Por Silvie Corbet
Paris – As nações europeias devem impulsionar os seus planos de defesa para se tornarem “respeitados”, disse o presidente francês Emmanuel Macron, terça-feira quando seu país abre palestras com os Estados Unidos após uma disputa de um contrato de submarinos que levou a uma crise diplomática.
“Os europeus devem sair de sua ingenuidade”, disse Macron durante uma coletiva em Paris, onde ele falava publicamente pela primeira vez sobre um acordo de defesa indo-pacífico entre EUA, Austrália e Grã-Bretanha (AUKUS), que afundaram um contrato bilionário francês.
“Quando estamos sob pressão, mostrando que também temos poder e capacidade para nos defender, simplesmente nos tornamos respeitados”.
Como parte do pacto, a Austrália cancelou um contrato para comprar submarinos franceses diesel-elétricos e irá adquirir submarinos nucleares dos EUA. Em um movimento sem precedentes, a França chamou seu embaixador nos EUA para consulta.
O embaixador Philippe Etienne voltará a Washington na quarta-feira com um “recado claro”, disse Macron. Ele ressaltou que ele e o Presidente Joe Biden, concordaram na semana passada em um telefonema, de abrir consultas aprofundadas destinadas a criar as condições para garantir a confiança entre os aliados de longa data.
Macron disse que ele irá falar novamente com Biden em meados de outubro, antes de uma reunião programada no final do próximo mês na Europa.
Os Estados Unidos são “grandes amigos históricos e aliados em termos de valores, mas precisamos ver isso por mais de 10 anos, os americanos se concentram em si mesmos e têm interesses estratégicos reorientados para a China e o Pacífico”, disse Macron.
“Devemos, como europeus, tomar nosso papel em nossa própria proteção”, disse ele.
“Não é uma alternativa à aliança com o EUA nem um substituto para isso”, afirmou o presidente, acrescentando que os planos de defesa europeus devem ser adicionais para a OTAN.
Macron falou terça-feira depois da França assinou um acordo de defesa com a Grécia, incluindo a compra de três navios de guerra no valor de vários bilhões de euros.
“O debate sobre a autonomia estratégica europeia começou a assumir conteúdo real”, disse o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis.
A União Europeia pretende realizar uma cimeira de defesa no próximo ano. A França assume a presidência rotativa do bloco no primeiro semestre de 2022.
Macron, que deve se candidatar à reeleição na votação presidencial de Abril da França, empurrou para o bloco de 27 nações, o desenvolvimento de mais autonomia de defesa da UE.
Picada pelo colapso rápido do exército afegão e da evacuação caótica do EUA através do aeroporto de Cabul, a UE este mês revelou planos para desenvolver suas próprias capacidades de defesa para tentar garantir mais liberdade para agir em futuras crises.
A UE também revelou no início deste mês uma nova estratégia para impulsionar os laços econômicos, políticos e de defesa na área indo-pacífica.
A AP Writer Derek Gatopoulos contribuiu para o artigo de Atenas, Grécia.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Star and Stripes
Grande Macron, Europa, sempre.
Falsinhos.
Aqui só se pode dizer bem dos queridinhos USA e mal da Europa.
Falsinhos.
Não se pode comentar com factos verdadeiros???
Porquê????
Tenho que também dizer mal da Europa, para ser aprovado???
Nunca.
Claro que você pode espressar a sua opinião, aliás a Europa possui tecnologia de ponta e isso ninguém pode contestar. O problema é que Europa não é um país, não tem gestão centrada e, em caso de conflito de grandes proporções, terá problemas sim com “gente pulando do barco”.
Quanto ao Macron, tem sérios problemas internos e, para piorar, tentou tirar o foco usando pretexto de problemas com o meio ambiente.
O próprio general Lecointre, saiu do cargo reclamando do Macron.
E se fosse dito pelo Brasil ? “Quando estamos sob pressão, mostrando que também temos poder e capacidade para nos defender, simplesmente nos tornamos respeitados”.
Alguem no Brasil disse que, se tivessemos armas nucleares seriamos mais respeitados.
Padilha, vc acha que os franceses vão comessar a olhar o Brasil como potencial parceiro pra os próximos projetos? Algo me diz que a MBDA fará uma proposta bem interessante nas defesas antiaéreas que precisamos.
Não necessariamente.
Interessante é que nenhum país da União Européia, apoiou o choro francês.
Eles sabem que quando o sapato aperta, uma certa potencia econômica-militar imperialista vem ao seu socorro.
Estás muito equivocado, aliás a Alemanha já disse quase o mesmo, quando do acordo do AUKUS, e no texto refere a Grécia, e a própria UE vai reunir com esse assunto como foco, mas deve ser da distância que não chega aí, quanto ao apoio, eles apoiam como própria defesa para eles próprios, pois quando referes eles intervirem em defesa, é com a Rússia do lado de lá, e a intervenção é mutua, via NATO, e no passado nem se fala no que foram ajudados por vários países Europeus, contra outros países Europeus, e por fim, a Europa sozinha têm 8 SSBN´s, 12 SNN´s, 4 Porta-Aviões, 5 Porta-Helicopteros, 12 LPD´s e muitos subs convencionais modernos, fragatas e destroyers, assim como mísseís de cruzeiro nucleares, mísseís de cruzeiro convencionais lançados por caças, fragatas e submarinos, caças de 5ªgeração, caças da 4.5G e 4ªG, Navios AOR´s, navios espiões, aviões Awacs, Sigint e de transporte, MBT´S, com a ESA(Agência Espacial Europeia) e muito, muito mais.
Se a Europa com isto, com uma das melhores indústrias militares do Mundo e sendo das maiores potências económicas do Mundo, não se conseguisse defender sozinha, quem consegue????