Por Corey Dickstein
O primeiro grande veículo de combate do Exército dos EUA (US Army), em duas décadas será conhecido como M10 Booker Combat Vehicle, em homenagem aos soldados mortos na Guerra do Iraque e na Segunda Guerra Mundial, disseram oficiais do serviço.
Os principais líderes do Exército americano na tarde de sábado, durante uma comemoração de aniversário do Exército em Fort Belvoir, Va. homenagearam o sargento Stevon A. Booker, que recebeu postumamente a Distinguished Service Cross pelas vidas que salvou na invasão do Iraque em 2003, e Pvt. Robert D. Booker, que recebeu postumamente a Medalha de Honra por ações heroicas na Tunísia em 1943 que lhe custaram a vida, disseram oficiais do Exército na quinta-feira.
O sargento Booker era um membro da 3ª Divisão de Infantaria e Pvt. Booker era um soldado de infantaria da 34ª Divisão de Infantaria. Doug Bush, secretário assistente de aquisição, logística e tecnologia do Exército, disse que seus diferentes trabalhos destacam o que o M10 deve fazer: trazer novo poder de fogo e capacidades de ataque frontal para formações de infantaria leve. Os veículos blindados lutam ao lado e à frente das forças de infantaria leve.
“As histórias desses dois soldados heróis, articulam as necessidades exatas do M10 Booker Combat Vehicle”, disse Bush. “Os soldados agora terão um veículo de assalto de infantaria que traz um novo nível de letalidade para nossas forças terrestres e permite que nossos homens e mulheres uniformizados tenham um nível avançado de proteção.”
Espera-se que os primeiros M10 Bookers cheguem ao Exército em novembro, disse o major-general Glenn Dean, oficial executivo do programa do Exército encarregado dos sistemas de combate terrestre. O Exército espera levantar seu primeiro batalhão de M10 para realizar testes de operações iniciais no final de 2024 ou início de 2025, disse Dean. Ele se recusou a dizer onde o primeiro batalhão de M10 estaria localizado.
Eventualmente, o Exército pretende construir batalhões com M10 em suas equipes de combate de brigada de infantaria leve, incluindo suas unidades aerotransportadas. Embora o veículo não possa ser lançado do ar, ele pode ser transportado por via aérea, dois podem caber dentro de um jato de transporte C-17, disse Dean.
Embora o M10 se pareça muito com um tanque principal de batalha M1 Abrams, o Exército decidiu não classificá-lo como um tanque. Dean não disse exatamente por que essa decisão foi tomada, observando que foi uma decisão doutrinária e não de responsabilidade de sua unidade, que é focada no desenvolvimento e aquisição.
Ele brincou com o Booker “meio que parece” um tanque. Na verdade, a arma, construída pela General Dynamics, compartilha muitos aspectos do Abrams. Ele será tripulado por quatro soldados em um cockpit quase idêntico a um Abrams e ostenta um pesado canhão de tiro direto de 105 mm, como os modelos mais antigos do Abrams.
Mas o Booker é muito mais leve que as versões mais recentes dos tanques Abrams, que possuem canhões principais de 120 mm. O tanque M1A2 SEPv3 Abrams do Exército pesa quase 74 toneladas e o M10 pesará cerca de 42 toneladas, informou o serviço. O M10 também será significativamente mais barato. O último Abrams custa cerca de US$ 24 milhões por tanque, mas os Bookers devem custar cerca de US$ 12,9 milhões por veículo, o que inclui peças sobressalentes e os custos de campo e treinamento para as novas armas, disse Dean. O programa, que começou em 2015, até agora está dentro do prazo e do orçamento, disse ele.
Bush disse que a escolha do nome representou um marco importante para o programa, que sinalizou a confiança do Exército no novo produto.
“É muito legal dar o nome de dois soldados incríveis a algo”, disse ele. “A comunidade de blindados, a comunidade de infantaria trabalharam muito nisso e chegaram a uma solução realmente boa. Então, é emocionante sair do negócio de siglas [chamando-o de MPF] e realmente chamá-lo de algo que realmente será chamado.
Staff Sgt. Stevon A. Booker
O Sgt. Stevon A. Booker recebeu a Cruz de Serviço Distinto, a segunda maior medalha do Exército por heroísmo no campo de batalha, foi concedida em 5 de abril de 2019, exatamente 16 anos depois de sua morte. A morte de Booker ocorreu quando ele protegeu seu flanco enquanto ajudava a liderar o ataque do 3º ID a Bagdá, conhecido como Thunder Runs, que derrubou o regime de Saddam Hussein na abertura da Operação Iraqi Freedom.
Quando sua unidade de tanques foi atacada durante o ataque à capital do Iraque, Booker “reagiu imediatamente”, de acordo com a citação do prêmio. Ao comunicar a situação a seus comandantes, ele respondeu ao fogo na metralhadora montada em seu tanque Abrams e “assegurou a sua tripulação que eles alcançariam seu objetivo”.
“Quando as metralhadoras dele e de sua tripulação falharam, Booker, com total desrespeito por sua segurança pessoal, se expôs deitando-se em uma posição de bruços no topo da torre do tanque e engajou com precisão as forças inimigas com sua arma pessoal”, de acordo com o citação de premiação. “Enquanto exposto, ele protegeu efetivamente o flanco de seu pelotão e forneceu informações precisas ao seu comando durante um ponto crítico e vulnerável da batalha.”
A partir dessa posição exposta, ele destruiu um veículo inimigo antes que as tropas internas pudessem atacar seu pelotão e continuou a atirar nas forças inimigas enquanto o tanque avançava na luta por quase 8 quilômetros “até que ele foi mortalmente ferido”, segundo a citação.
Pvt. Robert D. Booker
O Pvt. Booker recebeu a mais alta honraria militar do país cerca de um ano após sua morte em 9 de abril de 1943, enquanto lutava contra as forças inimigas perto de Fondouk, na Tunísia.
Sob fogo de metralhadora pesada e morteiro, Booker carregava uma metralhadora leve e uma caixa de munição “mais de 200 metros de campo aberto” para estabelecer uma posição de combate, de acordo com a citação de sua medalha.
“Ele continuou avançando apesar do fato de que duas metralhadoras inimigas e vários morteiros o estavam usando como alvo individual”, diz a citação.
Ao se aproximar de sua posição de combate escolhida, o fogo da artilharia inimiga começou a cair perto dele, mas ele “imediatamente começou a atirar” em duas posições de metralhadoras inimigas.
Ele foi ferido, mas continuou lutando, destruiu uma posição de metralhadora antes de ser atingido novamente, sofrendo o ferimento que o mataria.
“Com sua última força restante, ele encorajou os membros de seu esquadrão e dirigiu o fogo”, de acordo com a citação da Medalha de Honra. “Pvt. Booker agiu sem se preocupar com sua própria segurança. Sua iniciativa e coragem contra adversidades intransponíveis são um exemplo do mais alto padrão de auto-sacrifício e fidelidade ao dever.”
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN
FONTE: Star and Stripes
General Dynamics… Lembra um blindado que “revolucionaria” a defesa antiaérea de curto alcance, e que se revelou uma farsa, um belo trambique do fabricante. Voltaremos no tempo?
Meu caro Giba, o M10 Booker não é um Abrams “pé de boi” mas sim um derivado de uma família de veículos produzida pela General Dynamics na Áustria e que se encontra em serviço nos exércitos austríaco e espanhol tendo sido também selecionado pelo British Army sob o nome Ajax. Um derivado produzido pela Elbit, o Sabrah, foi vendido às Filipinas.
Abrams X – MTB Main Battle Tank – a série A dos tanques… Cavalaria
Brooker M-10 – SBT Side Battle Tank – a série B dos tanques… Infantaria
Ou seja é o modelo popular ou pé de boi do Abrams…
Isso é um pouquinho vergonhoso…
NOVO TANQUE AMERICANANO??? KKK SQN…
Ele irá fazer exatamente a função que os Leopards 1 farão na Ucrânia, apoio à infantaria.
Estamos olhando para o possível/provável sucessor SK 105 no CFN que ao contrário do “Brancaleone Army vai mirar no foco e no pragmatismo aproveitando a carona no FMS.
Por acaso não esta sugerindo substituir os Leo1A5Br e M60 do EB por esse veículo né?
Pelo visto os profetas que haviam dado como certo a morte do 105mm erraram!
Exato. FAB e MB tem seus programas principais em andamento, todos eles na casa de bilhões de dólares cada um. O EB tem o Guarani e o Centauro em andamento, mas um novo Carro de Combate é essencial! Tão essencial quanto os caças para a FAB e as fragatas para a MB.
Para os MBT’s os canhões de 105mm estão defasados sim, e muito provavelmente os de 120mm já estejam em caminho de substituição por calibres mais parrudos. Já o M-10 Booker é um upgrade na função que ira realizar, faixa de atuação essa inclusive que a décadas não acontecia nada de novo, e que na ultima geração que se tem noticias utilizavam canhões de 90mm
Duas conclusões.. 1° não existe “veículos” baratos; MBT “próximos” de 20M U$ e outros veículos acima ou próximo de 10M U$. A segunda conclusão é de que o 105MM não acaba tão cedo. Somente uma observação… O programa do EB que trata da modernização da força em equipagem motorizada…. Não vai sair por menos de 5BI U$ se forem fazer algo decente. O que é o mínimo.
Tem que gastar mesmo pois programas da FAB e MB estão na casa dos bilhões.
5 bilhões de Vídeos. É vamos fácil um burro voar. A FAB mesmo com alavancagem de financiamento externo está atrasada na implantação de infra estrutura física, treinamento e formação para receber os Gripen, a MB, com o cronograma das Tamandaré estourado porque resolveram reinventar a roda e vão ter um navio limitadíssimo, imagina sacar 5 bi de dólares com a economia indo perau abaixo.
Antes de comprar qualquer coisa, precisavam sentar na mesa e discutir redução de pessoal, racionalização e padronizado de meios, de doutrina e de formação.
Sabemos bem que não vão se assentar a mesa e discutir nada disso… O que poderia rolar nessa mesa é “e aumento de soldos vem quando”… Por aqui existem uns 40 milhões de jovens que podem ser entregues a própria sorte caso algum dia este país entre em conflito… Material de primeira é coisa proibido por aqui… Mas os 5 BI que citei é sim o que vá custar tranquilo. No mais não sei .