Em 15 de abril de 2020, a cerimônia de transferência da Marinha do Chile para as fragatas FFG 05 Melbourne e FFG 06 Newcastle, classe Adelaide da frota australiana ocorreu na base naval australiana Watson em Sydney em Sydney 15, 2020.
Ambos os navios foram comprados sob o programa Puente IV para substituir a frota chilena de duas ex-fragatas holandesas do tipo Jacob van Heemskerck (tipo L) construídas em meados da década de 1980, compradas pelo Chile em 2005 e incluídas na Marinha do Chile sob o mesmo nomes e números, FFG 14 Almirante Latorre e FFG 11 Capitão Pratt. Ambas foram retirados da frota chilena em dezembro de 2019.
A Marinha Australiana tinha seis fragatas do tipo Adelaide, das quais quatro foram construídas nos EUA no início dos anos 80 (todas foram desativadas de 2008 a 2017), e as duas últimas foram a Melbourne e Newcastle na Austrália, sob licença americana e comissionadas em 1992-1993. Ambas foram retiradas da frota australiana em novembro e junho de 2019, respectivamente.
Note-se que no início de 2010, esses dois navios na Austrália passaram por modernização, com a atualização de parte de sistemas de armas e eletrônica e a instalação de um lançador vertical adicional Mk 41 para o sistema de defesa aérea ESSM. O interesse em adquirir essas duas fragatas, que são relativamente jovens e em boas condições técnicas, tem sido expresso por vários países desde 2017, incluindo Polônia e Grécia, mas no final, a Marinha do Chile as comprou.
A data de chegada das fragatas compradas da Austrália ao Chile ainda é desconhecida, pois em 31 de março o coronavírus foi detectado em 15 equipes chilenas que chegaram à Austrália e agora a base de Watson está fechada para quarentena. Caracteristicamente, a transferência de fragatas não encontrou nenhuma reflexão sobre os recursos oficiais da Marinha do Chile.
FONTE: NavyRecognition
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
Com isso, a Marinha Chilena é a primeira da América Latina a operar mísseis de lançamento vertical, dos VLS Mk 41.
Não que faça muita diferença, mas no parágrafo… ” Note-se que no início de 2010, esses dois navios na Austrália passaram por modernização,…” , 2010 é justamente quando a modernização estava no fim para a ” Newcastle” enquanto a “Melbourne” já havia sido modernizada, sendo a segunda das 4 fragatas selecionadas para a
modernização iniciada em meados da década.
Mais uma vez um país com economia menor nos mostrando como se faz as coisas
Pelo que a fonte noticia Matheus os chilenos compraram esses navios só para cobrir duas lacunas deixadas por navios que precisavam dar baixa. Ou seja, foi uma compra de oportunidade para manter a frota como ela esta agora. É como se a Armada del Chile estivesse cumprindo uma necessidade logística quando um determinado material está acabando e já se providencia outro para substituí-lo. E só!
A compra das fragatas alemãs é que mostra a quem quiser ver como se tira leite de pedra depois que o Prosuper foi desnecessariamente cancelado – o que incluiria um navio logístico. A Marinha aprendeu com as lições do São Paulo ao adquirir navios tão antigos e não pode se permitir cometer o mesmo erro. Lembrando que vidas foram perdidas com aquele navio. Um exemplo disso foi a compra do Bahia e do Atlântico pela forma como foram adquiridos: pensavam logo na manutenção dos meios e na idade deles.
Não é porque serve aos chilenos que necessariamente serve para o Brasil já que cada país tem suas doutrinas e visão estratégica (e realidade política que conta muito!).
Fica respeitosamente minha contradição ao seu ponto de vista. Obrigado por sua opinião!
A MB possui muito mais lacunas a preencher que a Armada Chilena. O projeto Tamandaré não veem para estas lacunas. Basta ver as datas de entregas previstas anteriormente ao COVID-19. Se antes já era difícil manter o prazo, agora será impossível.
A bem verdade é que não estamos fazendo compras de oportunidade significativas porque não tempos dinheiro.
E uma observação: não podemos comparar a compra de oportunidade efetuada pelo Chile e até outras feitas pela própria MB (como o Atlântico, por exemplo) com o São Paulo. Esta bomba foi um verdadeiro Cavalo de Tróia orçamentário. A falha ali foi da comissão técnica que não detectou (ou detectou e subestimou) os problemas ao adquirir o navio. Ali a MB foi movida totalmente pelo ego em manter um NAe em vez de melhor o básico.
Exatamente Matheus, dois meios dados baixa e dois meios chegando, bem diferente do Brasil que deixou as escoltas irem sucateando e vemos o tamanho da lacuna que será parcialmente preenchida somente quando as Tamandarés chegarem sabe-se lá quando!
Com um orçamento menor o Chile da um banho de planejamento no Brasil e considerando que nosso submarinos estão quase que inoperantes é capaz de tomarmos um sopapo na comparação bruta mesmo!
Parabéns ao Chile!