabalho na Bélgica ao longo de 20 anos. Os retornos econômicos são de 50% na Flandres, 35% na Valónia e 15% em Bruxelas. Para efeito, já foram assinadas 39 parcerias com empresas belgas.
Além da criação de um centro industrial de excelência no campo da luta contra as minas navais, uma fábrica de produção de drones (1.550 drones, incluindo 1.300 drones submarinos de destruição de mina) será estabelecida em Zeebruges. A manutenção será 100% belga. O contrato para a parte belga é estimado em 1,1 bilhão de euros.
“A capacidade futura usará sistemas não tripulados na superfície, acima do nível da água e debaixo d’água para detectar e neutralizar as minas. Graças a este novo método de trabalho, a nave-mãe e sua tripulação poderão ficar fora do campo minado porque somente drones irão operar lá”, explica a declaração.
A Marinha da Bélgica está implementando um conceito inovador nesta embarcação de contramedidas de minas (MCM). Ela pretende continuar sendo pioneira e especialista internacionalmente reconhecida na luta contra as minas. Esses caçadores de minas terão mais de 80 metros de comprimento e poderão acomodar até 63 tripulantes. Eles serão maiores do que os atualmente possuídos pelo Componente Marítimo.
O dossiê foi adiado por três meses, especialmente por causa de sua complexidade, explicou o ministro Didier Reynders em comitê esta semana. O governo, no entanto, estava determinado a tomar uma decisão antes do final da legislatura, fechando assim os principais casos de investimento militar.
A entrega do primeiro caça minas é esperada para o final de 2023. A partir de 2025, os navios serão entregues alternadamente à Holanda e à Bélgica. A última entrega está prevista para 2030.
FONTE: Navyrecognition
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
e a nossa marinha tem estudos para caça-minas? e se estaria entre as prioridades da marinha?
O Brasil está negociando os caça-minas da Suécia, são muito bons, apesar de usados. Atualmente temos caça-minas, porém são antigos.