Por Catalina Lobo-Guerrero e Javier Lafuente
Venezuela e Colômbia despertaram um conflito marítimo adormecido há décadas. No fim de maio, o Governo de Nicolás Maduro estabeleceu, com um decreto unilateral, a delimitação marítima de uma área em disputa entre os dois países. A decisão gerou mal-estar no Governo colombiano que, diante da pressão interna, pediu a Caracas para voltar atrás em sua decisão o quanto antes.
A polêmica surgiu em 26 de maio, quando a Venezuela emitiu um decreto, publicado um dia depois na Gazeta Oficial, em que ordenava a criação de Zonas Operativas de Defesa Integral Marítima e Insular (Zodimain). Segundo o texto, iniciativa do Ministério da Defesa, concretamente da Marinha, a Zodimain começaria no inicio da linha fronteiriça entre a Colômbia e Venezuela, na península de La Guajira, e entraria em águas do golfo da Venezuela, ainda disputadas por ambos os países. Os antecedentes podem remontar a 1830, mas foi em 1969 que ambos os Estados se sentaram para dialogar, em vão. As negociações estão paralisadas há seis anos.
O Governo colombiano demorou três semanas para reagir. A chanceler, María Ángela Holguín, entregou no dia 17 uma carta ao embaixador venezuelano em Bogotá pedindo que o Governo de Nicolás Maduro volte atrás e privilegie “a sensatez quando se trata de temas delicados como os que contemplam a soberania e a jurisdição marítima”. Nos últimos dias, a pressão de diversos setores tem feito o Governo colombiano intensificar o protesto. Na segunda-feira, em Cuba, Holguín ressaltou que o decreto “vai contra o direito internacional” e confia que as coordenadas marcadas serão corrigidas “o mais breve possível”. “Queremos manter este caso no âmbito bilateral e diplomático. Esperamos uma resposta rápida do Governo venezuelano”, declarou Holguín.
Embora seja uma medida arbitrária para seu vizinho, o Governo de Nicolás Maduro pode se beneficiar politicamente na Venezuela, onde o discurso da defesa da soberania conta pontos, em meio à atual crise econômica, política e social e diante das próximas eleições parlamentares que devem acontecer ainda este ano. Setores da oposição vinham questionando a atitude do Governo desde que a Guiana entregou, há dois meses, concessões de exploração de petróleo à companhia Exxon Mobil na zona de Esequibo, em litígio entre ambos países. E o decreto 1787, contra o qual a Colômbia protesta agora, também afeta a Guiana. De fato, surge após o anúncio, pela Exxon, da descoberta de uma jazida a 190 quilômetros da costa guianesa.
A reação do país caribenho à medida de Caracas não se fez esperar. Começou a mover-se ipso facto dentro da Comunidade do Caribe, argumentando que, se o decreto fosse aplicado, a Venezuela poderia até afetar sua saída ao mar. Por meio de um forte comunicado, publicado em 8 de junho, a Guiana catalogou a decisão como “ato agressivo e ilegal da Venezuela”. Caracas respondeu de maneira também dura acusando a Guiana de inventar “situações irracionais contra um país irmão e utilizando uma linguagem altamente ofensiva”. Além disso, recordou como a Guiana e outros países caribenhos se beneficiaram nos últimos anos do Petrocaribe, o órgão de aliança petroleira mediante o qual a Venezuela vende petróleo subsidiado aos países da região, criado pelo ex-presidente Hugo Chávez. Apesar da linguagem utilizada no comunicado venezuelano em 8 de junho, Caracas modificou o decreto original no que diz respeito à zona limítrofe com a Guiana incluindo um parágrafo que diz: “Existe uma área marítima a delimitar, que será determinada quando se resolver a controvérsia pendente entre a República Bolivariana da Venezuela e a República Cooperativa da Guiana”.
FONTE: El País
Tudo que os EUA querem um conflito na america para poderem intervir com força militar e impor sua vontade e seu controle lembrem-se de que eles não reconhecem a amazonia como territorio Brasileiro tanto que querem internascionalizala e este tal de Maduro que esta mais para PODRE vai fornecer as razões que eles precisam e o Brasil que se prepare POIS O ALVO MAIOR É O BRASIL pois eles ja ate colocaram o nosso NIOBIO como cendo de area estrategica de seu pais LOUCURA NÃO É MESMO?
……………segundo os bolivianos,o Chile roubou todo o seu litoral apropriando-se de sua saída para o mar….O Evo Morales tem feito deste fato o argumento para armar a Bolívia e recentemente destinou parte do dinheiro da venda do gás para suas FFAAs…o Peru tbm se estranhou com o Equador na guerra do Cenepa em 1995 por problemas de fronteira e tbm houve o conflito do canal de Beagle entre Argentina e Chile em 1977 arbitrado pelo Papa João Paulo II……
Depois vem “analistas” dizer que na América do Sul não há conflitos. Lembrando que Chile e Bolivia ja andaram se estranhando a algum tempo, com direito a participação de corte internacional.
O melhor jeito de resolver tudo isso é através da diplomacia,pegar em armas só irá dificultar mais as coisas, a Venezuela mesmo, já deveria saber disso, há anos os EUA,vem procurando um pretexto para intervir na Venezuela, e pelo jeito Maduro parece estar disposto a lhes fornecer esse pretexto !
Outra coisa que o texto nos deixa claro, e eu quero que seja somente uma especulação para o bem de todos, é o fato da Venezuela esta usando a mesma tática dos generais argentinos na invasão da Malvinas, para angariar a aprovação popular, ou seja criar um problema internacional para trazer o povo momentaneamente para o lado do governo ! repito tomara que isso seja só uma especulação para o bem de todos !
……………neste incidente entre Colombia e Venezuela será bom o Brasil ter muita atenção pois poderia piorar ao ponto de obrigar o país a tomar partido.. o Obama decretou a Venezuela um Estado ameaça aos EU e se houver um conflito longo,assistirão a Colombia com armamento ….de qual lado ficará o Brasil?
A Colômbia tem que investir em defesa , não dá para ficar vendo os vizinhos se armarem e ficar
sem fazer nada….
o bom é que a colombia tem apoio dos americanos.
Venezuela é uma país faltoso de estrategistas políticos, pois nesse momento em que tudo anda mau com o mundo e principalmente com os EUA (aliado da Colômbia) eles querem arrumar um conflito em que o próprio EUA poderá intervir com ajuda bélica para a Colômbia, isso se não entrarem de cabeça para surrar a Venezuela para derrubar o Maduro de vez do pé de jaca.
O preço do Atlântico Sul não possuir uma Marinha hegemonica é este! Colômbia contra Venezuela, Argentina contra Inglaterra, Uruguai contra Argentina! A Marinha do Brasil está desaparecendo do Atlântico Sul, e a FAB, pelo menos, possui os P3AM para patrulahr as águas azuis. Muito pouco!
Nelson, o fato de não haver uma marinha hegemônica no atlântico sul, não resolve problemas históricos de fronteiras terrestres e marítimas na américa latina pois exceção do Brasil, todas as nações latino americanas tem seus litígios ainda por resolver. E se formos observar a expressão de nossas FFAAs estas são hegemônicas aqui na américa latina, principalmente no que tange aos seus recursos humanos, abraços!
Ta mal de geografia heim…