Por John Vandiver
STUTTGART, Alemanha – Uma estratégia do Pentágono que enfatiza rotações de tropas de curto prazo imprevisíveis para a Europa tem mais probabilidade de arriscar uma escalada com a Rússia do que uma presença militar avançada no continente, segundo um estudo encomendado pelo Exército dos EUA.
O conceito Dynamic Force Employment, desenvolvido pelo ex-secretário de Defesa Jim Mattis, envolve o envio de uma série de forças baseadas nos EUA em missões de curto prazo no exterior para mostrar o poder americano a adversários como Rússia e China.
Mas a tática “implica descontinuidade” e é frequentemente associada ao aumento das tensões, disse a Rand Corp.
“Há muitas razões pelas quais o conceito é atraente em teoria e do ponto de vista fiscal”, afirmou o relatório. “No entanto, nossa pesquisa sugere que existem riscos crescentes inerentes ao depender de exercícios militares e atividades semelhantes para estabelecer a dissuasão”.
Rand chegou às suas conclusões examinando tendências de várias guerras por procuração e escaladas militares russas, que datam da década de 1940 até a situação atual na Ucrânia.
O Exército dos EUA na Europa e na África encomendou o estudo, que surge no momento em que as tensões com a Rússia aumentam devido ao seu acúmulo militar perto da Ucrânia, alimentando temores de uma nova invasão.
O acúmulo do Kremlin, por sua vez, pode ter ramificações mais amplas sobre como as forças americanas serão posicionadas ao longo do flanco leste da OTAN.
O presidente Joe Biden disse esta semana que, no caso de um ataque russo à Ucrânia, os EUA estão preparados para reforçar os países aliados nas proximidades da Rússia, como a Polônia e os três estados bálticos da Estônia, Letônia e Lituânia.
Para os militares dos EUA na Europa, os últimos oito anos foram focados em dissuadir a Rússia de uma ação militar no continente.
Grande parte desse esforço se concentrou na construção de uma força militar que, em 2014, ano da invasão inicial da Ucrânia por Moscou, era uma casca de seu antigo eu após anos de redução de tropas.
Até agora, a ênfase tem sido no aumento das rotações de tropas e, mais recentemente, no envio de forças em mobilizações rápidas como parte do conceito de Emprego de Força Dinâmica.
No entanto, quando se trata de impedir a agressão russa, movimentos imprevisíveis de tropas podem ser contraproducentes, descobriu Rand.
“Uma postura persistente e previsível dos EUA está associada a níveis mais baixos de atividade maligna no espaço da competição, enquanto descontinuidades acentuadas e imprevisíveis estão associadas a resultados muito mais escalonados”, disse Rand.
Onde os EUA posicionam as tropas também importa quando se trata de encontrar um equilíbrio entre dissuasão e escalada com a Rússia, segundo o estudo.
Colocar tropas perto, mas não dentro de países vulneráveis, como os países bálticos, foi associado a uma dissuasão mais eficaz, segundo o estudo.
“Forças estacionadas em países vulneráveis podem tornar os países anfitriões alvos de uma variedade de medidas hostis, desde intimidação militar (com o risco sempre presente de escalada inadvertida) até formas mais sutis de agressão que visam impor custos ou enfraquecer a vontade de países anfitriões”, disse o relatório.
“As forças posicionadas em países menos vulneráveis representam menos ameaças ao país anfitrião, mas ainda podem ser reposicionadas rapidamente, conforme necessário”.
Na Europa, há um longo debate entre analistas de segurança sobre a melhor forma de configurar a presença militar dos EUA. Alguns argumentam que são necessárias bases permanentes dos EUA e da OTAN no Báltico e na Polônia, onde as tropas serviriam como fios de viagem na linha de frente em caso de confronto com Moscou.
Outras áreas de debate giram em torno dos méritos de basear tropas permanentemente na Europa, principalmente na Alemanha, versus transportar unidades para frente e para trás em missões mais curtas ao redor do continente.
No futuro, o Exército, que vem adicionando capacidades de artilharia na Europa e está desenvolvendo fogos de precisão de longo alcance com alcance de 1.600 quilômetros, precisará considerar cuidadosamente onde esse armamento está instalado, disse Rand.
Se muitos desses sistemas foram posicionados no nordeste da Europa ou se sistemas de longo alcance foram colocados na Europa Ocidental, “há alguma probabilidade de que a Rússia reaja atacando os países anfitriões com medidas hostis”, disse o relatório.
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Star and Stripes
Estudando a história da 1ª e 2ª guerra mundial, dá para notar que os EUA estão fazendo algo muito semelhante ao passado, não se envolvendo muito diretamente na guerra, mas vendendo seus armamentos como forma de apoio ao país ou países em guerra. Dessa maneira vão faturar trilhões de dolares, vendendo armamentos, medicamentos e outros insumos. Depois da devastação da guerra, vão financiar a reconstrução do país e assim tem uma economia lucrativa por vários anos.
Brasil, onde estão,suas armas nucleares?
Meu amigo, não temos nem o básico! Nossos grupos de combate estão há anos recebendo à conta-gotas as metralhadoras FN Minimi e pelo jeito chegaremos no final da década com o FAP ainda em operação.
Olha nossa força de blindados; da época que meu pai jogava bolinha de gude!
Cadê nosso sistema de defesa antiaérea de médio alcance?
Como falar de armas nucleares se não temos o mínimo?
Um dia todos terão que encarar o fato de que nossas Forças Armadas precisam ser reduzidas em 20 a 30%. Caso contrário continuaremos a gastar quase 90% da verba da Defesa com soldos e pensões.
Forças enxutas e bem equipadas são muito mais letais do que um bando com equipamentos da década de 70!
Só li verdades. Nosso poder de dissuasão é restrito aos nossos vizinhos.
Para que serve uma arma nuclear para o Brasil José?
Nossas forças armadas nem tem como lançar essa arma nuclear no potencial “inimigo” que seria quem?
Se um país europeu (França, UK?), aqui da América (EUA?) ou da Asia (China?) quisesse nos invadir como íamos usar essa “arma nuclear”?
Lançando-a nas tropas invasoras em nossas praias?
Mandando com um foguete intercontinental ou míssil na capital de um desses países? COMO?
Nem conseguimos desenvolver um lançador de satélites, mas na hipótese de que fosse desejo dos brasileiros ter uma arma nuclear e ao longo dos anos o Brasil desenvolvesse os meios para lançar essa arma nuclear, em quem íamos mirar? E porque?
As sanções que o Brasil iria sofrer seriam severas e a tecnologia para desenvolver a arma e os lançadores, hoje já restrita ao Brasil seria ainda controlada. Levaríamos anos, muitos anos e quem ia sofrer com isso seria a população, que seria privada de vários serviços públicos (já precários), crédito e mais, com o dinheiro sendo empregado no desenvolvimento de mísseis intercontinentais, aviões de longuíssimo alcance e sistemas avançados para penetrar defesas de primeira linha.
Para desenvolver um submarino nuclear pagamos os olhos da cara para a França e nem tivemos acesso ao reator e faz quantos anos que a marinha quer esse sub? Que eu me lembre, falam disso desde a década e 60 do século 20. Cinquenta anos depois (50!) ainda nem começamos cortar as chapas, podemos levar outros 10 ou 20 anos, se sair.
Com sanções quanto tempo levaríamos?
Veja o exemplo do Irã ou Coréia do Norte, eles conseguiram, ao custo de uma população cada vez mais empobrecida e tornando-se párias internacionais.
O Brasil vive da exportação de produtos primários, básicos, como comida e minérios. Com sanções íamos vender o que para quem? Iam comprar carne dos australianos, soja e milho dos americanos e argentinos. Íamos vender alguns minerais estratégicos por debaixo do pano, através de grupos mafiosos ou terroristas.
E para que?
Mostrar que podemos? E o custo? Sacrifícios do povo? Que seriam os sacrificados, pois os mentores (políticos e militares) dessa arma nuclear não perderiam seus privilégios, tudo isso valeria a pena?
A Coréia tem seus lançadores e a bomba. Caso eles a lançassem rumo a Washington, haveria uma probabilidade que os sistemas antimísseis americanos o interceptassem e a resposta seria liquida e certa: a total destruição da Coréia com o uso de um só submarino. Então novamente, vale a pena?
Eu poderia continuar a lhe dar uma lista enorme de razões para não ter e nem desenvolver armamento nuclear no Brasil, mas até agora só falei de grandes potencias militares, econômicas e militares, sem mencionar nossos vizinhos.
Quanto tempo depois de iniciarmos um programa nuclear nossos hermanos argentinos, venezuelanos, chilenos e peruanos iriam começar seu próprio programa de armas nucleares?
E aí a coisa fica feia mesmo! Qualquer A-4 Skyhawk é capaz de levar uma bomba de potencia equivalente a lançada em Hiroshima e lança-la em qualquer capital do sul do país. Um Sukhoi Su-30 alcançaria Brasília e embora eu não tenha nenhum apreço pelos políticos que estão por lá, certamente as maiores vitimas seriam civis inocentes.
Imagine, por exemplo, a Venezuela passando por uma crise, com a população querendo depor seu ditador da ocasião e ele, desesperado para não perder a boquinha ou talvez, até evitar uma execução, resolva arrumar encrenca com um país ao sul para desviar a atenção, tal qual os militares argentinos fizeram nas Malvinas-Falklands e resolva jogar uma bombinha lá em Boa Vista.
Por enquanto nosso continente está livre de armas nucleares, se qualquer um deles decidir que tem que ter a bomba, o que impedira outros de seguir o mesmo caminho? E novamente te pergunto porque?
O melhor seria como sugeriu o 737, diminuir ao invés de aumentar, melhorar o treinamento e equipamento. Exemplos não faltam, como as forças armadas suecas, israelenses e outras.
Um grande abraço.
Aguardando mais uma derrota humilhante do ocidente…. triste porém é o que se ganha com os atuais “líderes” do bloco…
Você esqueceu que nós somos ocidente. Derrota do ocidente e nossa derrota. Por mais que nosso sistema democrático está meio Torto somos ocidente. Não somos ditaduras russa, chinesa, koreana ou Kubana. Não somos também país muçulmano. Somos ocidente.
Tem certeza? Pois os Eua definiram só eles e os europeus?
Quanto a termos armas nucleares é um assunto complexo e discussão e textão não condizem com a nova realidade do mundo.
É uma coisa a ser pensada e não proibida por vontades externas.