Plano de Cristina para reequipar militares prevê compra de caças Mirage usados
O governo da Argentina comprou 16 caças Mirage F1, usados da aviação militar da Espanha, para reequipar o Grupo 6 da VI Brigada Aérea, em Tandil. O valor do contrato, é de US$ 217 milhões. A presidente Cristina Kirchner lançou, em setembro, um programa de modernização das Forças Armadas que vai exigir investimentos de US$ 2 bilhões até 2018. Os supersônicos foram fabricados na França, há 38 anos. Em junho, o Ejército del Aire – o EdA espanhol – desativou toda a frota que operava na base aérea de Albacete, na província de La Mancha.
A missão dos F1 será o controle da fronteira norte do país, rota de voos clandestinos. A Força Aérea argentina emprega 14 muito velhos Mirage III, todos produzidos há 40 anos. São os remanescentes da frota usada em 1982 na guerra pelo arquipélago das Falkland/Malvinas, contra a Inglaterra.
Não é o único projeto em desenvolvimento na região. O Peru anunciou há dez dias a aquisição de 110 tanques e blindados de apoio russos, da família T90. O carro de combate é considerado um dos três mais modernos e avançados do mundo.
A Operação Raiz do Fogo vai custar cerca de US$ 850 milhões e também integra um plano maior, de aumento da capacidade da Defesa do país ao longo de cinco anos.
O governo do presidente Ollanta Humala enfrenta problemas com a guerrilha Sendero Luminoso. O ministro da Defesa, Pedro Cateriano, decretou o estado de emergência em cinco províncias – Abade, Tocache, Leoncio Prado, Marañon e Huamalies. Nas áreas estão suspen sos os direitos de livre trânsito, de inviolabilidade domiciliar e de reunião. Segundo Cateriano, “a luta armada nessas comunidades é uma realidade sustentada pelos plantadores de coca e distribuidores de drogas”.
Os tanques pesam 45 toneladas e são armados com canhões de 125 milímetros com capacida- de para disparar mísseis da clas- se Svir, de múltiplo emprego. O T90C emprega sistemas de me- catrônica que permitem a apli- cação em terreno adverso, úmi- do, de selva, ou arenoso.
Em outra iniciativa as autoridades da Defesa peruana estão negociando, com a Rússia, a incorporação de ao menos 24 novos helicópteros de ataque, a série Mi-35 conhecida como Couraçados Voadores. França e Estados Unidos disputam a encomenda. Em dezembro de 2012, a tropa especial de intervenção rápida recebeu cinco helicópteros recuperados, porém, pouco atualizados, ao custo de US$ 10 milhões.
Mirage argentino
A Venezuela, a Colômbia, a Bolívia, e o pequeno Suriname, estão consolidando planos locais destinados a suprir demandas militares. Todos envolvem compras de blindados sobre rodas, aviões e helicópteros. O Centro de Estudos Estratégicos do Chile estima os gastos em andamento em US$ 10 bilhões. O maior pacote é do Brasil – os projetos estratégicos da Marinha, do Exército e Aeronáutica soma R$ 124 bilhões, algo próximo de US$ 62,5 bilhões. Os Mirage F1 da Argentina devem começam a chegar ainda este ano. De acordo com o ministro da Defesa, Agustín Rossi, serão revisados na Fábrica Argentina de Aviones, em Córdoba. A situação dos esquadrões de caça locais é dramática. São considerados operacionais apenas sete Skyhawks, subsônicos, sobreviventes dos 36 comprados pelo ex-presidente Carlos Menem em 1997. Por causa da limitação orçamentária as horas de voo estão limitadas a 13,6 por ano. As patrulhas sobre o mar, não passam de sete na agenda de rotina anual de treinamento.
Os supersônicos espanhóis já somam 1.700 horas de voo cada um. São boas máquinas de guerra. Operados por 14 nações, podem levar de 4 a 6 toneladas de cargas de ataque – mísseis, foguetes, bombas – mais dois canhões de 30mm. Em Albacete, a 14ª Ala do EdA acumulou 200 mil horas de voo com as aeronaves desde 1975. Perdeu 35 delas. E 12 pilotos morreram em ação.
FONTE: Estado de São Paulo – Roberto Godoy
Sayd…É vendo o reaparelhamento Argentino, sinto que ainda estamos no lucro. Quanto aos submarinos concordo com gastos excessivos e de que seja de objetivo não crível. Já pensou quantos navios e helicópteros daria todo esse dinheiro gasto até agora nesse projeto ?Não acredito que o Brasil feche com os caças F-16 seria um tempo enorme gasto para escolher o pior. Acredito na opção do F-18 e na minha utopia até o F/A-18 S.Hornet. Quanto ao TOT nenhum país em sã consciência iria passar o pulo do Gato por uma dúzia de aparelhos comprados, podendo esse ser um concorrente futuro. Vale lembrar que pontos cruciais em qualquer projeto tecnológico é capacidade de produzir e o Brasil não o tem. Estamos algumas décadas atrás. Turbinas, aviônicos avançados etc… Brasil não tem instalação, não tem pessoas habilitadas,não tem estrutura, nem adiantaria dar o projeto inteiro para o Brasil que não temos como fazer. Quanto a Helibrás pelo que sei está indo bem a nacionalização que prevê 50 % até 2020 e sei de muitas empresas que já estão produzindo as peças. Lembrando que a Helibrás é da Eurocopter. Vamos fazer um esforço para aceitar que somos um país de terceiro mundo, e que nem tão logo teremos as Forças armadas dos sonhos dos aficionados, como eu, vc e todo mundo que frequenta esse site.
“O maior pacote é do Brasil – os projetos estratégicos da Marinha, do Exército e Aeronáutica soma R$ 124 bilhões, algo próximo de US$ 62,5 bilhões”
Tá, vamos lá:
1º Estamos montando um elefante branco que não tem TOT total, apenas a soldagem está sendo transferida. E pelo que sei, esta tendo um certo stress entre a DCNS e a Marinha;
2º A Helibras é outro projeto com dinheiro jogado fora. Nunca vi transferência de tecnologia passar pro mesmo grupo, nesse caso (ToT ZERO), detalhe, A UM PREÇO ABSURDO por cada 725.
3º FX-2 NEEEEEEM VOU COMENTAR ( F-16 vem aí)
O único que ainda está no caminho certo, é o Exército, mas com restrições orçamentárias das 3 forças armadas é a que menos dinheiro tem para investir( Guarani, SABER M60, Barcos de patrulha fluvial).
Esses 124 Bilhoes que estão sendo “investidos” principalmente na construção de um SUBNUC e o 725 representam mais de 60% deste investimento. Infelizmente a escolha esta sendo politica e não técnica. Só digo uma coisa: Alguém em Brasilia esta ganhando com isso.
Alias, dinheiro pra investir mais tem sim senhor. O problema é que a prioridade do Brasil é a Copa e as OlimPÍADAS.
PS: Ander, seu post foi editado. Pedimos que não se utilize mais das palavras que vc usou no seu comentário original. OK?