Por Carley Welch
As nações da AUKUS fizeram progressos no afrouxamento das barreiras regulatórias quando se trata da troca de tecnologia de defesa para a iniciativa Pilar II da aliança, mas uma autoridade australiana disse que ainda há muito mais burocracia a ser eliminada.
“Se vamos entrar nesse esforço, temos que estar comprometidos em criar oportunidades para acelerar e colocar a tecnologia nas mãos de nossos combatentes”, disse o Comodoro David Frost, adido naval da Marinha Real Australiana, a uma audiência aqui na conferência West na quinta-feira. “Isso só pode ser alcançado se derrubarmos muitas das barreiras para isso, uma das quais são as licenças que são necessárias para que compartilhemos.”
Frost estava se referindo a licenças ainda retidas sob a Excluded Technology List (ELT), uma lista que, como o próprio nome sugere, identifica tecnologia que ainda é controlada por regras de exportação onerosas como o International Traffic in Arms Regulations (ITAR) do governo dos EUA. Em agosto, os EUA aprovaram novas regras ITAR para acelerar o compartilhamento de tecnologia relacionado ao AUKUS, mas especialistas e legisladores pediram que a aliança fosse mais longe. Frost sugeriu que isso está em andamento.
“Então, Austrália, e particularmente em Washington, com o Departamento de Estado, com o Pentágono, com a Marinha, temos estado muito focados nessa lista de tecnologia excluída para garantir que seja o mínimo possível para que possamos compartilhar essa tecnologia. Já chegamos lá? Não, não chegamos”, ele disse. “Precisamos nos concentrar nisso para que haja mais trabalho a ser feito.”

Frost disse que reduzir a lista de tecnologias excluídas ajudará a fortalecer não apenas os esforços do Pilar II, que incluem recursos como hipersônicos, autonomia, IA e outras armas avançadas, mas também dará às pequenas empresas a oportunidade de mostrar suas capacidades.
“Estamos comprometidos em criar um ambiente onde não apenas os clientes que têm a capacidade de operar em um ambiente ITAR, porque eles têm recursos e pessoas que fazem isso como parte de seus negócios, mas também as pequenas empresas, as PMEs [pequenas e médias empresas] que têm uma tecnologia realmente boa que pode ser compartilhada e chegar às mãos do combatente”, disse Frost ao Breaking Defense nos bastidores do evento.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Breaking Defense