Brasília (DF), 04/10/2020 – O Ministério da Defesa (MD) informa que a matéria “No Sul do Amazonas, desmatamento cresce apesar do Exército”, publicada na Folha de S. Paulo, de 04 de outubro, omite a queda de 33% no desmatamento na Amazônia Legal, ocorrida em setembro, além de conter outras graves incorreções e omissões, que levam o leitor à desinformação. Inicialmente, a matéria omite que, na realidade, o desmatamento na Amazônia Legal teve redução de 33% em setembro, sendo esse o terceiro mês seguido de queda. Em julho a redução foi de 26% e em agosto foi de 21%, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Alertas de Desmatamento (Amazônia Legal)
Fonte: DETER-Inpe
A redução no desmatamento é resultado do esforço integrado do Conselho Nacional da Amazônia Legal e da Operação Verde Brasil 2, envolvendo, além das Forças Armadas, as agências ambientais e os órgãos de segurança pública. Os alvos das ações de combate aos crimes ambientais no âmbito da Operação Verde Brasil 2 são selecionados e priorizados pelo Grupo Integrado de Proteção da Amazônia (GIPAM), coordenado pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) e integrado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Agência Nacional de Mineração (ANM), Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), e Serviço Florestal Brasileiro (SFB).
Ao contrário do que alega a matéria, o Presidente não “transferiu o comando das operações na Amazônia para os militares”. As Forças Armadas atuam, no âmbito da operação Verde Brasil 2, na coordenação dos esforços dos diversos órgãos envolvidos e no apoio logístico, conforme claramente indicado no decreto que determinou a operação de garantia da lei e da ordem (GLO) na região. As agências federais, estaduais e municipais mantêm autonomia para exercer suas atribuições, inclusive realizando ações independentes. A coordenação exercida visa tão somente a maximizar os esforços em uma área tão grande como a Amazônia Legal.
A matéria também erra e desinforma ao afirmar que “as Forças Armadas proíbem a destruição de equipamentos dos criminosos em áreas de desmate e garimpo”. A afirmação não é verdadeira. Os órgãos ambientais possuem autonomia para exercer suas atribuições, conforme previsto na legislação em vigor, e os resultados podem ser verificados no quadro abaixo.
Recentemente, também contrário à afirmação da matéria de que o governo não autoriza o acompanhamento de profissionais da imprensa, houve a oportunidade desses profissionais acompanharem ação do IBAMA contra o garimpo em terras indígenas Munduruku, na qual foram destruídos e inutilizados equipamentos utilizados nas atividades ilegais. A ação teve grande divulgação na mídia, inclusive na própria Folha de S. Paulo. O Ministério da Defesa, como coordenador da Operação Verde Brasil 2, ao contrário do que afirma a reportagem, não negou à Folha de S. Paulo “pedidos para acompanhar os militares”.
Cabe destacar, ainda, que, embora o Ministério da Defesa tenha fornecido tempestivamente todos os resultados da Operação Verde Brasil 2, o jornalista preferiu omiti-los na matéria. Até o momento (01/10), a Operação Verde Brasil 2 aplicou R$ 1,389 bilhão em multas e termos de infração. Foram combatidos 6.842 focos de incêndio, aprendidos 991 embarcações e 345 veículos, efetuadas 171 prisões, realizadas mais de 39 mil inspeções navais e terrestres, vistorias e revistas em embarcações e 371 inspeções em madeireiras serralharias e fazendas. Foram apreendidas aproximadamente 8 mil toneladas de minerais, como manganês, ouro e pedras preciosas, além de 372 kg de pasta base de cocaína. Volume superior a 173 mil metros cúbicos de madeira ilegal foi confiscado e inutilizados ou destruídos 755 tratores, máquinas de serraria, motores, escavadeiras e outros equipamentos.
O Ministério da Defesa lamenta profundamente a quantidade de omissões e equívocos contidos na matéria, que, mais que desinformar, consiste em verdadeiro desrespeito àqueles, civis e militares, que vêm arriscando diariamente suas vidas na preservação e no combate aos crimes ambientais na Amazônia.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
O problema da reportagem é que ela está comparando só 2019 com 2020, e aí se incorre no erro de achar que ouve redução em relação a tendência histórica. Todos os anos, e é só acessar o site do INPE pra ver, ah uma queda no número de focos nesse período, por questões climáticas e sazonais….pra perceber isso é só olhar o gráfico com mais anos e se nota a simetria da curva…..o que ocorre é que o ano de 2019 foi um ponto de pico em número de queimadas e desmatamento, muito fora da curva, e por tanto comparar 2019 com 2020, é comparar o péssimo ao desastroso, …. assim, mesmo com essa redução de um ano para outro, nestes últimos meses, isso não implica em melhora efetiva da situação. Além disto, é leviano apontar a causa pontual dessa redução relativa, com ações das forças armadas, que nesse cenário ainda são agentes minoritários, mesmo com o corte gigantesco da verba do ministério do meio ambiente e do fim do fundo amazônia, que era que financiava em grande escala o combate a esse tipo de ilícito. Em suma, a reportagem é tendenciosa e faz um certo malabarismo matemático, para chegar a um número que agrade uma linha de pensamento….um viés, mas isso não tem substância estatística, e muito menos do ponto de vista de gestão.
Não temos mais imprensa,o que temos hoje são pessoas que ajem por ideologia ou por pagamento para desinformar a populacao.
Esta na hora de algo ser feito.
Não gostar do atual governo é uma coisa,mas jogar contra o pais é crime.
A questão é porquê as forças armadas estão fazendo o papel do governo e não do Estado. Quanto mais mexer, mais fede. Sabemos que quando as forças armadas atuam em qualquer a=área a tendência é que os problemas abrandam consideravelmente. Lembro que o trajeto da BR 101? Entre Paraíba e Rio Grande do Norte teve uma economia de quase um milhão e meio de reais e foi entregue com 1/3 do tempo. Isto significa que o Estado com autonomia e hierarquizado funciona e a ética militar funciona, mas o problema está justamente na moral. Escolher lados na política é um tiro no pé, a alternância de poder é fundamental nas democracias e as forças armadas devem estar aptas a servir a nação e aos governos independente das ideologias mais liberais, conservadoras ou progressistas. Agora compor governos fora da área da defesa sem alta capacidade técnica ou notória especialização é apresentar as janelas de vidros. Independente de razão ou não, as pedras sempre virão. O furo é mais em baixo. Porquê?
Infelizmente nossa imprensa (assim como outras entidades) está aparelhada de militantes disfarçados de jornalistas que deturpam ou omitem qualquer notícia que destoe da narrativa deles.
Isso vai acontecer sempre,ja que a imprensa em 80% é $$$$ patrocinada por multi nacionais estrangeiras !!!!
Se a matéria trabalha e prega a desinformação, mesmo que de modo formal e “elegante”, na deveria ser também processada pela união? Infelizmente a lei de “Fake News” atinge apenas ferramentas de mensageira.