O Ministério da Defesa da Argentina informou na noite deste sábado (18) que foram detectados sete sinais de satélite que supõe serem do submarino militar ARA San Juan, desaparecido com 44 tripulantes no Atlântico Sul. O comunicado foi enviado por e-mail pelo Ministério e divulgado pelas agências de notícias Reuters e France Presse.
Os sinais “não se conectaram com as bases” da Marinha, indica a nota, “e se trabalha para estabelecer a localização precisa do emissor”. Isso “indicaria que a tripulação tenta restabelecer contato”, diz o comunicado, segundo a France Presse.
Com a suposição de que se trata do submarino sumido, o governo argentino trabalha com a colaboração de uma empresa americana especializada em comunicação por satélite, informa o jornal “La Nación”.
A Reuters indica ainda que os sinais tiveram duração de entre 4 e 36 segundos e foram detectados entre o final da manhã e o início da tarde deste sábado em diferentes bases da Marinha.
Último contato
O submarino militar ARA San Juan manteve contato com a base pela última vez na manhã de quarta-feira (15), quando estava no sul do Mar Argentino, a 432 quilômetros da costa patagônica do país.
De acordo com a Marinha da Argentina, a principal hipótese é que teria acontecido um problema no equipamento de comunicação do submarino. Segundo o protocolo, em caso de falha nesse equipamento, o submarino deve subir à superfície para viabilizar o contato visual.
Todas as estações no litoral atlântico argentino estão em alerta para possíveis frequências de transmissão do submarino, que deveria informar sua posição a cada 28 horas.
Buscas
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou em sua conta no Twitter que o governo estava empenhado em usar todos os recursos internacionais para encontrar o submarino o quanto antes.
O porta-voz da Marinha Enrique Balbi explicou que, além dos recursos aéreos e marítimos da Argentina, uma aeronave da agência aeroespacial norte-americana NASA sobrevoou parte do Atlântico Sul onde o submarino estaria.
Na América do Sul, os governos do Brasil, Chile, Uruguai e Peru ofereceram assistência. O Reino Unido ofereceu suporte logístico. A África do Sul também ofereceu apoio.
O Brasil enviou três navios da Marinha brasileira e disponibilizou dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB).
O “ARA San Juan” é um dos três submarinos da Marinha argentina, que o incorporou em 1985. Trata-se de um tipo TR-1700, construído no estaleiro Thyssen Nordseewerke de Edemen, na Alemanha, e colocado na água em 20 de junho de 1983.
FONTE: MD Argentino/G1
Acredito Gabriel que os argentinos tem que esgotar seus próprios meios antes de partir para uma providência mais complexa como a opção internacional. São níveis ou escalas de alerta como os chamados estados de atenção, estado de calamidade pública etc. Mobilizar meios de outros países é uma logística mais cara e estratégica por exigir planejamento conjunto de todos os envolvidos, não apenas dos seus.
Por falar em logística, navios de apoio logístico também são muito importantes nesse tipo de operação já que envolve muitas pessoas, equipamentos, helicópteros e aviões. Portanto é necessário uma base para mantimentos, revesamento de equipe, manutenção dos equipamentos, abastecimento dos navios e helicópteros enfim.
Esta é a melhor notícia que se tem desde o começo da crise, fora aquela notícia falsa de que o submarino já tinha sido encontrado. Tem se falado sobre o uso do R99 nas buscas, o que aumenta o leque de alternativas tecnológicas de busca.
Na minha opinião, houve um atraso de 1 dia e meio para dar a ordem de SAR as nações amigas, principalmente o Brasil e o Chile que dispõem de bons recursos para esta tarefa.