O ano de 2021 representa um marco na história recente da Marinha. Pela primeira vez, as Aspirantes da Escola Naval poderão optar pelos Corpos da Armada e de Fuzileiros Navais, ampliando, assim, o número de oportunidades e possibilidades em suas carreiras. Anteriormente, as Aspirantes eram, automaticamente, direcionadas para o Corpo de Intendentes. A partir deste ano, portanto, as futuras Oficiais poderão escolher em igualdade de condições com os Aspirantes do sexo masculino.
A primeira turma que poderá usufruir desta ampla escolha está, neste momento, a bordo do Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico” participando da “Aspirantex/2021”. Ao final da Comissão, após conhecerem as diversas atividades desenvolvidas nos navios, os Aspirantes e as Aspirantes do 2º ano farão a escolha que norteará suas carreiras. O Comandante da 2ª Divisão da Esquadra (ComDiv-2), Contra-Almirante Eduardo Augusto Wieland, responsável pelo Grupo-Tarefa que executa as atividades da “Aspirantex/2021”, acredita que essa mudança permitirá a descoberta de novos talentos e aptidões. “Ao optar pelos Corpos da Armada e de Fuzileiros Navais, em um futuro próximo, as mulheres poderão pilotar uma aeronave ou mesmo comandar navios e grupamentos operativos de fuzileiros”, declarou o Comandante do Grupo-Tarefa.
A bordo do NAM “Atlântico”, sete Aspirantes da turma começam a identificar suas preferências. A Aspirante Maria Santos, por exemplo, já se encantou pela sensação de navegar. “É bem melhor do que eu imaginava. Acompanhar as decisões de navegação, dias de mar, contar a derrota… Sensação boa é estar no meio do mar. Fiz a inscrição para o concurso da Escola Naval quando soube que poderia escolher o Corpo da Armada”, declarou.
Ao optar pelo Corpo da Armada, as Aspirantes poderão, ainda, se capacitar para integrar a Força Aeronaval. Na “Aspirantex/2021”, as Aspirantes Milena Silva e Isabela Ferreira têm a oportunidade de conhecer mais sobre a carreira dos pilotos de aeronaves, a fim de definirem suas opções.
A Aspirante Iana Duarte, por sua vez, disse que se identifica com as atividades realizadas pelos Fuzileiros Navais (FN). Ela sonha em fazer parte de um grupamento operativo de FN e disse que a principal motivação está em superar os próprios limites físicos e psicológicos. “A gente chegar onde está agora, podendo escolher ser Fuzileiro Naval, é resultado da dedicação, do esforço e do profissionalismo de todas as mulheres que já ingressaram na Marinha do Brasil”, afirmou a Aspirante.
Visando contribuir com os setores de administração, logística, distribuição e abastecimento da Marinha, a Aspirante Beatriz Melo pretende optar pelo Corpo de Intendentes. Para a Aspirante, ampliar as possibilidades de escolha para a carreira mostra que existem mulheres militares com perfil para cumprir todo tipo de missão. “Teremos mulheres comandando meios, pilotando aeronaves. E eu posso contribuir para o aprestamento e pleno funcionamento de tudo isso. As oportunidades que a Marinha oferece não têm em lugar nenhum”, enfatizou.
FONTE: MB
Este é o término de um longo processo que começou com a Criação do Corpo Auxiliar Feminino em 1979/80.
Que por sinal assisti (de longe) como Aspirante na Escola Naval em 1981 quando da formação da primeira turma de oficiais femininas foi feita em parte na parte baixa da Ilha de Villegagnon…
A partir da opção de carreiras destas Aspirantes a integração das Mulheres na Marinha se matura de forma definitiva na plena vida operacional da força nos Corpos da Armada e do Corpo de Fuzileiros Navais pelas mesmas vias de carreira tradicionais dos homens.
Um momento histórico naval sem dúvida alguma para as mulheres militares brasileiras na Marinha do Brasil…
Excelentes colocações Giba! Parabéns!
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