Por major Sylvia Martins
Brasília, 14/05/2019 – Após cinco reuniões, os trabalhos da revisão do Manual do Batalhão de Infantaria das Nações Unidas – UNIBAM (sigla em inglês) serão finalizados nesta semana. No período de 13 a 17 de maio, no Centro Militar de Convenções e Hospedagens da Aeronáutica (CEMCOHA), Salvador-BA, oficiais de Bangladesh, Camboja, Estados Unidos, Holanda, Marrocos, Paquistão, juntamente com representantes das Nações Unidas e das Forças Armadas brasileiras integram o grupo de trabalho responsável pela revisão.
O United Nations Infantry Battalion Manual foi publicado pela Organização das Nações Unidas em 2012 e passa agora pela sua primeira revisão. O objetivo é padronizar e aperfeiçoar a preparação e o emprego dos batalhões de infantaria dos países contribuintes de tropa em missões de Paz. A revisão faz parte da constante evolução que a ONU busca empreender nas ações que coordena pelo mundo, de forma a enfrentar os desafios atuais.
Ocorreram duas reuniões de revisão em Bangladesh, uma na Nigéria, e, em novembro de 2018, a quarta no Brasil. Em 2019, mais uma vez, o País contribui como sede e participante da 5ª edição.
A abertura dos trabalhos contou com a presença do General de Divisão Rolemberg Ferreira da Cunha, atual subchefe de Operações de Paz do Ministério da Defesa, responsável pela organização da reunião no Brasil. Já a revisão do UNIBAM é conduzida pelo Escritório de Assuntos Militares do Departamento de Operações de Paz da ONU (DPO), Divisão de Política, Doutrina e Treinamento, que tem como chefe o Coronel do Exército Brasileiro Ulisses Mesquita Gomes. O presidente do grupo de trabalho é o Coronel Mustafizur Rahman, de Bangladesh.
Atualização
O Grupo de Trabalho atua de acordo com os padrões dos Manuais de Unidade Militar da ONU (United Nations Military Unit Manuals – UNMUM) e é formado por representantes de 16 Estados-Membros. Nesta última revisão, participam 6 desses países. A expectativa é ter no manual uma referência doutrinária para o preparo e emprego do Batalhão de Infantaria de Força de Paz.
A atualização do manual inclui propostas destinadas a aumentar a capacidade operacional do Batalhão de Infantaria, particularmente em ações voltadas à proteção de civis, segurança da tropa, mobilidade com proteção blindada, controle de distúrbios, comunicações estratégicas, entre outros. Todos os 7 capítulos do documento foram debatidos durante a revisão.
O coronel Ulisses acompanhou todas as revisões do Manual de Infantaria e destacou que a organização do evento, feita pelo Ministério da Defesa, facilitou o trabalho, proporcionando a participação em alto nível de militares brasileiros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
O draft final do manual, segundo o coronel, foi repassado, em dezembro, para todos os departamentos da ONU e foram recebidos por ele 180 comentários à revisão. Por isso, foi solicitado ao Brasil que houvesse mais uma reunião para que a decisão final fosse com a participação dos países contribuintes de tropas.
Contribuição do Brasil
Até 2012 não havia uma padronização doutrinária para emprego de tropas da ONU, cabendo a cada Estado-Membro o estabelecimento de critérios próprios. A partir de primeiro manual, foram definidos os padrões mínimos para cada tipo de Unidade. A revisão, e consequente atualização, vai facilitar a preparação das tropas internacionais segundo os padrões mínimos exigidos pela ONU para esse tipo de missão.
O coronel Ulisses, chefe da Divisão de Política, Doutrina e Treinamento, considera que o Brasil é muito ativo na ONU, em várias áreas, e sua contribuição é importante para a revisão. Desde a assinatura da Carta das Nações, as Forças Armadas brasileiras já integraram 41 missões de paz. “A participação do Brasil é reconhecida e muito respeitada”, afirmou.
Ele destacou que, como já anunciado pelo Ministro da Defesa, o País foi solicitado pela ONU a enviar para a República Democrática do Congo militares das Forças Armadas brasileiras, especialistas em operações em ambiente de selva, para treinar as tropas da missão de paz. “Um reconhecimento internacional da qualidade da nossa tropa em operações desse tipo ”, disse o coronel.
O Brasil, sediando a revisão de manuais da ONU, demonstra, mais uma vez, sua capacidade e comprometimento junto às Nações Unidas em contribuir com ações que promovam, no concerto das nações, a estabilidade necessária para a manutenção da paz e segurança internacionais.
Fotos: Alexandre Manfrim
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
O sonho dos nossos militares é servirem à globalista ONU e ganharem uma comenda. Bravo! Que vergonha, EDITADO
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Também acho…o bom,seria receber uma comenda,quem sabe da gloriosa República bolivariana de Venezuela…sic…do nosso prezado Presidente índio de Bolívia, Morales…ou quem sabe do glorioso Sr Raul Castro,claro endossada por Fidel!!! Que tal ein!? Que saudades vcs estão…