Por Viviane Oliveira
Brasília, 13/11/2020 – O Ministro da Defesa, Fernando Azevedo palestrou, nesta sexta-feira (13), no Seminário de Defesa Nacional ao lado dos Comandantes da Marinha, Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Junior; do Exército, General Edson Leal Pujol; e da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez.
“Precisamos debater o assunto Defesa, por isso que as políticas e estratégias são revistas a cada 4 anos e são remetidas por força de lei ao Congresso Nacional para apreciação. Isso é para fomentar o debate entre os representantes do povo em relação aos assuntos de Defesa”, discursou o Ministro da Defesa, Fernando Azevedo, para público composto por integrantes de cursos de Altos Estudos da ESG e jornalistas.
Ele ressaltou ainda que as Forças, além de garantirem a soberania do país, auxiliam no desenvolvimento de infraestruturas, de ações sociais e humanitárias e de projetos de ciência e tecnologia.
O tema principal foi a “Defesa Nacional e os Programas Estratégicos das Forças” com atenção para a Política Nacional de Defesa (PND), a Estratégia Nacional de Defesa (END) e o Livro Branco de Defesa Nacional (LBDN). O evento, aconteceu na Escola Superior de Guerra (ESG), em Brasília (DF).
A realização do seminário teve a finalidade de ampliar o conhecimento e a participação da sociedade brasileira em assuntos relacionados as atividades da Pasta e das Forças Singulares. Além de destacar a importância do setor para o desenvolvimento social e econômico país. A Base Industrial de Defesa no Brasil representa 4 % do PIB nacional e gera cerca de 1,3 milhão de empregos diretos e indiretos.
Marinha, Exército e Aeronáutica
Os Comandantes da Marinha, Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Junior; do Exército, General Edson Leal Pujol; e da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez discorreram sobre seus planos estratégicos individuais. Cada um dos palestrantes apresentou seus programas de combate a ameaças, com a definição de objetivos, estratégias, ações e atividades a serem executadas nos próximos anos. A atuação busca combater crimes ambientais, tráfico de drogas, crises humanitárias, ameaças cibernéticas ou biológicas.
O Ministro Fernando Azevedo detalhou a contribuição da Marinha, do Exército e da Aeronáutica em diversas operações. Entre elas o combate ao novo coronavírus, o suporte ao Estado do Amapá em razão do desabastecimento de energia e ainda a articulação dos comandos militares no apoio logístico e na Garantia de Votação e Apuração para as eleições municipais de 2020.
Segundo o Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Junior, a defesa de toda extensão territorial brasileira é um grande desafio. “Para o espaço territorial que nós temos, há uma Marinha, um Exército e uma Força Aérea. É um desafio forte e nós buscamos desempenhar da melhor maneira”, afirmou.
O Comandante do Exército, General Edson Leal Pujol, reafirmou o compromisso militar em servir à sociedade. “Nós que abraçamos essa decisão de se tornar um soldado e firmamos um contrato com a Pátria, com a nação, com o povo brasileiro para cumprir o que cidadão decidiu e seus representantes escreveram na Constituição. Para nós, que firmamos dar a vida para cumprir esse contrato, fica muito clara a importância do poder militar para uma nação, para a nossa soberania e para defesa dos interesses da nação”, disse o comandante Pujol.
Em seguida, o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez. apresentou os projetos da Força Aérea e reforçou a relevância e a necessidade de renovação dos equipamentos das Forças. “Há equipamentos que estão operacionais há mais de 40 anos nas Forças, então fica implícita a necessidade de modernização e renovação dos equipamentos das Forças Armadas”, comentou o Tenente-Brigadeiro do Ar Bermudez.
Plano de Defesa Nacional
O Plano de Defesa Nacional é estabelecido de acordo com a Política Nacional de Defesa (PND), a Estratégia Nacional de Defesa (END) e o Livro Branco de Defesa Nacional (LBDN). Os documentos elaborados pelo Ministério da Defesa são atualizados a cada quatro anos com o intuito de promover a transparência. As edições de 2020, aprovadas pelo Conselho de Defesa Nacional, estão em apreciação no Congresso Nacional.
A Política Nacional de Defesa (PND) discorre sobre quais ações serão necessárias para o cumprimento dos objetivos nacionais, levando em consideração também os aspectos internacionais. Na Estratégia Nacional de Defesa (END) há o detalhamento sobre como realizar essas ações de acordo com as capacidades das Forças e da Base Industrial de Defesa. O LBDN traz o detalhamento de dados sobre estratégia, planejamento, orçamento e equipamentos relacionados à segurança e à proteção da soberania do Brasil.
O Seminário de Defesa Nacional também foi transmitido ao vivo pelo canal no Youtube do Ministério da Defesa e compartilhado pelas demais mídias sociais da Pasta e das Forças Armadas.
Fotos: Antônio Oliveira
A necessidade de modernização da força é urgente. Fragatas com 40 anos e caças chegando aos 50 anos de operação, porém esses pontos serão corrigidos nos programas Tamandaré e Gripens.
A principal deficiência ainda será a falta de um sistema antiaéreo de médio e longo alcance. Não dá pra ficar esperando o astros antiaéreo até 2030.
Fora isso é aumentar os lotes de Gripens, de fragata e dos submarinos, além de buscar um novo carro de combate para substituir os leo1a5, comprar mais helicópteros e drones de ataque.