As Forças Aéreas de Brasil e Venezuela encerraram nesta sexta-feira (25/5), em Santa Elena de Uairén, a Operação VENBRA VI, exercício combinado para treinar pilotos e controladores na transferência de tráfegos aéreos desconhecidos. No total, foram empregadas, nos cinco dias da manobra, cerca de 200 horas de voo.
As aeronaves C-98 Caravan (brasileira) e C-208 (venezuelana), que figuraram como alvo durante o treinamento, realizaram 21 surtidas. Logo após cruzar um dos pontos previstos na faixa de fronteira de 700 Km utilizada para o treinamento, os alvos foram interceptados por aeronaves de caça.
Para o comandante brasileiro da operação, Major-Brigadeiro do Ar Marcelo Mário de Holanda Coutinho, ao consolidar procedimentos, a operação contribuiu para fortalecer a ligação dos sistemas de defesa aérea. “Os benefícios são para os dois países à medida que dificulta o tráfego aéreo de ilícitos”, avalia o Brigadeiro, que também é o Comandante do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA). Segundo ele, a partir de agora, a evolução natural do exercício é que cada país faça uma operação semelhante a esta no seu território simultaneamente, com o objetivo de combater tráfegos aéreos ilícitos.
O exercício também permitiu a realização de intercâmbio de pilotos e controladores. Dois pilotos venezuelanos participaram como observadores de 11 voos nas aeronaves A-29 Super Tucano, que atuaram como interceptadoras. “O intercâmbio enriquece os conhecimentos e ajuda os país vizinhos no processo de interceptação de aeronaves e na transferência de tráfego ilícito na área de fronteira entre os dois países”, avaliou um dos pilotos venezuelanos.
Além do C-98 Caravan e do A-29 Super Tucano, a FAB empregou também a aeronave E-99 no exercício. Ela foi utilizada para detectar os alvos a baixa altura, fazendo cobertura mais efetiva da área de operação.
FONTE: Agência Força Aérea
Nota do Editor: Esta foi a primeira oportunidade em que os K-8 recém adquiridos da China pela Venezuela puderam ser observados numa operação com a FAB.